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A industrialização, de 1930, até hoje

Fernando Peregrino - Assessor da FINEP e vice-presidente do Clube de Engenharia

Foto: Divulgação
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A Era Vargas ( 1930-1954) foi marcada pelo início de uma política industrial brasileira, de fato.

O primeiro governo Vargas( 1930-1945) estruturou o Brasil Nação e a indústria brasileira.

O Estado passou a incentivar e a investir na indústria nacional. Criou empresas públicas.

Getúlio privilegiou a indústria pesada,  que transformou a matéria-prima em bens de grande porte.

Em 1941, foi construída,  em Volta Redonda, a Companhia Siderúrgica Nacional, graças a um acordo que Getúlio Vargas fez com o governo americano .

O governo brasileiro foi lutar junto aos americanos,  na Segunda Guerra Mundial,  em troca do empréstimo para financiar a criação da Companhia Siderúrgica Nacional.

Em 1942 foram inauguradas outras indústrias de base , a Companhia do Vale do Rio Doce, para a extração de minério de ferro, e a Fábrica Nacional de Motores.

Em 1943, o governo Vargas implementou a Consolidação das Leis do Trabalho ( CLT) para regulamentar as leis trabalhistas e melhorar as condições de trabalho.

Em 1951, quando tomou posse, como presidente eleito,  Getúlio Vargas lançou um plano de desenvolvimento econômico para a indústria e para o desenvolvimento da infraestrutura,  como,  por exemplo, a construção de estradas e ferrovias.

Em 1952, foi criado o BNDE , Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico ( que, depois, tornou-se o BNDES), para dar financiamento e crédito aos projetos de desenvolvimento industrial.

Em 1953, foi criada a Petrobrás,  fundamental para fortalecer a indústria do petróleo no Brasil.

No governo de Juscelino Kubitschek,  a partir de 1956, o crescimento industrial ganhou novos horizontes,  com a criação de medidas alfandegárias para a vinda de indústrias estrangeiras para o país.

Juscelino criou o Plano de Metas,  que incentivou a produção industrial.  A política nacional-desenvolvimentista de JK concentrava suas atenções em investimentos, principalmente, em energia e transportes.

JK trouxe para o Brasil algumas empresas estrangeiras, como a Volkswagen.

No governo de João Goulart,  foi,  finalmente,  inaugurada,  no Brasil,  a Eletrobrás.

A faixa inaugural foi cortada por João Goulart, em 1962, junto com o primeiro-ministro Tancredo Neves.

Uma das primeiras missões da Eletrobrás foi acabar com o isolamento elétrico de parte do Brasil.

Hoje,  soberania não é, apenas,  independência política. É autonomia tecnológica. É inovação. É a capacidade de transformar nossos recursos naturais em geopolítica mundial.

O Brasil tem riquezas estratégicas que poderiam sustentar esses recursos soberanos: Reservas minerais críticas,  como o nióbio,  lítio, além de terras raras.

O país tem, ainda, a Amazônia Verde, que contém cerca da metade da biodiversidade brasileira e que precisa ser preservada e estudada com tecnologia nacional.

Temos, também, a Amazônia Azul,  nosso oceano rico em biodiversidade e recursos energéticos.

Vivemos uma era de transformações profundas. A soberania de um país, hoje, é medida pela sua capacidade de inovar,  dominar tecnologias críticas e estratégicas, e de proteger seu meio-ambiente e sustentar uma indústria forte e moderna.

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