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Câncer de pele: como a exposição ao sol pode aumentar os riscos da doença

Especialistas dão dicas de como se proteger

Foto: Freepik
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Bruna Nazareth - especial para o Diário

Para muitos, começar o dia com alegria e motivação está diretamente ligado à presença do sol. Ele ilumina momentos felizes, como um dia de piscina, praia, piquenique ou churrasco em família, e até dá um incentivo extra para explorar a cidade ou enfrentar a rotina de trabalho. No entanto, o sol que ilumina esses momentos especiais também pode trazer sérios riscos à saúde.

O câncer de pele, o tipo de câncer mais frequente no Brasil e no mundo, é uma das principais consequências da exposição excessiva aos raios solares. A doença é mais comum em pessoa com mais de 40 anos e rara entre crianças e indivíduos negros. Essa condição desperta muita preocupação, especialmente quando pintas ou manchas surgem no corpo. Segundo Paulo Victor Amorim Marques, docente do IDOMED e médico dermatologista, o câncer de pele pode se manifestar de múltiplas formas.

“As principais são “feridas” que não cicatrizam, especialmente quando localizadas em áreas expostas ao sol durante a vida, e “pintas” que mudaram suas características iniciais, tornando-se, por exemplo, mais escuras, elevadas, irregulares ou com surgimento de sintomas como coceira e sangramento. É importante salientar a história familiar para alguns tipos de câncer de pele como o melanoma, que tem uma significativa representação genética”

Outros fatores de risco incluem histórico familiar, ter sofrido queimaduras solares graves ao longo da vida, apresentar muitas sardas ou pintas no corpo, ter uma pele muito clara que tende a queimaduras facilmente e nunca bronzeia, já ter tido câncer de pele anteriormente e, em especial, estar na faixa etária acima dos 65 anos.

Tipos mais comuns

O câncer de pele pode ser classificado em duas formas. O melanoma origina-se em células produtoras da melanina, substância que determina a cor da pele, sendo mais comum em adultos brancos. Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, tanto na pele quanto nas mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. Esse é o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase.

Já o tipo não melanoma é o mais comum no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no país. Tem alta chance de cura, desde que seja detectado e tratado precocemente. Embora seja o mais frequente e tenha menor taxa de mortalidade, o câncer não melanoma pode causar mutilações graves se não tratadas especificamente. Esse tipo de câncer inclui diferentes tipos de tumores, sendo os mais comuns:

Carcinoma basocelular: O menos agressivo, caracterizado por uma lesão (ferida ou nódulo) que evolui de forma lenta.

Carcinoma epidermóide: Também surge como uma ferida ou sobre uma cicatriz, especialmente aquelas provenientes de queimaduras. A maior gravidade do carcinoma epidermóide se deve à possibilidade de apresentar metástase.

Como avaliar uma pinta?

A regra ABCDE é uma ferramenta prática destinada tanto a médicos não especialistas quanto ao público em geral, ajudando a identificar características básicas das lesões. A dermatologista, Carolina Xavier, explica o significado de cada letra.

“A regra do ABCD corresponde a A assimetria, B a bordos irregulares, C a cores variadas e D a um diâmetro maior que 6mm e serve como um alerta geral para a  população. No entanto, só um especialista poderá determinar se a lesão é suspeita e indicativa de remoção”

É importante reforçar que essa regra não se trata de um método de diagnóstico, mas sim de identificação inicial de sinais de alerta. A partir dessa observação, o paciente deve ser encaminhado a um especialista, que realizará uma avaliação completa.

“O principal exame no diagnóstico do câncer de pele é o exame clínico feito pelo dermatologista. Quando uma lesão é suspeita a biópsia é mandatária! E o exame histopatológico confirmou o diagnóstico”, frisa a Dra. Xavier.

Cuidados diários

Com o verão chegando, os especialistas enfatizam que o cuidado mais eficaz para prevenir o câncer de pele no dia a dia é o uso regular de filtro solar aliado a uma exposição ao sol de forma consciente e moderada, uma estratégia que deve ser empregada por toda a população.

“Para cada pele, existe um protetor solar mais adequado. Essa orientação deve ser fornecida individualmente durante consulta dermatológica. Entretanto, há outras formas de proteção que também devem ser empregadas, especialmente com o uso de roupas adequadas, bonés, chapéus, sombreiros, óculos escuros... Todas as barreiras que se interpõem entre a radiação ultravioleta e o corpo podem ajudar nessa prevenção”, ressalta o Dr.Marques.

*Com informações do Ministério da Saúde

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