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Brasil avança na parceria com Japão para construção de barreiras SABO em Nova Friburgo e Teresópolis

Infraestrutura contra fluxo de detritos por deslizamentos reforça segurança e compromisso climático rumo à COP 30

Foto: Divulgação/MIDR
Foto: Divulgação/MIDR

O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), está avançando nas atividades com o Japão para a construção das barreiras SABO, estruturas projetadas para conter o fluxo de detritos por deslizamentos de terra, com o principal objetivo de proteger vidas e reduzir os riscos para a população em áreas vulneráveis. Essa iniciativa faz parte das estratégias do Brasil para adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, reforçando a proteção de comunidades vulneráveis.

Em recente visita ao Japão, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, se reuniram com autoridades japonesas para debater as parcerias existentes e os avanços no Projeto SABO. Os municípios de Teresópolis e Nova Friburgo firmaram Termo de Compromisso de participação no projeto, marcando um passo importante para a sua implementação.

O ministro destacou a importância da parceria.“Não há como impedir que os desastres aconteçam, especialmente diante das mudanças climáticas, mas podemos reduzir drasticamente o impacto sobre as pessoas. Esse acordo é mais um passo para fortalecer políticas públicas que coloquem as pessoas no centro das ações de prevenção e mitigação”, afirmou Waldez Góes.

Atualmente, o projeto de engenharia da barreira SABO de Nova Friburgo encontra-se em análise na Caixa Econômica Federal, com previsão de início das obras até dezembro de 2025. Em Teresópolis, o projeto está concluído, enquanto as iniciativas para vias de acesso e manutenção seguem em elaboração. A previsão é que as obras na cidade comecem no primeiro semestre de 2026. As barreiras Sabo são as primeiras estruturas desse tipo na América Latina.

Para garantir a transferência de tecnologia de forma eficaz, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) firmou um Termo de Execução Descentralizada (TED) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A parceria permitiu a aplicação da metodologia japonesa na elaboração dos projetos e execução das obras.

Expansão do Projeto SABO
Além de Nova Friburgo e Teresópolis, o Projeto SABO prevê a elaboração de estudos e projetos de engenharia para mais quatro municípios: Blumenau (SC), Caraguatatuba (SP), São Sebastião (SP) e Petrópolis (RJ). Essas regiões também enfrentam desafios relacionados a deslizamentos de terra e fluxo de detritos e poderão se beneficiar da tecnologia japonesa para prevenção de desastres.

A previsão inicial de custo para a construção da barreira SABO em Nova Friburgo é de aproximadamente R$ 25 milhões. O financiamento do projeto ocorre por meio de parcerias entre o Governo Federal, instituições financeiras e colaboração técnica com o Japão.

Compromisso com a COP 30
A ampliação do Projeto SABO está alinhada com os compromissos do Brasil na agenda climática global, reforçando a importância da infraestrutura na redução das desigualdades e na proteção das comunidades mais expostas a eventos extremos. Com a aproximação da COP 30, que será realizada em Belém, em novembro de 2025, a iniciativa demonstra o compromisso do país com a resiliência climática e a adoção de soluções sustentáveis para mitigar os efeitos das mudanças do clima.

A cooperação com o Japão também reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura adaptativa e tecnologia para reduzir os impactos de eventos extremos no território brasileiro. A implementação das barreiras SABO fortalece a governança climática ao tornar comunidades locais mais resilientes a desastres relacionados a fluxos de detritos.

A partir das negociações em curso, novos projetos de barreiras SABO poderão ser implementados em outras regiões do Brasil, ampliando a segurança e prevenção de desastres. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional segue dialogando com autoridades nacionais e internacionais para garantir a execução dos projetos e a proteção das comunidades mais vulneráveis.

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