Dois estudantes do programa de pós-graduação receberão incentivos para concluir pesquisas de mestrado e doutorado
Rômulo Barroso - especial para o Diário
O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) teve mais dois pesquisadores contemplados pelo "Bolsa Nota 10", da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Esse programa oferece incentivos para alunos que fazem parte de pós-graduação que tenham obtido conceitos 5, 6 ou 7 nas avaliações mais recentes da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). É o caso do LNCC, que tem o conceito mais alto possível.
Esta foi a primeira chamada do programa neste ano, que tem duas modalidades. Na "Mestrado Nota 10", o contemplado foi a aluna Carolina Albuquerque Massena Ribeiro, que é orientada pelo pesquisadora LNCC, Marisa Fabiana Nicolás. Já na "Doutorado Nota 10", Rafael de Souza Terra foi selecionado, sendo orientado pela pesquisadora do LNCC, Kary Ann Del Carmen Ocaña Gautherot e coorientado por Carla Osthoff (LNCC) e Diego Carvalho (CEFET).
Os dois fazem parte de uma lista com 361 projetos que foram incluídos nesta chamada. Segundo a Faperj, o objetivo do Bolsa Nota 10 é "incentivar os programas de pós-graduação do estado do Rio de Janeiro de significativa excelência, mediante a concessão de bolsas com valores diferenciados a alunos de mestrado e doutorado com desempenho acadêmico em destaque". Os valores das bolsas dos dois alunos do LNCC contemplados nesta chamada não foram divulgados, a Faperj explica que o programa banca os últimos 12 meses de curso para os alunos de mestrado (13º ao 24º mês) e os últimos 24 meses de curso para os alunos de doutorado (25º ao 48º mês).
Pós-graduação do LNCC: Conceito 7 na Capes
O programa de pós-graduação em Modelagem Computacional do LNCC tem o conceito mais alto avaliado nacionalmente pela Capes. Ele existe desde 2000 e tem cinco linhas de pesquisas: Modelagem Matemática e Computacional de Circulação e Transporte; Modelagem Matemática e Computacional de Equilíbrio e Otimização; Modelagem Matemática e Computacional de Biossistemas e Bioinformática; Controle e Filtragem de Sistemas Dinâmicos; e Computação Científica.
O Laboratório Nacional de Computação Científica destaca que o programa de pós-graduação da instituição "destina-se a candidatos interessados em trabalhar em temas não rotineiros, que exijam criatividade e capacidade de enfrentar novos desafios com autonomia intelectual". A coordenação geral é de Antonio André Novotny.
A avaliação elevada recebida pelo LNCC tem favorecido os estudantes que buscam incentivos da Faperj para dar sequência às pesquisas. Desde 2021, 19 pesquisadores ou projetos realizados no Laboratório foram contemplados por sete diferentes programas oferecidos pela Fundação. Ao longo deste ano, a Faperj ainda fará outras seleções, o que pode significar que mais estudantes sejam beneficiados e consigam alavancar seus estudos - o próprio programa Bolsa Nota 10 terá uma nova seleção em setembro e os interessados podem se inscrever a partir de 21 de junho.
Nesta primeira chamada, 210 bolsas de mestrado foram concedidas para pesquisadores de 20 instituições e 151 de doutorado para estudantes de 17 instituições.
Novos investimentos da Faperj
Além dos programas já desenvolvidos, a Faperj lançou uma nova modalidade que visa unir empresas interessadas em investir em pesquisas, o governo do estado (através da Faperj) e os institutos de pesquisas. É um programa chamado INOVATRIP (Programa Tripartite de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica). Os institutos de pesquisas podem apresentar um projeto e a Faperj entra com uma contrapartida (que pode chegar até R$ 15 milhões por ano ou R$ 45 milhões ao longo da iniciativa). O objetivo é que, principalmente, Pequenas e Médias Empresas (PME), Micro Empresas e Startups se interessem em investir em pesquisas pelo estado.
"O programa INOVATRIP é parte das estratégias da Fundação para fomentar uma colaboração eficaz entre o setor empresarial e as ICTs do estado do Rio de Janeiro. Ao alinhar as demandas de desenvolvimento tecnológico das empresas com a expertise e infraestrutura das ICTs (Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação), esperamos catalisar um crescimento substancial na produção industrial e gerar mais empregos no setor de inovação a médio prazo. O nome INOVATRIP reflete nosso compromisso em acelerar a inovação por meio de uma sinergia entre empresas, ICTs e o Governo, consolidando a abordagem da tripla hélice para impulsionar o progresso tecnológico", diz o presidente da Fundação, Jerson Lima Silva.
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