COLUNISTA
Aristóteles Drummond
A Prefeitura de Petrópolis precisa olhar com atenção a grave crise que vive o distrito de Itaipava, forte contribuinte no orçamento municipal, no emprego, na circulação de riqueza.
O distrito está com seus acessos congestionados quase que o dia inteiro. Em Bonsucesso e no acesso 65, Ponte do Arranha-Céu, o engarrafamento permanente afasta muitos moradores não habituais ou veranistas, como são mais conhecidos, de efetuar compras e trazer mantimentos do Rio ou de Niterói, origem da maioria.
Restauração e hotelaria começam a sentir os efeitos deste verdadeiro drama, agravado pelas sucessivas licenças de obras que engrossam o número de moradores na faixa que vai de Nogueira a Pedro do Rio.
A ligação ao longo da União Indústria com o centro histórico já é um drama que nas pontas do dia chega a mais de uma hora.
São muitos os casos de cidades que sofreram esvaziamento, perda de valor e qualidade de vida, pela indiferença do poder público na busca de soluções. Muitas, aliás, de baixo custo.
Itaipava tem dois movimentos de moradores e empresários empenhados em ajudar na busca de soluções racionais, de baixo custo e curto prazo. São idealistas que precisam ser ouvidos. São brasileiros ilustres, idealistas, como Carlos Eduardo Pereira e Jorge de Botton e nosso diretor Paulo Antônio Carneiro Dias, benfeitor de Petrópolis na segunda geração.
O prefeito teve ali uma grande votação. Não pode matar as esperanças daquela população. São muitos os exemplos, no Brasil e em muitos países, de casos de cidades matarem "a galinha dos ovos de ouro" na falta de planejamento e de senso de responsabilidade. Aliás, nota-se que municípios vizinhos como Areal e São Jose do Rio Preto vem ganhando moradores que fogem de congestionamentos. Na verdade, quem aprecia congestionamento e insegurança não precisa sair do Rio nem de Niterói.
Não bastasse o edital da Rio-Juiz de Fora jogar para a frente a conclusão da nova subida da serra, que pelo menos num dos trechos poderia ser feito de imediato pelo avanço das obras abandonadas a tanto tempo. Em termos políticos, a estrada prova a falta de compromisso da família Bolsonaro com o Rio. Com três mandatos na área, nem os quatro anos de Presidência resolveram as pendencias da obra fundamental para a região serrana e parte do Vale do Paraíba fluminense, na Serra dos Araras, na Via Dutra.
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