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Brasil avança em IDH, mas perde duas posições em ranking mundial

Último IDH de Petrópolis foi revelado há mais de 10 anos e não há previsão de quando sairá novo índice

Brasil avança em IDH, mas perde duas posições em ranking mundial Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Rômulo Barroso - especial para o Diário

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou nessa semana que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil avançou, mas ainda assim, caiu duas posições no ranking mundial. O IDH brasileiro foi de 0,760, com dados de 2022 (0,004 acima do resultado de 2021). Com isso, o país passou de 87º lugar para 89º.
O IDH de um país é calculado anualmente com base em três indicadores: expectativa de vida (saúde), educação e renda. O índice varia de 0 a 1 - quanto mais próximo de 1, maior é o desenvolvimento humano daquele país. No caso do Brasil, o índice é classificado como "alto".

Esse resultado mais recente mostra uma volta ao período de crescimento, ao contrário do que ocorreu nos dois anos anteriores. No entanto, o avanço do Brasil tem ocorrido de modo mais lento na última década. Em 1990, o país tinha IDH de 0,620. Dez anos depois, pulou para 0,668. Em 2010, era de 0,722. Apenas três anos depois, atingiu 0,750 e vem oscilando pouco desde então. O melhor resultado já visto pelo país foi em 2019 (0,764), ou seja, o Brasil não conseguiu ainda voltar ao patamar pré-pandemia.

"A gente chegou nesse patamar de 33 milhões de pessoas em situação de fome, que era o patamar da década de 1990. Diante de um cenário em que você precisava aumentar o investimento em proteção social, o Brasil fez o processo de desinvestimento", analisa a gerente de Programas, Incidências e Campanhas da Oxfam Brasil, Maitê Gauto.

"O resultado do desmonte das políticas públicas no Brasil, entre 2016 e 2022, resultou na piora das condições de vida da população brasileira, que, de certa forma, se refletem no IDH", comenta a integrante do Colegiado de Gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Nathalie Beghin.

Segundo a ONU, o maior calcanhar de Aquiles é a educação. Entre 2021 e 2022, o tempo médio de permanência na escola foi de 8,2 anos, enquanto o tempo mínimo da educação básica no país - da alfabetização ao Ensino Médio - é de 12 anos. Por outro lado, há pontos positivos: a expectativa de vida aumentou de 72 para 73 anos e a renda anual per capita subiu de US$ 14,3 mil para US$ 14,6 mil.

Último IDH de Petrópolis foi divulgado há mais de 10 anos

O Pnud também avalia o IDH dos municípios brasileiros, utilizando como base de dados informações do Censo Demográfico. O último resultado de Petrópolis foi divulgado em 2013 e reflete o cenário de 2010. Não é possível dizer ainda quando será revelado o próximo, uma vez que o Censo brasileiro mais recente foi iniciado em 2022, com atraso de dois anos e inúmeras dificuldades de coleta de dados, e os primeiros resultados começaram a ser divulgados só no meio do ano passado.

Na última avaliação, Petrópolis tinha IDH alto (0,745), sendo apenas 11º colocado no estado e 648º entre os municípios brasileiros. O melhor resultado foi sobre expectativa de vida com índice de 0,847; renda aparece depois, com 0,763, e educação é o pior índice, 0,639.

O IDH mais recente de Petrópolis mostrou um avanço ao longo das décadas: em 1991, o resultado era de 0,552 - o que representava um IDH classificado como "baixo"; em 2000, a cidade passou para IDH "médio", com índice de 0,649; por fim, o município entrou no faixa de desenvolvimento humano "alto", com 0,745.

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