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Abrigo na Floriano Peixoto é entregue após dois anos fechado

Local agora abrigará famílias do Caxambu, atingidas pelas chuvas de março deste ano

Foto: Arquivo
Foto: Arquivo


Daniel Xavier estagiário

O Abrigo Gabriel Vila Real, na Rua Floriano Peixoto, foi inaugurado nessa sexta-feira (05/04), após dois anos, desde a compra do prédio. Agora, ele abrigará parte das famílias do Caxambu que ficaram desalojadas após as fortes chuvas que atingiram a cidade em março deste ano. O intuito inicial era de acolher as vítimas da tragédia climática de fevereiro de 2022. À época, o imóvel foi adquirido pelo Executivo municipal pelo valor de R$ 3,5 milhões, com recursos enviados pela Alerj. Mais R$ 579 mil foram investidos para a reforma do edifício, que iniciou em junho de 2023.

Em março de 2022, quando anunciou a compra do prédio, a Prefeitura havia dito que o local estava adequado, e necessitava apenas de alguns reparos e passar por uma limpeza antes de ser entregue como lar temporário. Porém, meses depois, o município afirmou que o edifício precisava de reforma e adequação após vistorias. As medidas contemplavam o telhado, rede elétrica, pintura externa, pintura interna, melhorias nos apartamentos e rampas de acesso.

Com a alocação de todas as famílias desabrigadas pelas chuvas de 2022, por meio do Aluguel Social, sendo alcançada em julho daquele ano, a Prefeitura divulgou então que o prédio agora seria um abrigo de uso provisório e misto para famílias em situação de vulnerabilidade, mudando a proposta inicial feita à Câmara Municipal de Vereadores para justificar a compra.

Uma licitação foi feita em novembro daquele ano para a intervenção, porém, deu deserta (nenhuma empresa se inscreveu). Logo em maio, após novo processo licitatório, a empresa JBK Serviço e Construção Civil LTDA foi contratada para o serviço. O prazo de quatro meses de trabalho, acabou sendo estendido para seis meses, segundo informações presentes no Portal da Transparência.

O prédio leva o nome do adolescente Gabriel Vila Real, uma das vítimas das chuvas de 15 de fevereiro de 2022, que ajudou a salvar a vida de pelo menos 11 pessoas do ônibus que foi arrastado pela correnteza na Rua Washington Luiz.

Famílias do Caxambu

Até o momento, sete famílias do Caxambu foram acolhidas no Abrigo. A prioridade são aquelas com pessoas que apresentem algum tipo de comorbidade, segundo disse o município por meio das redes sociais. É esperado que mais pessoas do bairro sejam alojadas no edifício nos próximos dias. A capacidade de moradia temporária do imóvel é de até 32 grupos familiares.

Espera-se ainda que estas famílias sejam contempladas pelo Aluguel Social mais à frente. Atualmente, ao menos 2.700 petropolitanos recebem o benefício, subsidiado pelo Estado e o Município. Dados são da Secretaria de Assistência Social.

Do outro lado, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) também tem acompanhado a situação dos moradores do bairro Caxambu. Na última quarta-feira (03/04), a 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis fez uma reunião com os atingidos pelas fortes chuvas no final de março, ouvindo as demandas e informando a população sobre as ações adotadas pela instituição.

Os moradores também relataram que após a queda de uma barreira na Rua João Caetano, foi descoberto que havia ali um depósito de reciclagem de lixo e acreditam que o acúmulo de material tenha contribuído para que o solo ficasse mais pesado. Também foram encontrados canos de esgoto no local.

O fato foi relatado à Promotoria para que seja investigado.

Obras pendentes no local

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro divulgou ainda que tem uma ação civil pública cobrando as obras no Morro do Pinto. A Prefeitura informou à instituição que fez um plano de trabalho para solicitar recursos do Governo Federal. Também há uma ACP cobrando uma obra na Rua Bartolomeu Sodré, também no Caxambu, mas ainda não houve licitação por parte do Estado.

A Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas do Estado, por sua vez, disse em nota que já iniciou o processo de licitação para obras de contenção de encostas na Rua Bartolomeu Sodré, no Caxambu. Além das obras de contenção no Caxambu, a Secretaria também já iniciou o processo licitatório para intervenções na Rua Uruguai e Avenida Paulista. Ao todo, a SEIOP investiu mais de R$ 315 milhões na reconstrução de Petrópolis após as fortes chuvas de 2022.

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