Município receberá 9.423 doses da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ)
Larissa Martins
A Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis inicia de forma antecipada, a estratégia de imunização contra a influenza na próxima quarta-feira (02/04). O município está aguardando a liberação de 9.423 doses distribuídas pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ). A pasta recebeu a primeira remessa de 492 mil doses para os 92 municípios do estado.
O envio foi feito pelo Ministério da Saúde, que está distribuindo 35 milhões de doses para todos os estados das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste, até o final de abril. A estratégia nacional será lançada pelo Governo Federal, em 07 de abril.
A quantidade recebida segue as orientações do Ministério da Saúde e é proporcional à população que se enquadra no público-alvo da estratégia de vacinação.
De março de 2024 à 31 de janeiro de 2025, Petrópolis já aplicou um total de 46.907 doses.
Outras remessas ainda serão enviadas ao estado do Rio futuramente. Ao todo, a estimativa é de imunizar mais de sete milhões de habitantes em todo o estado ao longo do ano. A administração pode ser feita junto a outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.
Público-alvo
A vacina contém o imunizante contra os vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B. O Ministério da Saúde preconiza que o público-alvo para a campanha deste ano abrange crianças de seis meses a menores de seis anos de idade (cinco anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto), pessoas com 60 anos de idade ou mais, povos indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua.
Também fazem parte do público-alvo, trabalhadores da saúde, professores do ensino básico e superior, profissionais de segurança e salvamento, das Forças Armadas, e pessoas com deficiências permanentes. Além disso, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, trabalhadores dos Correios, a população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade também fazem parte do grupo a ser imunizado. Também poderão receber a vacina os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com alergia aos componentes da vacina, principalmente à proteína do ovo. Portadores de doenças neurológicas e da síndrome Guillain-Barré devem consultar um médico antes de tomar a vacina e seguir suas orientações. Para pessoas que tenham apresentado febre recente, recomenda-se adiar a vacinação até que o estado de saúde melhore.
“Vale destacar que as vacinas são nossas grandes aliadas. São seguras, eficientes e evitam doenças graves. É importante, para quem compõe o público-alvo, procurar um posto de saúde e ficar protegido. O vírus da influenza muda conforme passam os anos, por isso é importante atualizar o imunizante”, explica Mário Sergio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do Estado.
Salas de vacinação
O público prioritário que comparecer a unidade de saúde para qualquer atendimento, terá a vacina à disposição nas 16 salas de vacinação do município. Segue abaixo:
Centro de Saúde Coletiva
UBS Quitandinha
UBS Retiro
Centro de Saúde Itamarati
UBS Alto Independência
UBS Mosela
UBS Morin
UBS Itaipava
UBS Pedro do Rio
UBS Araras
UBS Bairro da Glória
UBS Vicenzo Rivetti
ESF Posse
ESF Alto da Serra
Ambulatório Escola FMP/FASE
Ambulatório Alcides Carneiro
Proteção e segurança
A influenza e a covid-19 continuam sendo ameaças para a saúde pública, especialmente para as pessoas não vacinadas. Em 2024, a cobertura vacinal do público prioritário foi 48,89% na região Norte e 55,19% nas demais regiões do Brasil.
Por isso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha destacou a importância de se vacinar.
“Nosso objetivo é fazer com que o Brasil tenha o maior e mais diverso sistema vacinal do mundo. Nossa meta é imunizar 90% do público prioritário e vamos disponibilizar vacina para isso”, destaca Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
A doença
A gripe é uma doença respiratória de transmissão aérea, viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada, caracterizada por sintomas como febre, tremores, dores de cabeça, dor de garganta e rouquidão, além de alterações respiratórias, como tosse seca e coriza. Em casos mais graves, pode levar ao óbito, por isso a definição dos grupos prioritários para a vacinação.
A infecção geralmente dura, aproximadamente, uma semana. Existem três tipos de vírus Influenza: A, B e C. O vírus Influenza C causa infecções respiratórias brandas, sem causar impactos na saúde pública ou estar relacionado com epidemias. Já os vírus A e B são responsáveis por epidemias sazonais. O vírus Influenza A é classificado ainda em subtipos H1N1 e H3N2, além do H7N9.
Durante todo o ano, a Secretaria de Estado monitora os casos mais graves no Painel Monitora RJ, no portal da SES-RJ, que crescem especialmente no inverno, com maior transmissão do vírus.
Em 2025, até 26 de março, foram notificados 112 casos e seis óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza no estado. Os dados estão disponíveis no Monitora RJ ( www.monitorarsauderj.com.br ) na aba Vigilância em Saúde, e SRAG e Vírus Respiratório.
Meta para 2025
Para a vacinação de 2025, o Ministério da Saúde adquiriu 73, 6 milhões de doses. No primeiro semestre, está prevista a distribuição de 67,6 milhões doses para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, serão distribuídas 5,9 milhões de doses para a Região Norte. O valor total do investimento é de R$ 1,3 bilhões, e o público-alvo é de 81,6 milhões de pessoas.
A campanha será realizada em dois momentos:
Primeiro semestre: março/abril, nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul
Segundo semestre: setembro, na Região Norte, alinhando-se ao período de maior circulação viral na região.
Enquanto no Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste o pico de casos ocorre no outono e inverno (abril a junho), na Região Norte, devido ao clima tropical e ao regime de chuvas, a maior circulação do vírus acontece no segundo semestre, geralmente entre setembro e novembro, o chamado “Inverno Amazônico”. Por isso, o Ministério da Saúde ajusta o calendário para garantir que a vacinação ocorra no momento mais estratégico, proporcionando maior proteção à população.
Eficácia da Vacina
Estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA aponta que no Brasil, e em mais quatro países da América do Sul, a vacinação contra a influenza reduz em 35% o risco de hospitalização associada ao vírus entre grupos de alto risco. Para pessoas com comorbidades, a redução foi de 58,7%. Já para crianças pequenas e idosos a redução foi de 39% e 31,2% respectivamente.
O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação e conta com a participação de toda a população.
“Vacinar-se é um ato de cuidado próprio e coletivo. As vacinas são seguras, eficazes e gratuitas”, afirma.
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