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Censo 2022: 1,2% da população petropolitana tem diagnóstico de TEA

Diagnóstico precoce, maior conscientização e serviços especializados ampliam a busca por atendimentos

Foto: Freepik
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Emanuelle Loli - estagiária

O Censo Demográfico de 2022 identificou que 1,2% da população de Petrópolis possui diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Considerando que a população total do município é de aproximadamente 278 mil pessoas, isso representa cerca de 3,3 mil indivíduos com o diagnóstico. Em todo o Brasil, o número estimado é de 2,4 milhões de pessoas, o que também corresponde a 1,2% da população.

Segundo o Ministério da Saúde, o TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento.

De acordo com Elaine Assis, CEO da Clínica Incluir, o número de casos de crianças com o transtorno tem aumentado ao longo dos anos, junto com a procura por atendimentos.

“Os números vem crescendo, mas isso não significa que tem mais crianças com o transtorno agora. Na verdade, estamos diagnosticando melhor e mais cedo. As informações sobre o autismo estão chegando para mais famílias, os profissionais estão mais preparados e o preconceito está diminuindo. Isso facilita muito a busca por ajuda!”, ressaltou a profissional.

Características para se ficar atento

Por se tratar de um transtorno que afeta principalmente a comunicação, o comportamento e a interação social, algumas crianças no espectro podem ter dificuldades para falar, manter contato visual, brincar com outras crianças ou lidar com mudanças na rotina.

“Os primeiros sinais podem aparecer ainda no primeiro ano de vida, mas ficam mais evidentes entre 1 e 3 anos”, informou Elaine.

De acordo com ela, pais e responsáveis devem ficar atentos se a criança:

  • Não olhar nos olhos com frequência;
  • Não responder ao nome;
  • Ter atraso na fala;
  • Fazer movimentos repetitivos (como bater as mãos ou balançar o corpo);
  • Brincar de forma diferente das outras crianças;
  • Se incomodar muito com sons, luzes ou toques.

“Esses sinais isolados não confirmam nada, mas indicam que vale buscar um profissional para avaliar”, ressaltou.

Diagnóstico

De acordo com a profissional, o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é feito por uma equipe multidisciplinar contendo: psicólogo, neuropediatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, dentre outras especialidades.

Vale ressaltar que o TEA não tem cura, mas o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de práticas para estimular a independência e a promoção de qualidade de vida e acessibilidade para essas crianças.

Clínica Incluir

A Clínica Incluir é Especializada em Crianças com Autismo e outros transtornos do Neurodesenvolvimento e conta com uma Equipe Multidisciplinar. Localiza-se em Itaipava e no Centro de Petrópolis. Para mais informações, acesse @clinica.incluir no instagram ou através do telefone 2017-8545.

Secretaria de Saúde

Segundo a Secretaria de Saúde, em Petrópolis, o atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é multidisciplinar. A rede pública de saúde conta com CAPSi Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil, localizado na Rua Marechal Floriano Peixoto, nº 418, no Centro e realiza atendimento a crianças e adolescentes com diferentes transtornos mentais, incluindo o autismo. A equipe conta com enfermeiro, técnico de enfermagem, psiquiatra, terapeuta ocupacional, psicólogo e assistente social.

O serviço oferece não apenas atendimentos individuais e familiares, mas também ações no território, como visitas domiciliares e atividades de apoio às escolas e unidades de saúde, garantindo que o cuidado ultrapasse os muros da instituição. Além disso, a prefeitura mantém convênio com entidades privadas, como o GAAPE e Apae.

Brasil

De acordo com o IBGE, o Censo Demográfico 2022 identificou 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA), o que corresponde a 1,2% da população brasileira. A prevalência foi maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%): 1,4 milhões de homens e 1,0 milhão de mulheres foram diagnosticados com autismo por algum profissional de saúde. Entre os grupos etários, o de maior prevalência foi o de 5 a 9 anos (2,6%).

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