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Academia Petropolitana de Letras

COLUNISTA

Academia Petropolitana de Letras

É NESTE FINAL DE SEMANA O CONGRESSO LITERÁRIO EM COMEMORAÇÃO AO ANIVERSÁRIO DA APL!

Nesta quinta-feira, dia 29 de agosto, às 19 horas, na Casa de Cláudio de Souza (Praça da Liberdade, 247 Centro Petrópolis) ocorrerá a abertura do Congresso comemorativo dos 102 anos de fundação da APL. A primeira Mesa de Debates, correlacionando A APL e a História, neste mês em que também se comemora o Dia Nacional do Historiador/a (em 19/08), debaterá o tema Imagens do Feminino na História e contará com a participação da Profa. Dra. Lená Medeiros de Menezes, da UERJ, que é a Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro (IHGRJ), além da acadêmica Maria de Fátima Argon (titular da cadeira 06 da APL), com mediação da acadêmica Carolina Freitas (titular da cadeira 14 da APL).

O evento terá continuidade na sexta-feira, dia 30 de agosto, também às 19 horas, no mesmo local, com a segunda Mesa de Debates sobre A APL e a Literatura. O tema do dia será (Re)pensando o Sertão na Literatura Brasileira, que será debatido pelo romancista baiano Antônio Torres, um dos mais consagrados escritores brasileiros da atualidade, imortal da Academia Brasileira de Letras (onde ocupa a cadeira 15, que pertenceu a Machado de Assis) e que reside em Petrópolis e, desde 2019, é também membro titular da nossa APL, onde ocupa a cadeira 01. Participará do debate o acadêmico Leandro Garcia (titular da cadeira 34), com mediação do acadêmico Marcelo Fernandes (titular da cadeira 31).

Encerrando a programação, no sábado, dia 31 de agosto, na parte da manhã (as 10h), ocorrerá a terceira Mesa que tratará do tema Justiça, Cidadania e Cultura, com a participação do Desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, atual Presidente do Tribunal de Justiça do Estado e do acadêmico Cláudio Dell´Orto (titular da cadeira 21), que também é Desembargador do TJ-RJ. A mediação caberá ao acadêmico Cleber Alves (titular da cadeira 28).

Todos estão convidados: não é necessária inscrição prévia. A entrada é franca.

A ARTE POÉTICA NA ACADEMIA PETROPOLITANA DE LETRAS


Ao longo deste mais de um século de existência a Academia Petropolitana de Letras tem contado, em seus quadros de membros titulares, com a participação de extraordinários poetas e poetisas nascidos ou residentes em Petrópolis, cuja produção literária é de grande expressividade lírica e artística. Na coluna publicada na edição do Diário de Petrópolis de terça-feira, dia 27 de setembro de 2022, no ano do centenário da APL, foi feito um resgate histórico com registro de nomes dos poetas de maior destaque, já falecidos. Dentre tais nomes, deve ser lembrado o petropolitano Carlos Maul, nascido na Mosela. E, também, os acadêmicos Carauta de Souza, Farid Felix, Mário Fonseca, Maria Eugênia Celso, Mariná de Moraes Sarmento, Décio Duarte Ennes, Petrarca Maranhão e o consagrado poeta e crítico literário carioca Fernando Py, que veio morar em nossa cidade e aqui permaneceu por décadas até seu falecimento em 2020.

Vamos hoje dar destaque a um poeta e a uma poetisa que integram o atual quadro acadêmico e cuja obra reconhecidamente bem ilustra a excelência literário-poética produzida pela nossa APL.

Foto 1
Iniciemos com poetisa Carmen Felicetti, titular da cadeira 15 (patronímica de Machado de Assis). Mineira de Viçosa, desde criança veio morar em Petrópolis. Aqui formou-se em Letras, na UCP e tornou-se professora de Língua Portuguesa e Literatura: de extraordinária vocação para o magistério, fascinava seus alunos com sua competência e dedicação. É autora de dois magníficos livros de Poesia: Girassóis, lançado em 1984, e Perfil do Vento, lançado em 2006.

Dentre seus poemas, destacamos aquele de abertura do primeiro livro, cujo título é exatamente Poeta:

POETA

Roda dos ventos / Pairas sobre as salinas / Altiva, ereta! / Cumpres teu destino / Não importa que ventos soprem, / Roda dos ventos, poeta! /Se vendavais de fustigam, / Mais produzes / E arrancas em borbotões / Do fundo de tuas entranhas / As lágrimas / Que se espalham / E, sob o sol criador, / Se tornam o sal da terra!

Foto 2
Também em destaque o poeta petropolitano Sylvio Adalberto, titular da cadeira 08 (patronímica de Dom Pedro II). Nascido em Itaipava, Silvio teve sua vida profissional atuando por 35 anos como gerente num conceituado estabelecimento comercial em nossa cidade. Paralelamente, escrevia crônicas e artigos que publicava na imprensa local. Mas o destaque de sua produção literária é no gênero poético: é autor dos livros Silêncio Alucinado (1993), Sentir é terno (2018), Coração na Boca (2019) e Concerto diverso (2020).

Apresentamos então ao leitor um de seus belos poemas:

AO SABOR DOS VENTOS

Triste de quem fica em terra / não enfrentou ventos fortes / nem viu as ondas rugindo / com o mar por todos os lados / (mais vivo dentro da gente) / não viu vultos na neblina / não desejou horizontes / não teve um remo quebrado / um barco fazendo água / um porto que nunca chega / não viu náufragos boiados / a lua entrando no mar / triste de quem fica em terra / nunca chegou nem partiu.

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