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Baixas temperaturas fazem aumentar casos de doenças respiratórias

Vacinação é a melhor forma de prevenir agravamento

Foto: Tony Winston / Agência Brasília
Foto: Tony Winston / Agência Brasília


Com as temperaturas em queda, o aumento de casos de síndromes respiratórias já foi registrado em Petrópolis. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, de março a maio deste ano, nas três UPAs da cidade e no Pronto Socorro, foram realizados 16 mil atendimentos, só no mês de maio foram 8 mil. No mesmo período do ano passado foram quase 11 mil no total, um aumento de 45,45%.

Em unidades particulares, como o Hospital Unimed, também houve alta de atendimentos de pacientes com doenças respiratórias. Neste último mês, até o dia 27, foram registrados 1.283 atendimentos na emergência da unidade. Este número representa 40% dos atendimentos de urgência e é ainda, o dobro registrado em abril deste ano, no mesmo período.

No último boletim divulgado pela Fiocruz, o InfoGripe, aponta o aumento de casos de Influenza A em todo o Brasil, como tendência de crescimento para as próximas semanas com a aproximação do inverno. Por conta disso, o infectologista da Unimed Petrópolis, Dr. Marco Liserre reforça a importância de manter as medidas preventivas da doença e evitar aglomerações.

“Estamos acompanhando uma epidemia de gripe em uma expansão muito rápida. Os hospitais estão com suas urgências cada vez mais cheias, o que preocupa ainda mais a proliferação do vírus. Neste momento, o mais recomendado para a população evitar as aglomerações e manter as medidas preventivas como a higienização das mãos, evitar aglomerações e se vacinar com o imunizante disponibilizado pelos postos de saúde gratuitamente”, orienta Dr. Marco Liserre.

A Unimed Petrópolis conta com o serviço de um Pronto Atendimento Virtual para atendimento por telemedicina, assim, a operadora disponibiliza médicos clínicos gerais e pediatras 24 horas para que os usuários do plano possam ser atendidos sem sair de casa, mantendo os casos mais graves para o atendimento presencial.

“O Pronto Atendimento é essencial para estes casos de gripes, pois o médico, durante o atendimento, vai identificar se o paciente necessita ou não do atendimento presencial. Na maioria das vezes não precisa, assim, ele já recebe a prescrição por e-mail e já pode iniciar a medicação. É um atendimento rápido e seguro e assim evita que o paciente entre em contato com pessoas possivelmente já infectadas com o vírus”, informa Dr. Marco Liserre.

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, para evitar a doença, o município aplicou em 2025, até o dia 29 de maio, 43.976 doses da vacina de contra a Gripe Influenza, e liberou a vacinação para toda a população.

“A vacina é a forma mais eficaz para proteger contra a gripe. As recomendações para a população, além da vacina, são medidas de higiene, tais como lavagem das mãos antes de consumir alimentos e após tossir ou espirrar. Evitar tocar mucosas de olho, nariz e boca, e usar máscara sempre que possível. Evitar aglomerações e ambientes fechados, manter os ambientes bem ventilados e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais e sintomas de influenza”, recomenda a Secretaria Municipal de Saúde.

Fiocruz: 72,5% dos óbitos por SRAG estão relacionados à influenza A

O boletim semanal InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nessa quinta-feira (29), indica que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza A têm atingido níveis de incidência de moderada a muito alta em jovens, adultos e idosos. O documento destaca a alta mortalidade de idosos e crianças de até dois anos de idade, em consequência da doença.

O vírus tem maior incidência em crianças pequenas, seguida pela população idosa. Entre os óbitos, nas últimas quatro semanas, o maior número de vítimas positivas da doença foi de 72,5% para influenza A; 1,4% para influenza B; 12,6% para VSR; 9,7% para rinovírus; e 5,9% para Sars-CoV-2.

O boletim indica que as hospitalizações por Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que atingem sobretudo as crianças pequenas, têm apresentado início de queda nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Já a influenza A apresenta estabilização da doença no Mato Grosso do Sul e no Pará, embora os casos da doença ainda permaneçam em níveis altos de incidência nesses estados.

Os dados laboratoriais por faixa etária indicam que o aumento dos casos de SRAG nas crianças de até 4 anos tem sido impulsionado principalmente pelo VSR. O rinovírus e a influenza A têm contribuído para o aumento dos casos de SRAG na faixa etária de até 4 anos, assim como nas crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. Já a influenza A tem sido o principal vírus responsável pelo aumento dos casos de SRAG entre adultos e idosos e jovens a partir dos 15 anos.

A pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella ressalta a importância da vacinação diante do atual cenário epidemiológico e reforça que é fundamental levar as crianças, os idosos e outros grupos prioritários para se vacinarem contra o vírus.

“A vacina ainda leva por volta de uns 15 dias para fazer efeito, então quanto antes esse grupo tomar a vacina, melhor”, avaliou a especialista.

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