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A origem germânica de Petrópolis: O Dia do Colono Alemão

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Lucas Klin - especial para o Diário


No dia 29 de junho de 1845, um marco histórico ocorreu nas terras da Serra da Estrela, no Brasil: a chegada dos primeiros colonos germânicos a Petrópolis. Essa data, que é celebrada neste sábado (29/06) é lembrada como o início do povoamento da cidade.

O jovem imperador D. Pedro II, seguindo o desejo de seu pai, D. Pedro I, arrendou o território da Fazenda do Córrego Seco ao major de engenheiros Júlio Frederico Koeler. Com o auxílio do major Paulo Barbosa da Silva, então Mordomo-Chefe da Casa Imperial, D. Pedro II instruiu Koeler a edificar uma povoação em torno da casa de campo.

Em 16 de março de 1843, D. Pedro II assinou o decreto nº 155, oficializando a ideia. Koeler iniciou os trabalhos e, em junho de 1845, aproveitando a chegada de súditos prussianos que escolhiam o Brasil como nova pátria, encaminhou as famílias para o Córrego Seco. O solo foi regularizado e dividido em prazos de terras, ocupados por famílias nobres, amigos do Imperador e colonos.

Em junho de 1845, aconteceu a Bauernfest, quando os súditos germânicos ocuparam o povoado recém-criado, que passou a ser chamado de Petrópolis. No dia 29 de junho de 1845, data que hoje comemoramos, com a realização da vitoriosa "Bauernfest", ocuparam Petrópolis (assim chamado o povoado recém criado) os súditos germânicos, oriundos de reinos europeus e que hoje é o país denominado Alemanha. É bom que se vá consertando e ensinando que a Alemanha como o país unificado de hoje ainda não existia, daí a colonização de Petrópolis ser germânica em sua origem Ressaltou o Professor Joaquim Eloy.

As famílias se adaptaram às terras, batizadas por Koeler com nomes de sítios europeus, como Bingen, Mosela, Darmstadt e Ingelheim. Hoje, essas terras constituem Petrópolis, um legado de D. Pedro II.

Segundo o Prof. Joaquim Eloy Duarte dos Santos, do Instituto Histórico de Petrópolis, essa ocupação ordenada e pacífica das terras serranas é motivo de festa e comemoração. É motivo de muita festa, muita comemoração, essa ocupação ordenada e pacífica das terras serranas da Família Imperial, que hoje constituem a nossa bela Petrópolis, legado de D. Pedro II que, merecidamente e para todo o sempre é Petrópolis, a 'cidade de Pedro', a nossa Comemorou o professor.

Segundo o Instituto Histórico de Petrópolis, o nome Bauern deriva de Bauer, que significa agricultor ou homem do campo em alemão. A festa ocorre desde 1989 e é considerada a maior de Petrópolis e uma das maiores do Brasil. Além disso, a Bauernfest tem como guardiães da memória o Obelisco e o Museu Casa do Colono. O obelisco, situado no centro histórico, foi inaugurado em 1957 e homenageia os colonos que chegaram a Petrópolis entre 1845 e 1846. Suas placas na base trazem os nomes de 361 famílias de colonos.

A sede do museu é uma casa em estilo germânico construída em 1847 por Johan Gottlieb Kaiser, um imigrante alemão e ex-mercenário do Exército Imperial Brasileiro.

A casa localizada no Castelânea, remonta à cidade de Kastellaum, origem de várias famílias que colonizaram Petrópolis. O Rio de Janeiro foi o primeiro estado brasileiro a receber imigrantes alemães em 1823, durante o Segundo Reinado. Petrópolis, fundada em 1837, acolheu esses imigrantes. A casa tem características das habitações da antiga Simmern e de aldeias às margens do Rio Mosel na Alemanha. É feita de pau-a-pique com barro misturado a capim, ripas de coqueiro e teto de zinco. A disposição dos cômodos foi adaptada para o Brasil, com separação nítida entre sala, cozinha e banheiro.

O museu simula o modo de vida dos primeiros imigrantes, abrigando móveis, objetos, utensílios domésticos, fotografias, quadros e instrumentos pessoais usados na época. Nas paredes, fotografias mostram caçadas, piqueniques e bandas de música, tradições incorporadas à vida da cidade. O mobiliário reflete a necessidade de aproveitar espaços devido ao número de núcleos familiares. O acervo inclui peças doadas pelos descendentes dos colonos, como o cortador de repolho usado para fazer o chucrute, prato típico alemão.

O museu foi inaugurado em 1976 por iniciativa do historiador Gustavo Ernesto Bauer. A proprietária da casa, Sra. Anna Margarida (bisneta de Johann Gottlieb Kaiser), negociou com a Prefeitura Municipal de Petrópolis para torná-la um museu.

O Museu Casa do Colono pode ser visitado na Rua Cristóvão Colombo, localizada no Castelânea, e está aberto de Terça a Domingo, das 9h às 16h.

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