COLUNISTA
O deputado Júlio Lopes apresentou na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados protesto contra a ação abusiva do Ibama em relação à atividade econômica importante para o país na aérea do petróleo e da mineração.
O parlamentar enfatizou dois campos de petróleo de empresa brasileira, parceira da Petrobras, que estão deixando de produzir pela demora injustificável na liberação de licença ambiental. Uma delas se refere ao absurdo de exigir licença ambiental para retomada da produção em campos que estiveram em manutenção. A inovação é da atual administração.
A questão da chamada “área da foz do Amazonas”, que, na verdade, dista 500 km do local, vai ser liberada em breve pela ação do presidente Lula, que considera absurdo que o Brasil não explore área que, a poucos quilômetros, é explorada com sucesso pelos nossos vizinhos da Guiana. A demora para que a ministra Marina Silva tenha “uma saída honrosa” está saindo caro ao Brasil. E mais, a região pobre, que é o Estado do Amapá, com a exploração, poderá dar condições mínimas de qualidade de vida e empregos à população. Esta novela tem requintes de crueldade, pois são milhões de brasileiros que podem ser regatados da pobreza, miséria e fome, na região existem outros casos na mineração. Sem falar na questão da estrada Manaus-Porto Velho condenada a ficar interditada parte do ano pelos obstáculos a um simples asfaltamento do que já existe.
O Governo Lula vai para seu terceiro ano sem ter apresentado nada de concreto do que prometeu e do que gostaria de ter feito. Parte deste atraso, que começa a se refletir em sua aceitação e abalar a economia, se deve ao trato ideológico de questões que pedem bom senso e pragmatismo.
No mais, o ambiente hostil às empresas privatizadas também está se construindo em grave desvio de conduta do governo, a abalar nossa credibilidade como destino de investimentos. As agências reguladoras demonstram viés ideológico, e o Judiciário também tem dado sua contribuição para nos deixar mal diante de investidores estrangeiros. Os planos de saúde privados, que atendem a cerca de cinquenta milhões de brasileiros, tem sido alvo do Judiciário, encarecendo as mensalidades.
Lula já viu que fica mal quando cai nas tentações eleitoreiras, como as críticas à taxa de juros estimulada tecnicamente pelo Banco Central. Agora que vai ter o controle absoluto da direção da instituição, precisará promover a subida das taxas e, se o percentual não for o técnico, pagará o preço e terá de recuar.
Cabe ao presidente exercer sua autoridade e enquadrar “os companheiros” ideológicos para não ver, em breve, sua popularidade ruir. Afinal Nicaragua, Cuba e Venezuela não parecem bons exemplos para nós.
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