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A Comunidade Muçulmana Ahmadia celebrou a Eid-ul-Adha, em lembrança ao sacrifício do profeta Abraão

Foto: Divulgação
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A festa de Eid-ul-Adha é uma celebração islâmica tradicional que relembra o sacrifício do profeta Abraão e de seu filho Ismael (que a paz esteja com eles) e, este ano, teve lugar no dia 7 de junho no Brasil. Em Petrópolis, a celebração teve início com uma oração especial na Mesquita Baitul Awal, às 10h, dirigida pelo Imã Wasim Ahmad Zafar, Presidente da Comunidade Ahmadia Muçulmana do Brasil. Em seu sermão, ele explicou a história por trás da comemoração.

O Imã contou que Abraão (as) sonhou estar sacrificando seu filho Ismael (as) para Deus e entendeu que o desejo divino era que ele dedicasse seu filho para servir a religião. Interpretando o sonho, ele deixou seu filho Ismael (as) e sua esposa Hagah (as) num deserto em que não parecia haver possibilidades de sobrevivência. Quando sua esposa perguntou o motivo, disse-lhe que era em obediência ao desejo de Deus e ela prontamente satisfez-se, acreditando firmemente que Deus não os abandonaria. Quando a pouca água que eles tinham acabou, Ismael pôs-se a chorar de sede e sua mãe percorreu os montes de safá e marva sete vezes em busca de água e viu que uma fonte de água eclodiu próximo a Ismael (as). Avistando água em meio ao deserto, caravanas que por lá passavam começaram a descansar no local e, aos poucos, isso deu origem a uma nova cidade, que, mais tarde, foi chamada de Meca e foi onde nasceu o Sagrado Profeta Muhammad (sa). Apesar de ter cumprido o desejo de Deus em sua interpretação, Abraão (as) esperou seu filho crescer para cumpri-lo também literalmente. Quando Ismael (as) já estava em fase adulta, seu pai contou-lhe sobre o sonho e a forma como interpretou o desejo de Deus e, como naquela época as pessoas também tinham o costume de prestar sacrifícios físicos de seres humanos, perguntou a opinião de seu filho, quem prontamente colocou-se à disposição de prestar seu sacrifício físico e cumprir o desejo de Deus. Quando seu pai estava para sacrificar-lhe fisicamente, Deus revelou a Abraão (as) que ele já havia cumprido o desejo divino, interpretando corretamente o seu sonho e ordenou-lhe que, fisicamente, sacrificasse um cordeiro no lugar de seu filho. Dessa forma, Deus também proibiu para sempre o sacrifício físico de seres humanos. Em lembrança a este grande sacrifício e uma prova exemplar da obediência de Abraão (as) e de Ismael (as), os muçulmanos de todo o mundo celebram esta comemoração com uma oração especial.

O Imã também enfatizou que algumas pessoas acham que o sacrifício era do segundo filho de Abraão (as), ou seja, de Isaac (as). Contudo, ele explicou que o Alcorão deixa claro que tratava-se de Ismael e a Bíblia também menciona que era o sacrifício do primogênito de Abraão (as), que era Ismael. Ele explicou que esse também é o motivo pelo qual os descendentes de Ismael (as), ou seja, os muçulmanos em geral, são quem fazem a celebração no mundo inteiro.

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