Edição anterior (3880):
sábado, 24 de maio de 2025


Capa 3880
Aristóteles Drummond

COLUNISTA

Aristóteles Drummond

MILITARES DISCRIMINADOS


Aristóteles Drummond


As esquerdas instaladas no governo estão pressionando pela colocação em pauta no Congresso Nacional de inacreditável projeto que afronta a tradição republicana e a democracia brasileira que torna o militar cidadão de segunda classe, mutilado em seus direitos cívicos.

Trata-se de expulsar militares da vida democrática ao levar os candidatos a cargos eletivos à automática passagem para a reserva.

Os militares sempre foram atores relevantes na vida política desde o Império. O Duque de Caxias foi senador e diversas vezes ministro e chefe de governo.

Nas eleições presidenciais, dois deles foram eleitos diretamente. Os marechais Hermes da Fonseca e Eurico Gaspar Dutra. Foram candidatos e não eleitos o Brigadeiro Eduardo Gomes, marechais Juarez Távora e Henrique Lott. Antes de 64 foram notáveis membros do Parlamento militares como Costa Cavalcanti, Menezes Cortes, Euclides Figueiredo, Epaminondas Santos, Mendes de Morais, Gilberto Marinho, Amaral Peixoto, Nei Braga e Caiado de Castro, entre outros.  Eleitos eram afastados, mas continuavam na carreira. O presidente Castelo Branco limitou o tempo de afastamento para o exercício de cargos civis a dois anos.

Nossa tradição democrática sempre contou com a presença de militares. E na arrancada desenvolvimentista do regime militar, os grandes promotores do progresso foram militares como Jarbas Passarinho, Mario Andreazza, César Cals, Ozires Silva, Ruben Ludwig e nas estatais, como Petrobras, com Ernesto Geisel, Adhemar de Queiroz, Almirante Faria Lima. Uma elite de homens de bem, e competentes.

Logo, a ideia de discriminar é fruto de ressentimentos pelas vezes que o interesse nacional justificou a intervenção, como em 55, 64 e 68. A redemocratização foi projeto do presidente João Figueiredo. A mais não temos tido, infelizmente, militares relevantes na política, embora muitos oficiais das polícias militares e/ou da reserva tenham militância depois de afastados do serviço ativo. Hoje temos no Senado um oficial respeitado, como o General Hamilton Mourão e na Câmara o General Eduardo Pazuello, uma boa revelação.

Aprovar o projeto como o governo quer será um retrocesso e uma agressão a uma classe que tem prestado relevantes serviços ao Brasil desde sempre e certamente para sempre. O Brasil confia, respeita e admira seus militares. E recentemente mostraram compromisso com a democracia.

Não podemos prescindir da presença atenta dos militares aos quais tanto devemos.

Edição anterior (3880):
sábado, 24 de maio de 2025


Capa 3880

Veja também:




• Home
• Expediente
• Contato
 (24) 99993-1390
redacao@diariodepetropolis.com.br
Rua Joaquim Moreira, 106
Centro - Petrópolis
Cep: 25600-000

 Telefones:
(24) 98864-0574 - Administração
(24) 98865-1296 - Comercial
(24) 98864-0573 - Financeiro
(24) 99993-1390 - Redação
(24) 2235-7165 - Geral