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Censo 2022 apresenta composição dos lares petropolitanos

No país, em 12 anos, proporção de mulheres responsáveis por domicílios avança e se equipara à de homens

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

Larissa Martins

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novos dados do Censo Demográfico 2022 na última sexta-feira (25). Desta vez, a pesquisa revela a composição domiciliar em todo o país. Segundo o levantamento, a média de moradores nos domicílios de Petrópolis por sexo do responsável é de 2,59 para homens e 2,54 para mulheres.

A média de cor/raça dessas mesmas pessoas, responsáveis pelas despesas, foi identificado como: branca (2,47), preta (2,8), amarela (2,52), parda (2,67) e indígena (2,73). A maior parte delas possui idade entre 25 e 39 anos (2,87). As outras têm: até 17 anos (3,3), 18 a 24 anos (2,46)40 a 59 (2,77) 60 anos ou mais (2,14).

Outras informações disponibilizadas no paranorma mostram que em 52,51% dos domicílios, os conjugues possuem sexos diferentes; em 47% não há conjugue e em 528 lares os conjugues possuem sexos iguais.

Tipos de moradias

Entre as quatro espécies de unidades domésticas, a mais frequente em 2022 era a nuclear, que representava 60,9% do total, seguida pela unipessoal (23,96%), estendida (13,93%) e composta (1,2%). Em 30,66% das casas há pelo menos 2 moradores; em 23,96% há um morador; em 23,17% há 3 moradores; em 13,99% há 4; em 5,22% há 5 e em 3% há 6 ou mais pessoas vivendo.

Unipessoais são aquelas casas com apenas um morador. Nucleares são compostas somente por um casal, ou somente um casal com filho(s), ou somente uma pessoa com filho(s), sem a presença de nenhum outro membro. Estendidas são aquelas onde existe a presença de algum outro parente (ex: neto(a), avô ou avó, genro ou nora). E compostas: aquelas onde existe presença de algum não parente (agregado, convivente, pensionista).

Filhos

Nas casas onde os homens são responsáveis, 13,28% vivem com conjugue e sem filhos; com conjugue e apenas filhos de ambos (16,41%); com conjugue e ao menos um filho de apenas um deles (3,06%); sem conjugue e com filhos ou enteados (2,26%) e outras composições (13,6%).

Onde as mulheres são responsáveis, 7,73% vivem com o conjugue e sem filhos; com conjugue e apenas filhos de ambos (9,19%); com conjugue e ao menos um filho de apenas um deles (3,33%); sem conjugue e com filhos ou enteados (14,34%) e outras composições (16,81%).

Cenário nacional

No Brasil, segundo o Censo 2022, entre as pessoas responsáveis pelas unidades domésticas, 50,9% eram homens (37 milhões) e 49,1%, mulheres (36 milhões). Houve mudança importante em relação a 2010, quando o percentual de homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior que o de mulheres (38,7%).

Em 2022, mais da metade (57,5%) das unidades domésticas eram formadas por responsável e cônjuge ou companheiro(a) de sexo diferente. Houve redução frente a 2010 (65,3%).

As unidades domésticas compostas por pessoa responsável e cônjuge ou companheiro do mesmo sexo representavam 0,54% do total. Mesmo com percentual ainda pequeno, houve um crescimento expressivo frente a 2010 (0,10%). O número deste tipo de unidades domésticas passou de 59.957 em 2010 para 391.080 em 2022.

De 2010 para 2022, a proporção das unidades domésticas com pessoa responsável, cônjuge e filho de ambos recuou de 41,3% para 30,7%, enquanto a proporção de unidades com responsável, cônjuge e filho de um dos cônjuges recuou de 8,0% para 7,2%. Já a proporção de casais sem filhos subiu de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022.

Entre as quatro espécies de unidades domésticas, a mais frequente em 2022 era a nuclear, que representava 64,1% do total, seguida pela unipessoal (18,9%), estendida (15,4%) e composta (1,5%). Em 2010, esses percentuais foram, respectivamente, de 66,3%, 12,2%, 19,1% e 2,5%.

As maiores concentrações de pessoas idosas (60 anos mais) responsáveis pelas unidades domésticas estavam nas unidades unipessoais (28,7%) e nas estendidas (21,7%).

Entre agosto de 2021 a julho de 2022, doze meses antes da data de referência, foram informados no Censo Demográfico 2022 um total de 1.326.138 óbitos no país, sendo 722.225 óbitos (54,5%) para o sexo masculino e 603.913 (45,5%) para o feminino.

Na população com 15 a 34 anos, os óbitos masculinos são bem mais numerosos que os femininos. O grupo etário com a maior razão de sexo dos óbitos (óbitos dos homens divididos pelos das mulheres) é o de 20 a 24 anos (371 óbitos masculinos para cada 100 femininos, ou uma sobremortalidade masculina 3,7 vezes maior que a feminina).

Em 2022, das 72.522.372 unidades domésticas do Brasil, 49,1% tinham responsáveis do sexo feminino. A proporção representa uma mudança importante em relação ao Censo de 2010, quando o percentual de homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior do que o percentual de mulheres (38,7%). Por unidade doméstica entende-se o conjunto de pessoas que vivem em um domicílio particular.

Em 10 estados, o percentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica foi maior que 50%: Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%), Maranhão (53,0%), Amapá (52,9%), Ceará (52,6%), Rio de Janeiro (52,3%), Alagoas e Paraíba (51,7%), Bahia (51,0%) e Piauí (50,4%).

“Os dados do Censo mostram que a maior parte dessas unidades da federação estão concentradas na Região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são encontrados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral, que as unidades da federação acompanharam o movimento do país com aumento da proporção de unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino””, aponta a analista da divulgação, Luciene Longo.

Lares formados por casal com filho de ambos

De 2010 para 2022, a proporção das unidades domésticas com pessoa responsável, cônjuge e filho de ambos recuou de 41,3% para 30,7%, enquanto a proporção de casais sem filhos subiu de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022.

Já a proporção de domicílios formados por casais com pelo menos um filho somente do responsável ou do cônjuge passaram de 8,0% para 7,2%. “Apesar da redução, o peso dessas unidades domésticas no total de arranjos com filhos aumentou”, observa o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi.

Já os domicílios monoparentais ou seja, com responsável sem cônjuge com filhos variaram pouco entre 2010 e 2022 (de 16,3% para 16,5%). Outros tipos de composição reuniram 25,5% das unidades domésticas, sendo 18,9% referente a domicílios unipessoais (que em 2010 representavam 12,2%), e unidades domésticas com mais de um morador, sem cônjuge, filho ou enteado que apresentou pouca alteração (de 6,6% em 2022, e 6,1% em 2010).

Em 2022, 57,5% dos domicílios eram formados por responsável e cônjuge de sexo diferente, 41,9% eram domicílios sem cônjuge e 0,54% tinham responsável e cônjuge do mesmo sexo.

“Embora ainda seja um percentual pequeno, o aumento de unidades domésticas formadas por casais do mesmo sexo foi bastante expressivo. A proporção passou de 0,10% em 2010 para 0,54% em 2022, o que representa, em números absolutos, um aumento de cerca de 60 mil para 391 mil domicílios”, destaca Márcio.

Regionalmente, as maiores proporções de domicílios com pessoa responsável e cônjuge do mesmo sexo foram no Distrito Federal (0,76%), Rio de Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,67%). Já os estados com os menores percentuais foram Piauí (0,25%), Maranhão (0,30%) e Tocantins (0,31%).

As informações completas podem ser visualizadas no site do IBGE ( https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/ ).

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