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Bullying: É importante combater

No dia 20 de outubro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Bullying

Foto: Divulgação
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Emanuelle Loli especial para Diário

Segundo dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado em 2023, cerca de 38% das escolas brasileiras informaram enfrentar problemas de bullying. Esse é um assunto inevitável e de grande importância nas escolas, pois é uma questão distinta das brigas pontuais entre crianças e adolescentes. O bullying é um problema mais sério, pois se trata de uma violência de intimidação sistemática.

A lei 13.185/2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, define o bullying como qualquer ato de violência física ou psicológica, que ocorre de forma intencional e repetitiva. Essa prática é realizada sem uma motivação clara por um indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas.

Apelidos ofensivos, difamação, tentativa de intimidação, atos de discriminação, violência física ou psicológica ou “brincadeiras” com intenção de magoar o outro, são alguns dos tipos de comportamento que caracterizam o bullying. Podendo se manifestar também forma de homofobia, gordofobia, capacitismo, intolerância religiosa, racial e étnica

Para a psicóloga Cleide Valéria, existem diferentes tipos de bullying:

- O verbal: que consiste em apelidos ou xingamentos, sendo eles feitos de forma escrita ou presencialmente.
- O físico: quando envolve qualquer agressão por utilização da força física como socos, tapas e puxões de cabelo.
O psicológico, que tem como objetivo controlar o modo de ser da vítima, podendo envolver chantagens, intimidações ou ameaças.
- Bullying virtual: conhecido como cyberbullying, consiste em ataques verbais ou psicológicos através das redes sociais, exposição indevida da imagem ou utilização de ferramentas virtuais com intuito de humilhar.
- Bullying social: quando uma pessoa é isolada socialmente por seus colegas, por exemplo.
- Bullying moral: que podem vir em forma de insinuações, calúnia ou difamação
- Preconceituoso: Agressões pautadas em preconceitos como de gênero, crença, cor, classe social ou nacionalidade.

Para ela, a ocorrência do bullying pode ter traumas profundos nas vítimas. “Os efeitos que se podem ter na vida de uma pessoa são inúmeros. Traumas e sofrimento psicológico podem acompanhar um indivíduo o resto da vida se não forem tratados”, explicou. ”Eu tinha uma cliente na casa dos 20 anos, que tinha muita dificuldade em algumas questões pessoais por conta do bullying que sofria quando tinha 12/13 anos ”, relatou.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 “de 2002 a 2022 foram consumadas ao menos 16 ocorrências dessa natureza no país. Somam-se a elas outras sete transcorridas no presente ano, 2023. Motivados sobretudo por discursos de ódio, bullying, racismo, misoginia, intolerância étnica ou religiosa”.

Para a psicóloga, escolas, pais e responsáveis tem um papel fundamental no combate a esse problema. “Primeiro deve-se trabalhar a conscientização da criança. A criança em si não é má, ela apenas reproduz um comportamento que ela aprendeu em algum lugar. Com isso, deve haver também um trabalho junto aos pais”, comentou.

Para ela, medidas podem e devem ser tomadas por um aluno que está sofrendo bullying. “é preciso compartilhar e não isolar em si, mesmo que em muitas das vezes a criança ou adolescente possa estar sofrendo algum tipo de intimidação. Pais e professores devem se atentar a qualquer mudança de comportamento”, informou. “Se ela tiver dificuldades em compartilhar com os pais, buscar ajuda psicológica, com professores ou algum adulto de confiança é primordial”, concluiu.

Uma das formas de se combater o bullying é falando sobre ele e conscientizando crianças, adolescentes e responsáveis sobre o tema. Com isso em consideração, a Secretaria de Educação de Petrópolis conta com o projeto “Um por todos e todos contra o bullying”, que teve início em 2022.

O projeto, que acontece em caráter permanente, e foi ampliado para a educação infantil em parceria com o artista Léo Hang com arte de bonecos animados “Maricota”, levando o tema para as crianças de maneira lúdica e divertida. De acordo com dados da Secretaria de Educação, o projeto já alcançou mais de 35 mil alunos da rede municipal de ensino.

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