COLUNISTA
Aristóteles Drummond
Uma das competentes narrativas das esquerdas encasteladas no Planalto é atribuir ao líder populista Jair Bolsonaro o rótulo de “líder da extrema-direita”. Bolsonaro não é de direita nem de extrema-direita. Em seu favor, apenas pensa, intuitivamente, pela sua flagrante ignorância, na direção correta e até que fez um bom governo. Mas não pode representar a direita, normalmente formada por empresários, monarquistas, militares e intelectuais. E só um tipo ignorante, grosseiro, é capaz das coisas narradas pelo seu infeliz ajudante de Ordens, vítima maior até aqui de seus devaneios. O jovem oficial apenas obedeceu e serviu a nada mais, nada menos do que ao presidente da República, com a obediência que aprendeu na caserna.
A direita conservadora brasileira, assim como o centro democrático, é formada por homens de boa formação intelectual, bem formados e bem-educados; muitos de famílias antigas a serviço do Brasil. Bem distantes da caricata família Bolsonaro. Nada contra esse “defensor da família” com filhos de três mulheres diferentes, que teve o bom senso de entregar a economia a um craque do liberalismo, mas foi incapaz de avançar nas privatizações.
Bolsonaro é hoje o maior patrimônio da esquerda e tábua de salvação para Lula. Cabe, inclusive, lembrar que o arrogante e ignorante perdeu por pouco mais de um milhão de votos e foram 38 milhões que se abstiveram, votaram branco ou nulo, que nunca votariam em Lula, mas não queriam ter o constrangimento de votar no “receitador” da cloroquina, que demitiu ministro bem avaliado e assustou outro bem considerado em plena pandemia. Nunca visitou um hospital e ainda debochou das vacinas que todos desejavam.
O Brasil é maior do que esta gente que nos governa e nos governou. Merecemos mais. Por isso, a iniciativa do PSDB de abrir espaço para uma união do centro. A proposta de dois experientes deputados mineiros, Aécio Neves e Paulo Abi Ackel, com grandeza e desprovida de ambições pessoais, merece o apoio e o aplauso dos brasileiros que pensam, trabalham e produzem. Temos de remover essa gente do atraso. Para levar o Brasil a seu destino de ordem e progresso.
O Sr. Bolsonaro foi um fenômeno no momento certo, mas não soube ou suas limitações não permitiram aproveitar a chance do destino. Ficou na mediocridade de seu entorno e entregou o país aos vencidos pelo seu despreparo e isolamento. Um bobo que achou que boa torcida era suficiente. Não sabia e não sabe de nada. Mas o Brasil tem um centro preparado, experiente, para retomar seu grande destino. O povo já sabe o que não quer.
É preciso união pelo bom senso, conciliação necessária, credibilidade e respeitabilidade, tudo que falta a Lula e a Bolsonaro. E sem o provincialismo de um Zema, que pensa pequeno num Brasil que quer e precisa voltar a ser grande.
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