Descubra os fatores de risco, sintomas e medidas preventivas
Bruna Nazareth - especial para o Diário
De acordo com dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde (SIH/SUS) , o tumor de bexiga causou a morte de 800 mil pessoas no mundo e mais de 19 mil no Brasil, entre 2019 e 2022. Durante esse período, foram registrados mais de 110 mil casos de neoplasia maligna da bexiga.
O câncer de bexiga afeta predominantemente homens brancos e de idade avançada. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o principal fator de risco é o tabagismo, presente em cerca de 50% dos casos de câncer de bexiga em homens e em 35% em mulheres. Fumantes têm uma chance duas a quatro vezes maior de desenvolver câncer de bexiga em comparação com não-fumantes. No entanto, ao interromper o uso do tabaco, a chance de desenvolver a doença diminui, embora os fatores cancerígenos possam permanecer no organismo por mais de dez anos. Além disso, a exposição a diversos compostos químicos também aumenta a probabilidade de desenvolver a doença, como aminas aromáticas, azocorantes, benzeno, benzidina e entre outros.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), este é o sétimo câncer mais comum entre os homens. Dessa forma, as estimativas da instituição para este ano apontam que deverão ser registrados 11.370 novos casos de câncer de bexiga, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres. Isso corresponde a uma incidência estimada de 7,45 novos casos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres.
Dentro desse contexto, o mês de julho é dedicado à conscientização sobre o câncer de bexiga, ressaltando a importância de estar informado sobre a detecção precoce, seus sintomas, diagnóstico e tratamento.
Sintomas, Diagnóstico e Tratamento
Os principais sintomas do câncer de bexiga são sangue na urina, dor ao urinar e necessidade frequente de urinar sem conseguir fazê-lo.
A detecção precoce é crucial para identificar o tumor em sua fase inicial, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido. Ela pode ser realizada por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos em pessoas que apresentam sinais e sintomas sugestivos da doença, ou através de exames periódicos em pessoas sem sintomas, mas pertencentes a grupos de risco.
Com a detecção inicial, o médico especialista pode fazer o diagnóstico e determinar o melhor tratamento, que pode incluir cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, dependendo do estágio de evolução da doença em cada paciente.
Como prevenir?
De acordo com o Ministério da Saúde, a melhor forma de prevenção é não fumar e evitar o tabagismo passivo, que ocorre quando não fumantes inalam a fumaça de produtos derivados do tabaco ao conviverem com fumantes em ambientes fechados.
*Com informações do Ministério da Saúde, Agência Brasil e Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
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