Instalada em novembro de 2024, a área ganhou arte em grafite, paisagismo e plantio de mudas de árvore
O ponto de coleta seletiva do Catobira, em Itaipava, está se tornando um modelo de transformação e sustentabilidade. No último sábado (25), uma verdadeira obra de arte começou a ser desenvolvida na localidade pela iniciativa privada da região. Mais de 30 grafiteiros, vindos de diversas partes do Rio de Janeiro e até de Juiz de Fora, estão contribuindo de forma voluntária para criar um ambiente que reflete a união entre arte e respeito ao meio ambiente. Com inspirações voltadas para a natureza, as obras de grafite se conectam com a temática ambiental, transmitindo a ideia de que um espaço dedicado ao descarte correto de resíduos, não se torna apenas mais limpo, mas também mais vibrante e cheio de vida. O trabalho inclui ainda um cuidado especial com a iluminação e a jardinagem, que complementam a arte no viaduto do Catobira.
A Opensat, mais uma vez, desenvolveu o trabalho no espaço, mostrando o compromisso e a missão com o meio ambiente e a sustentabilidade. “Esse projeto é um sonho pra mim. Ver esse espaço se tornando referência em arte e mostrando o real sentido da sustentabilidade em que acreditamos. Todo o trabalho é voltado para a aprendizagem, desde a separação correta dos resíduos, até o momento de apreciar a arte", ressaltou Cesar Magno, gestor da empresa e embaixador do projeto Lixo Zero em Petrópolis.
O ponto de entrega voluntária de coleta seletiva (PEV) do Catobira foi instalado em novembro de 2024 e, já durante a inauguração, surgiu o desejo de revitalizar o espaço. Assim como o primeiro ponto a ser instalado, também está sendo o primeiro a ganhar vida com o grafite. O compromisso da Opensat é melhorar a qualidade de vida através da coleta seletiva, mostrando que a arte e o desenvolvimento sustentável caminham juntos. A revitalização da lixeira marca um avanço na conscientização ambiental e no cuidado com os espaços públicos da cidade, que por muito tempo ficaram abandonados.
Os grafiteiros voluntariamente envolvidos no projeto tinham como objetivo dar ao viaduto uma aparência mais vibrante e convidativa, incentivando a conscientização ambiental através da arte. “A ideia da nossa participação aqui é realmente incentivar a separação dos resíduos recicláveis, e o descarte correto, tudo isso como continuidade do projeto rumo ao Lixo Zero”, destaca o artista Rodrigo CB.
E como ponta-pé para o início deste processo, que tem o objetivo de contemplar todos os bairros de Petrópolis e todas as lixeiras seletivas já instaladas, a Opensat contou com a doação de cerca de 500 latinhas de tintas vindas de uma parceria com o condomínio Fazenda Itaipava. A tinta para a pintura das paredes foi doada pelas empresas Petrotintas, Oficina Guto & Filhos e Rafael Plantz. Já a segurança dos artistas foi garantida com a parceria firmada com a empresa ADR Andaimes, que viabilizou o acesso dos artistas a todos os pontos do viaduto.
O desejo da iniciativa é fazer a natureza se desenvolver cada vez mais. Sendo assim, mais de 500 mudas de árvores foram plantadas no local, recebidas através de doações do ICMBIO e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. As mudas foram plantadas também neste sábado, às margens do rio que fica próximo ao viaduto do Catobira. "Essas mudas de árvores que plantamos, nos trazem a certeza de que juntos estamos escrevendo um futuro melhor, mais bonito e sustentável”, disse César. O paisagismo do jardim foi realizado através de doações da COMDEP e da empresa Nosso Jardim, especialista em paisagismo. Além da pintura, um sistema de iluminação também foi instalado no local. Uma parceria com as empresas petropolitanas Master Luz e TC Comando, que forneceu fiação e refletores de led, valorizando a arte e trazendo segurança e conforto aos frequentadores.
Vale lembrar que a arte também envolve diversos aspectos culturais, e um deles é a leitura. E uma outra novidade que chegou no ponto de coleta é o projeto "Troca de livros", que transforma geladeiras, que possivelmente seriam descartadas, em bibliotecas, através da revitalização com arte. No projeto, as pessoas poderão fazer a doação de livros e, consequentemente, a troca de conhecimento. Uma iniciativa que conecta arte, saber e sustentabilidade. Lucília Martinez, especialista em desenvolvimento sustentável e apoiadora do projeto, se emocionou ao perceber que uma das iniciativas que ela levou por toda a América Latina durante mais de 50 anos de trabalho, chega de forma inédita a Petrópolis. “O principal ponto a deixar para reflexão é: Ler para quê? A leitura vai além de livros em mãos, com linhas e letras. Mas ler é uma verdadeira interpretação. Ler a vida, a natureza, as pessoas e ainda mais em uma ação como essa. Que exala a leitura através da sustentabilidade”, afirmou.
Toda ação no viaduto do Catobira só foi possível graças aos incentivos recebidos e parcerias que foram firmadas, desde a parte estrutural até os mantimentos que foram fornecidos para os grafiteiros. Como por exemplo, a doação de quentinhas que foram preparadas por restaurantes de Itaipava como o Rancho Alabama, Mundo Mágico de Itaipava e Bar do Horto. Além disso, mais uma vez, a Prefeitura de Petrópolis, através Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (COMDEP), apoiou a iniciativa em todas as fases: pintura, limpeza do local e na abertura de covas para facilitar o plantio. Estiveram presentes na ação, o secretário de Meio Ambiente e vice-prefeito Baninho, a presidente da COMDEP Fernanda Ferreira, o secretário de Defesa Civil, Coronel Guilherme Moraes, Secretário de Ordem Pública Marcelo Chitão, vereador Carlos Alberto, vereador Júnior Paixão e representantes do INEA, e do ICMBio. Toda a ação recebeu o reforço da Polícia Rodoviária Federal, que garantiu a segurança e o bom direcionamento da rodovia durante todo o período.
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