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A importância de uma boa noite de sono

Foto: Pixabay
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Jaqueline Gomes

Uma boa noite de sono não apenas descansa como traz inúmeros benefícios à saúde. Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que 72% dos brasileiros têm distúrbios de sono.  Segundo o cardiologista José Almeida, a insônia pode causar danos irreparáveis ao organismo. A pressão arterial de uma pessoa normal tem um descenso de 10% durante uma noite tranquila de sono, ou seja, enquanto ela dorme os rins, a circulação sanguínea, enfim, todo o organismo trabalha em um ritmo menos acelerado. Quando não há um descanso adequado, os órgãos têm uma sobrecarga, pois a pressão não diminui, explicou o médico.

Além dos danos à saúde, a falta de sono pode comprometer a carreira profissional e as relações pessoais, além de expor os indivíduos ao risco de acidentes, sendo fundamental um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz. O sono é fundamental para o equilíbrio do organismo. Uma noite sem dormir acarreta transtornos no dia a dia e riscos, principalmente para quem trabalha dirigindo ou operando máquinas, alertou Almeida.

Um dos distúrbios mais comuns é a apnéia do sono. A pessoa deixa de respirar por períodos de até dois minutos, várias vezes durante o sono. A causa pode ser uma via respiratória obstruída ou uma interrupção de sinais nervosos entre o cérebro e o diafragma. A apnéia é perigosa, pois falta ao cérebro oxigênio necessário para o seu correto funcionamento, o que pode levar até a um infarto, disse o cardiologista. Este distúrbio atinge em geral homens a partir dos 30 anos e mulheres depois da menopausa.  Quem sofre com apnéia tem diminuição de atenção, concentração e memória. Problemas estruturais ou hipertensão e isquemia cerebral também podem causar distúrbios de sono, disse o médico.

Tratamento
Para um tratamento adequado é recomendado que se faça uma  polissonografia, que é um exame que avalia o padrão de sono por meio de sensores na superfície do corpo (não invasivo). A pessoa passa uma noite no hospital e seu sono é monitorado, explicou o cardiologista. Neste exame são determinados: atividade elétrica cerebral (eletroencefalograma), movimento dos olhos (eletro-oculograma), atividade de músculos (eletromiograma), respiração, oxigenação do sangue (oximetria), ronco e posição corpórea. A partir deste resultado é que o especialista vai definir qual o melhor tratamento. O uso de remédio para induzir o sono somente pode ser indicado por um médico. Em alguns casos, a mudança nos hábitos alimentares já resolve o problema, pois existem alimentos e bebidas que podem tirar o sono, sem falar do estresse diário, concluiu José Almeida.

Distúrbios mais comuns

Ronco
O ronco é uma obstrução parcial das vias respiratórias superiores durante o sono, que pode ocorrer em razão de uma obstrução nasal devida a desvio do septo nasal, rinites, sinusites, pólipos nasais, entre outros. A obstrução relaxa os músculos do tórax, o que induz a abertura involuntária da boca. O ar, entrando pela boca, encontra resistência a sua passagem na língua, na úvula e nas amígdalas. Por isso, vibra, ocasionando um barulho desagradável.

Bruxismo
Mais de 20% dos homens, mulheres e crianças rangem os dentes de forma inconsciente durante o sono. Algumas vezes o problema pode ser dental, mas na maioria das vezes é um problema nervoso.

Narcolepsia
Sonolência diurna excessiva com tendência a dormir em horas inapropriadas. Fatores genéticos estão envolvidos com seu aparecimento, a doença pode estar associada a outros distúrbios do sono.

Síndrome das pernas inquietas
Movimento irresistível dos membros inferiores, acompanhado de sensações de arrastamento das pernas.

Parassonias
São decorrentes da ativação do sistema nervoso central. As mais comuns são despertar confusional, terror noturno e sonambulismo.

Sonambulismo
É um transtorno classificado como uma parassonia do sono, também chamado noctambulismo, durante o qual a pessoa pode desenvolver habilidades motoras simples ou complexas. O sonâmbulo sai da cama e pode andar, urinar, comer, realizar tarefas comuns e mesmo sair de casa, enquanto permanece inconsciente e sem possibilidade de comunicação.

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