Gabriel Miranda - especial para o Diário
O valor da cesta básica em Petrópolis atingiu pela segunda vez o maior valor já registrado, desde o início das pesquisas do jornal, em setembro de 2022. No levantamento com base no Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mostra que em março deste ano, o preço médio de 14 alimentos que compõem a cesta básica soma R$ 736,97. Na comparação com fevereiro, a alta é de 4%.
No último mês, o preço da mesma era de R$ 708,06. Isso significa que de um período a outro, houve um aumento de R$ 28,91. O levantamento deste mês foi feito pelo Diário nessa sexta-feira (15/3) em três supermercados do Centro Histórico: Armazém do Grão, Multimix e Dib.
Segundo o IBGE, a alta dos preços dos alimentos de fevereiro foi de 0,83% e ficou 0,41 ponto percentual acima da taxa de janeiro (0,42%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,25% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, próxima aos 4,51% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
No grupo Alimentação e bebidas (0,95%), a alimentação no domicílio subiu 1,12% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%). Já a alimentação fora do domicílio (0,49%) acelerou em relação ao mês de janeiro (0,25%). O subitem refeição (0,67%) teve variação superior à observada no mês anterior (0,17%), enquanto o lanche (0,25%) desacelerou.
Custo dos alimentos
Entre os 14 produtos que compõem a cesta básica, na comparação com o levantamento do mês passado, cinco alimentos tiveram alta nos preços médios. São eles: açúcar (3,2%), arroz (7%), banana (18%), café (3%) e o feijão (3%).
Outros cinco alimentos apresentaram queda nos preços: batata (30%), carne (2%), farinha de trigo (6%), fubá (1,7%) e o tomate (13%). O leite, a manteiga, óleo e o pão francês não tiveram mudança de preço do mês passado para este.
Entre os estabelecimentos pesquisados pela equipe do Diário, as variações de preço que mais chamaram a atenção foram o arroz, a banana, a carne, o pão francês e o tomate. O primeiro alimento saía por R$ 8,59 no Multimix, enquanto na Dib estava custando R$ 10,49. A banana estava mais acessível na Dib, saindo em 8,99 e o preço mais caro encontrado era no Multimix por R$ 10,99.
O acém moído de 1 kg também é outro que apresentou variação. Enquanto no Multimix podia ser encontrado por R$ 25, já na Dib, estava em R$ 28,99. No caso da banana prata, foi aferida a diferença de R$ 2 entre os estabelecimentos. O quilo do pão francês também chamou a atenção, custando na Dib R$ 17,99, mas, podendo ser achado por R$ 14,96 no Armazém do Grão. O tomate estava com um preço mais acessível na Dib (R$ 8,99) e o mais caro por R$ 12,89 no Armazém do Grão.
Valores na capital
A cesta da capital fluminense foi a mais cara, com valor de R$ 832,80. Em comparação com fevereiro de 2023, a cesta aumentou 11,64%. Entre janeiro de 2024 e fevereiro de 2024, dez dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços médios: o tomate (22,31%), a batata (11,94%), a banana (10,80%), o feijão preto (5,86%), o café em pó (1,39%), o leite integral (1,38%), o arroz agulhinha (1,02%), o pão francês (0,55%), a carne bovina de primeira (0,34%) e o açúcar refinado (0,21%). O preço da manteiga manteve-se estável. Os outros dois produtos apresentaram queda de preço: o óleo de soja (-5,83%) e a farinha de trigo (-2,11%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em sete dos 13 produtos da cesta: a batata (80,00%), o tomate (39,15%), a banana (34,00%), o arroz agulhinha (33,22%), o feijão preto (19,59%), o açúcar refinado (7,42%) e o pão francês (3,62%). Apresentaram variação negativa o óleo de soja (-25,67%), a farinha de trigo (- 12,55%), o café em pó (-8,40%), a carne bovina de primeira (-4,01%), o leite integral (3,81%) e a manteiga (-0,53%).
Cálculo realizado conforme método do Dieese
Veja também: