Bruna Nazareth - especial para o Diário
À medida que envelhecemos, uma mudança sutil, porém significativa, acontece dentro do nosso corpo: o declínio do colágeno. Essa proteína vital, que sustenta a elasticidade e a resistência dos tecidos, como a pele, os ossos e as cartilagens, gradualmente diminui em quantidade e qualidade. Segundo a nutricionista Thalita Fialho Magrani, docente na UNIFASE,à medida que envelhecemos, nossas células fibroblásticas, responsáveis pela produção de colágeno, tornam-se menos eficazes e menos numerosas, reduzindo a produção global dessa proteína. Ela também esclarece que idade é comum começar a notar uma diminuição significativa nos níveis de colágeno no corpo.
O declínio do colágeno começa a ser percebido por volta dos 20-25 anos. Momento da vida em que é observado uma perda anual aproximada de 1%. Assim, aos 50 anos, já estamos com aproximadamente 25% a menos de colágeno. Após os 50 anos, o corpo passa a perder colágeno em um ritmo maior e esse déficit pode chegar a pelo menos 30%. Essa perda mais acelerada acontece principalmente nas mulheres devido às alterações hormonais da menopausa, afirma.
Segundo a dermatologista Ericka Aguiar, professora da UERJ, há sinais específicos na pele que podem indicar uma redução nos níveis de colágeno, os quais as pessoas devem estar atentas.
Em relação a aparência da pele, a diminuição dessa proteína vai favorecer o surgimento de rugas, linhas de expressão, surgimento de flacidez e perda de contorno da face. Existem alguns sinais que a gente pode notar a diminuição dos níveis de colágeno, que são quando você faz o pinçamento da pele você começa a notar que quando você puxa a pele ela vem com maior quantidade,ela vem com mais facilidade, então isso significa que você está começando a ter flacidez.O outro sinal é quando as rugas começam a acentuar, além disso quando o aspecto da pele fica como se fosse derretido e a gente nota aquele acúmulo de pele embaixo, que é o aspecto famoso que popularmente é conhecido como bulldog, refere-se ao aspecto de bochecha caída por conta flacidez gerada pela perda do colágeno, destaca.
O envelhecimento natural e fisiológico é inevitável, e alguns hábitos de vida podem contribuir para a diminuição do colágeno à medida que envelhecemos. Além disso, a dermatologista Aguiar ressalta alguns fatores externos que podem acelerar essa perda de proteína.
Fatores externos que podem influenciar a perda de colágeno, é o excesso de exposição ao sol sem proteção solar adequada, se expor a poluição de forma exagerada, a questão do cigarro, infelizmente quem tem o hábito de fumar tem uma perda de colágeno maior. Além disso hábitos alimentares ruins vão piorar essa questão da produção de colágeno, vão favorecer uma piora da qualidade da pele
Entretanto, alguns cuidados essenciais podem ajudar a manter o colágeno na pele.
Se alimentar bem, praticar exercícios com regularidade, manejar o estresse, dormir com qualidade e em quantidade adequada, ter uma boa hidratação, cuidar da pele ao se expor ao Sol, não fumar e consumir bebida alcoólica ajudam de forma significativa a manter o colágeno da pele, destaca Magrani.
Considerando a capacidade natural do nosso corpo de produzir colágeno, Magrani destaca a importância crucial da nutrição no processo de minimizar a perda dessa proteína conforme avançamos em idade. Para garantir que esse processo ocorra de forma eficaz, é essencial fornecer os nutrientes necessários para sua produção.
Consumir quantidades adequadas de aminoácidos e outros nutrientes como vitamina C e outros antioxidantes fará toda diferença nesse processo. Para isso invista em uma oferta variada de frutas, verduras e legumes. Faça desses alimentos in natura, a base da sua alimentação. Além de adequar o consumo de proteínas como clara de ovos, carnes no geral e caldo de ossos, frisa.
É relevante ressaltar que, assim como bons hábitos alimentares impulsionam a produção de colágeno, uma dieta de baixa qualidade pode prejudicá-la.
A falta de ingestão de água, e o consumo elevado de alimentos processados e produtos ultraprocessados (ricos em açúcares e gorduras) podem elevar a inflamação no corpo, trazendo danos às células, acelerando a perda do colágeno e o envelhecimento da pele, conclui Magrani.
Segundo a Dra. Aguiar, existem tratamentos eficazes para estimular a produção de colágeno na pele.
Existem hoje tratamentos muito eficazes como a aplicação de bioestimuladores de colágeno, que são substâncias capazes de estimular o próprio organismo a produzir o colágeno. E além disso os equipamentos a laser que também tem essa capacidade, então os próprios equipamentos, quando aplicados na pele do paciente, os tratamentos a laser gera um estilo intenso da produção de colágeno. Tem também alguns tratamentos, por exemplo, com injeções de outros produtos como o PDRN (Polidesoxirribonucleotídeo) que é extraído de células germinativas do salmão, que também é capaz de ter colágeno, conclui.
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