Vacina está disponível nas 16 salas de imunização do município
Mariana Machado - estagiária
Petrópolis registrou uma queda significativa nos casos de dengue durante o período de maior incidência da doença, comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Ministério da Saúde, o padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, ocorre principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.
Segundo dados do Ministério da Saúde, Petrópolis registrou, de outubro a dezembro de 2023, 36 casos prováveis da doença, somados a 7.409 registrados entre janeiro e maio de 2024, o que chega a 7.445 casos durante o período de maior incidência. Enquanto outubro a dezembro de 2024 registrou 13 casos, e 2025, até maio, registrou 150, chegando a 163 casos, ou seja, 2,02% dos casos registrados no mesmo período do ano anterior.
Em outra ocasião, que os casos já apresentavam queda, o Dr. Felipe Moliterno, infectologista, pediatra e professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis, explicou que a diminuição nos casos se deve a uma combinação entre as ações realizadas, como a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, e a divulgação da doença à população, como disseminar, através de campanhas em TVs, rádios e redes sociais, os sinais e sintomas da doença, e, principalmente, as ações de prevenção, reforçando a necessidade de atenção aos criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Mas, para além disso, ele disse que "é comum, após um ano de muito caso de epidemia que o medo prevalece, que a vigilância fique aumentada baseado na memória recente de tantos casos, e com isso haja uma redução no verão seguinte porque as pessoas checaram seus possíveis criadouros, diminuindo a transmissão no ano seguinte".
Entretanto, ainda é preciso ter cuidado, uma vez que, do dia 05 de maio até o dia 02 de junho, houve um aumento nos casos no município. Na primeira data, eram 97 casos prováveis, enquanto a data mais recente registrou 150 casos.
De acordo com a Prefeitura de Petrópolis, as visitas domiciliares são constantes e há sempre um reforço nos bairros com maior número de casos. De janeiro a abril deste ano, foram realizadas 215.549 visitas para combater os focos do mosquito.
Além disso, o segundo Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) em Petrópolis apresentou baixo risco de infestação do mosquito. O LIRAa foi realizado entre os dias cinco e oito de maio de 2025 e ao todo os agentes de Combate às Endemias (ACE) vistoriaram 7.970 imóveis. O levantamento apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 0,73%, considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde (MS).
No LIRAa foram identificados 58 imóveis com criadouros dos mosquitos transmissores das arboviroses como Dengue, Zika, Chikungunya. Os focos mais comuns encontrados foram vasos, pratos e frascos com plantas, bebedouros para animais, recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas, entulhos de construção.
Segundo informações do Ministério da Saúde, todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações - dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno.
Em 2025 foram aplicadas, até o momento, 3152 doses da vacina contra Dengue em Petrópolis. A vacina contra a dengue está disponível para crianças de 10 a 14 anos de idade nas 16 salas de vacinação do município. São elas:
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