Em 2022, criança morreu engasgada com uma fatia de maçã no CEI Carolina Amorim, em Petrópolis
Larissa Martins especial para o Diário
Dois anos depois da morte de Maria Thereza Vitorino Ribeiro, em 2022, após se engasgar com uma fatia de maçã no Centro de Educação Infantil (CEI) Carolina Amorim, no bairro Cascatinha, a diretora da unidade foi inocentada pela justiça. Ela era acusada de homicídio culposo pelo ocorrido com a criança de apenas 1 ano, na época. A decisão foi proferida pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) através da desembarcadora Adriana Lopes Moutinho Daudt DOliveira.
Falta de provas
Logo após a fatalidade, a Polícia Civil indiciou duas professoras e a diretora. A médica responsável pelo atestado de óbito também foi investigada. No ano passado, o juiz da 1ª Vara Criminal de Petrópolis, Luís Claudio Rocha Rodrigues, absolveu as funcionárias do CEI. A audiência ocorreu no final de agosto no Fórum de Itaipava. De acordo com a sentença, o juiz entendeu que não havia provas suficientes que acusassem as profissionais pelo falecimento. Os pais não ficaram satisfeitos com a decisão e recorreram na justiça.
Agora, a desembargadora também afirmou não ter provas de que a oferta do alimento levou Maria Thereza a óbito. Segundo a relatora, os médicos realizaram as manobras necessárias e não encontraram resíduos de alimentos nas vias aéreas da vítima. Sendo, assim, a diretora do CEI não foi criminalizada.
Relembre
O caso aconteceu no dia 20 de maio de 2022 por volta de 14h. A menina foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento de Cascatinha, onde foi reanimada e intubada, porém, após ser transferida para internação no Hospital Alcides Carneiro, não resistiu e morreu na manhã de domingo (22). A nota enviada pelo HAC, na época, contava que ela chegou com sinais clínicos de lesão cerebral (midríase) e disfunção de órgãos.
O corpo dela foi exumado no dia seguinte pela Polícia Civil após autorização da 1 ª Vara Criminal de Petrópolis. A solicitação foi feita pela 105ª Delegacia de Polícia, no Retiro, visando esclarecer a causa oficial da morte da criança. Na época, a DP informou que o caso não havia sido comunicado oficialmente às autoridades. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) declarou que a causa da morte foi asfixia por bronquioaspiração.
*Com informações de O Globo
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