COLUNISTA
Aristóteles Drummond
Ser petropolitano é mais do que os nascidos na Cidade Imperial. São todos os que têm a oportunidade e a felicidade de escolher o município para viver, conviver, ler, ver e ouvir coisas belas.
Assim é o casal Raquel e Sergio Saraceni, neopetropolitanos, mas já com serviços relevantes prestados. São criadores do fantástico templo musical Soberano, por onde tem passado nestes dois anos o que existe de melhor na boa música nacional e internacional.
O projeto, que está procurando patrocínios para sua viabilização, engloba iniciativa de cunho social e cultural, que é o ensino de música, de diferentes instrumentos, a jovens vocacionados e prioritariamente carentes do município. Atende, portanto, ao turismo, atividade do setor terciário muito presente na cidade pelas entidades geridas pela Fecomércio.
O instituto criado para este fim é formado por um time que acrescenta a biografia de Sergio como músico, produtor musical e executivo na área da Globo por anos, introdutor da trilha sonora nas novelas. Foram convidados personalidades de reconhecido valor na área, como Manoel Corrêa do Lago, apontado como o maior pianista amador do Brasil hoje, autor, membro destacado da Academia da Música, com casa em Itaipava, assim como Rozane Braga, produtora de vídeo e radicada em Araras, Roberto Castelo Branco, executivo e homem de cultura, em Nogueira, Ana Luísa Marinho, de Corrêas, referências da MPB como Ivan Lins e Dori Caymmi, com muitas apresentações na casa, o advogado Gustavo Tepedino, Kléber Leite, nome emblemático no esporte, empresários da região como Marcelo Fiorini e Hélio Macacchero, entre outros. Todos somam a sensibilidade, a cultura e o amor à cidade.
Bonita reunião de brasileiros de diferentes atividades que se unem para o resgate de um projeto bonito, que depende de tão pouco para se viabilizar, pois os criadores não querem ganhar dinheiro, apenas não podem perder mais.
Hoje as arenas desportivas e grandes salas de espetáculos não sobrevivem sem patrocínios. No caso do Soberano, não se trata de atender a multidões, mas a uma elite formadora de opinião, classe média, que ajuda a manter vivo o teatro no Brasil, que, mesmo assim, tem as peças patrocinadas.
O resgate do projeto, que conta com o apoio deste jornal e de seu dirigente, Paulo Antônio Carneiro Dias, além dos chamados grandes anunciantes, nacionais, tem o apelo de proporcionar alto nível à Cidade Imperial, que muitos não sabem acolher empresas de alto significado na indústria nacional, como Celma, Zeiss, Alfa Laval, Cerveja Itaipava e um poderoso comércio local, como Multimix, Bramil e Armazém do Grão, considerando toda a região que faz fronteira com o município, sem falar na vigorosa praça bancária.
Ver essas pessoas procurado salvar um projeto generoso, e com cultura ligada ao social, anima neste Brasil que anda pobre de homens e de ideias.
Vamos torcer!
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