COLUNISTA
Prezados confrades e caríssimos leitores desta coluna do Diário de Petrópolis,
É com imensa satisfação e honra que me dirijo a todos, decorridos pouco mais de trinta dias da Assembleia Geral Extraordinária da Academia Petropolitana de Letras, que entre outros itens de sua pauta, sufragou o meu nome para presidi-la neste biênio de 2025-2026.
Portanto, inicialmente, quero externar a minha gratidão pelos votos, sobretudo, de confiança, aos quais espero corresponder, assim como pelas generosas palavras de apoio e incentivo.
No instante em que foi anunciado o resultado da eleição pela unanimidade dos presentes reagi imediatamente com uma frase retirada da pop-art, mais precisamente do herói das HQs, o Homem-Aranha, ao citar o seu tio Ben: “grandes poderes exigem grandes responsabilidades.”
Embora o “poder” não se aplique exatamente ao caso, as responsabilidades, sim. E é imbuído dessas responsabilidades que aceitei o convite para a candidatura à presidência de nossa APL.
Confesso que não estava em meus planos imediatos. Com apenas oito anos de APL, julgava oportuno, “quem sabe um dia, quando fosse mais velho, me aposentasse, e a vida estivesse mais tranquila”. Ocorre que já estou me aposentando, a vida ainda não ficou mais amena e estou ficando velho.
Enfim, chegou o momento, então.
A primeira responsabilidade se configura em dirigir a instituição após dois mandatos exemplares de nosso confrade Leandro Garcia, incluída aí a grande efeméride do centenário da APL, com programações e festejos impecáveis. Para isso convidei-o a ser meu vice-presidente, aliás, condição sine quae non para a minha candidatura, assim como a secretaria diligente e minuciosa do confrade Cleber Alves.
E a segunda responsabilidade se resume a estar à frente de 40 notáveis, de vários matizes artísticos e culturais, gerações, atividades, credos e ideologias. Para isso, cumpre lembrar o conceito e o papel das academias.
No Brasil, essas foram instituídas, no período exíguo entre a decadência do Barroco literário e a ascensão do Neoclassicismo (ou Arcadismo), no início do século XVIII, surgidas do interesse em atividades literárias e pela história do Brasil nascente, às vésperas de sua independência. A primeira foi a Academia dos Esquecidos, nome que já assinalava críticas à Metrópole. No Rio de Janeiro, a mais antiga era a Academia dos Felizes, fundada em 1736 e atuante por quatro anos. Todas tiveram curta duração, uma, inclusive, a Academia dos Seletos, que celebrou apenas a sessão magna de abertura, ficando apenas com essa oportunidade. Entretanto, comum a todas também eram os propósitos de uma associação dinâmica, orgânica, de difusão e ação cultural, não apenas um depósito de talentos literários. É com este espírito acadêmico com que venho unir-me aos membros deste centenário sodalício, para honrá-lo, elevar seu nome e trabalhar nele e por ele, não só enquanto me caiba a efêmera circunstância de presidente, mas com a “sobrenatural” condição de “imortal”.
Portanto, em uma cidade histórica, com inúmeras manifestações artísticas e instituições, é preciso ampliar a gama de conexões, buscar parcerias nos âmbitos públicos e privados, de modo que a APL cumpra os seus desígnios de fomentar as letras, a cultura e a arte.
Muito em breve e oportunamente será divulgado o calendário acadêmico, com a programação de atividades e eventos, como o aguardado Prêmio APL, em maio próximo.
Saudações Acadêmicas!
Acadêmicos presentes à Assembleia Geral de 06.03.25. Sentados: Fernando Costa, Paulo Cesar Santos, Almir Tosta, Ivone Sol, Gerson Valle, Christiane Michelin e Cleber Alves. De pé: Guedes Vaz, Claudio Dell Orto, Marco Aureh, Leandro Garcia, Marcelo J Fernandes, Gastão Reis, Katia Chalita e Pe. Anderson Alves.
DIRETORIA DA ACADEMIA PETROPOLITANA DE LETRAS (2025-2026)
Presidente: Acadêmico Marcelo J. Fernandes
Vice-presidente: Acadêmico Leandro Garcia Rodrigues
Diretora Cultural e de Relações Públicas: Acadêmica Ivone Sol
1º Secretário: Acadêmico Cleber Alves
2º Secretário: Acadêmico Leandro Garcia Rodrigues
1º Tesoureiro: Acadêmica Roseni Kuranyi
2º Tesoureiro: Acadêmico Lucio Gil
1º Bibliotecário: Acadêmico Marcelo J Fernandes
2º Bibliotecário: Acadêmica Fátima Argon
CONSELHO FISCAL:
Acadêmica Christiane Michelin
Acadêmico Gerson Valle
Acadêmico José Afonso Guedes Vaz
Acadêmico Paulo Cesar dos Santos
Acadêmico Sylvio Adalberto
Marcelo J. Fernandes (4.2.63, Rio de Janeiro), professor, tradutor e revisor há 35 anos. Possui Pós-Doutorado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais, é Doutor e Mestre em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Pós-Graduado em Administração Escolar. Foi Reitor e Diretor-Adjunto do Colégio de Aplicação, coordenador da Pós-Graduação e Professor de Língua Portuguesa, Comunicação e Expressão, Literatura Brasileira e de Português Jurídico da Universidade Católica de Petrópolis, entre 2000 e 2012; no período de 2004 a 2008, lecionou Língua Portuguesa na UNESA, campus Petrópolis, para o curso de Jornalismo. Na mesma cidade, foi coordenador pedagógico e corresponsável pela implantação do Ensino Médio do Colégio Ipiranga (1996-2000), coordenador do Colégio CEDI e sócio-diretor do Colégio Santa Teresa D’Ávila (2001-2007). Ex-Diretor-Geral concursado do CE D. Pedro II (2013-2015), ex-Gestor de Avaliação Pedagógica na rede municipal (2015-2016), e ex-Gestor do Centro de Cultura Raul de Leoni (20172019), ex-Orientador Pedagógico do Centro de Referência de Educação Inclusiva da rede municipal de Petrópolis (2019-2022). Foi Elaborador e Revisor do Banco Nacional de Itens do DAEB MEC/ Prova Brasil, Avaliador Institucional do MEC para Instituições de Ensino Superior (2008-2023) e colaborou como Revisor de Português Forense das revistas Nomos e Omnes, da Associação Nacional dos Procuradores da República, em Brasília. Anteriormente (1989-2000), lecionou em vários colégios tradicionais do Rio de Janeiro, como Andrews, A. Liessin, Escola Parque e GIMK.
Atualmente, é professor de Português Jurídico da EMERJ Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (2018-) e docente concursado nas redes estadual e municipal - CE D. Pedro II (2004-) e E.M. Rosemira Cavalcanti (2013- ). Atua ainda como Perito Técnico Linguístico, no Fórum do RJ, desde agosto/93. É membro-titular da Academia Petropolitana de Letras e da Academia Brasileira de Poesia, tendo doze livros publicados, um no prelo e cerca de oitenta artigos publicados em periódicos. É detentor de inúmeros prêmios literários, no Brasil e no Exterior. Ex-vice-presidente do Conselho Municipal de Educação de Petrópolis (2019-21); foi jurado do Prêmio Maestro Guerra-Peixe de Cultura, da prefeitura de Petrópolis, na categoria Literatura (2016-20). É conselheiro editorial do mensário de cultura Poiésis, desde 2000, e atua também (2018- ) como curador de Literatura do projeto filantrópico Somos Todos Grãos, em Brasília. Tem participado como conferencista em inúmeros seminários, congressos, eventos, feiras literárias e, mais recentemente, em lives e podcasts com temas referentes à Língua Portuguesa e à Literatura Brasileira, além de ter produzido videoaulas para a SEEDUC-RJ, exibidas na Band TV, TV Alerj e no YouTube.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5617761237249172