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América Latina se une para controlar a transmissão de Oropouche

Especialistas avançam na definição de diretrizes para monitorar transmissão vertical do vírus e proteger gestantes e recém-nascidos contra a doença

Foto: divulgação/MS
Foto: divulgação/MS

O Ministério da Saúde participou, nos dias 20 e 21 de agosto, da reunião interprogramática da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), realizada em São Paulo, que reuniu especialistas de diversos países da América Latina para discutir estratégias de enfrentamento ao vírus Oropouche (OROV). O encontro teve como foco a definição de diretrizes para a vigilância integrada da transmissão vertical do vírus, ou seja, de gestantes para recém-nascidos, e a revisão de evidências sobre possíveis malformações congênitas associadas à infecção.

A atividade contou com a presença de equipes técnicas do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Cuba, Costa Rica e Nicarágua, além de representantes do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME/OPAS), da OPAS Brasil e da sede da OPAS/OMS em Washington. O Ministério da Saúde apresentou a experiência brasileira na investigação e monitoramento de casos de Oropouche, destacando os avanços na vigilância laboratorial, na notificação de casos suspeitos e na integração com a rede de atenção à saúde.

Entre os principais resultados do encontro, os especialistas aprovaram uma definição de caso para a transmissão vertical do Oropouche, considerando critérios clínicos, laboratoriais e de imagem. Também foram estabelecidas orientações para a coleta de amostras biológicas fundamentais, como placenta, cordão umbilical e soro neonatal.

Brasil

O Brasil tem desempenhado papel estratégico na resposta regional à expansão do Oropouche, com mais de 12 mil casos confirmados em onze países das Américas somente em 2025. Nesse contexto, a atuação do Ministério da Saúde tem sido essencial tanto no fortalecimento da vigilância epidemiológica quanto na ampliação da cooperação técnica com outros países.

A reunião em São Paulo também avançou na construção de protocolos padronizados para identificação precoce de casos suspeitos, acompanhamento de gestantes e recém-nascidos expostos e integração de redes laboratoriais. Esses encaminhamentos se somam aos esforços já iniciados em fevereiro deste ano, quando foram definidas as prioridades de pesquisa sobre o vírus.

Com a participação ativa do Ministério da Saúde, o Brasil reafirma seu compromisso em contribuir para uma resposta coordenada na região, fortalecendo a vigilância das arboviroses e protegendo as populações mais vulneráveis.

Para a coordenadora-geral de Vigilância de Arboviroses, Lívia Vinhal, a participação ativa do Brasil reforça a relevância da cooperação regional no enfrentamento ao Oropouche. “Essa ação é fundamental para fortalecer a vigilância integrada, proteger as populações mais vulneráveis e ampliar o conhecimento científico sobre o vírus. O trabalho conjunto dos países é o caminho para darmos respostas rápidas e efetivas diante dessa emergência em saúde pública”, destacou.

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