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Aristóteles Drummond

COLUNISTA

Aristóteles Drummond

E O URUGUAI FOI NOSSO...


Aristóteles Drummond


Pena que o conhecimento da história tenha sido relegado a um segundo plano e muitos de nossos políticos desconheçam a própria história do Brasil. Como parece ser o caso dos que defendem uma posição intransigente na Ucrânia na questão da invasão de que foi e está sendo vítima.

Não é preciso ir muito longe para se perceber que o projeto acordado, em princípio, na reunião do Alasca entre Trump e Putin atende ao interesse de todos em encerrar esta guerra, que custa vidas, recursos financeiros e a tranquilidade da Europa e do mundo. No Brasil, temos caso análogo.

D. João VI começou um processo de ocupação da então Banda Oriental (correspondente ao atual Uruguai) e, em 1821, a incorporou ao Brasil criando a Província Cisplatina, dando o que achava ser uma garantia à segurança nacional ao sul. Ocorre que as províncias hispânicas da região do Rio da Prata, hoje Argentina, não aceitaram e surgiu o episódio conhecido como Guerra da Cisplatina, que custou esforços e vidas aos dois lados e apontava como motivo de discórdia que não permitiria o entendimento entre os dois países vizinhos. Depois de quase três anos de lutas, a Inglaterra e a França, mas principalmente o Reino Unido, resolveram intervir e daí surgiu a solução da criação de um país independente que veio a ser o Uruguai. A solução que envolveu o reconhecimento do Uruguai salvou o Brasil da evidência da derrota militar. Como a Argentina também abriu mão de suas pretensões, aquele
território ficou como que um recuo de ambos os países.

Foi a melhor solução, talvez a base das boas relações na região e da união que formou a tríplice aliança em 1865, para conter o expansionismo paraguaio. Naquele território, a maioria da população era de fala espanhola e nunca teriam se conformado com a anexação. Foi uma vitória do bom senso.

Logo, os dirigentes da Ucrânia e seus aliados só têm a ganhar com o fim da guerra, que poderia durar anos e anos, com prejuízos para todos os envolvidos.O mundo precisa virar esta página, a Rússia fica com territórios que já eram de
maioria russa e a Ucrânia pode retornar a seu desenvolvimento econômico e social por ser um território rico. E a Europa respirar.

Continuar o conflito vai custar caríssimo a todos!

- Petrópolis literária: Neste sábado, a Academia Petropolitana de Letras está entregando os prêmios APL 2025, em solenidade no auditório da UNIFASE. Entre os agraciados está Joana Maria Teixeira, que tem livro publicado escrito na cidade onde tem casa.

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