Uma camiseta com uma imagem de duas mãos, uma negra e outra branca, e com a inscrição “Não se contamine”, fez desencadear um grande movimento de protesto, reunindo grupos que combatem a discriminação racial e instituições. O primeiro movimento foi feito por entidades comunitárias que lutam contra o racismo, que promoveram reuniões e levaram o problema ao conhecimento de autoridades e também da Ordem dos Advogados do Brasil. A camisa, com sua imagem e dizeres, foi considerada uma expressão de racismo, o que é considerado crime grave.
Além da OAB, o Procon municipal decidiu fiscalizar a loja Gênesis, onde a camisa foi exibida. O diretor da entidade, Fafá Badia, anunciou que a empresa será autuada, por crime nas relações de consumo.
Já a Ordem dos Advogados do Brasil de Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto divulgou nota oficial de repúdio, em que considera a camiseta vendida pela empresa “claramente ofensiva e discriminatória, perpetuando o racismo estrutural que tanto combatemos em nossa sociedade. A associação entre cor da pele e a ideia de contaminação é uma afronta direta aos direitos humanos e um insulto à luta histórica e contínua pela igualdade racial”.
Em outro trecho, a entidade pede a retirada da propaganda do produto e exige um pedido de desculpas por parte da empresa, assumindo a responsabilidade pelo ocorrido. E também pede a atenção das autoridades, citando o Ministério Público e a Polícia Judiciária para que investiguem.
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