COLUNISTA
Tema obrigatório das conversas políticas, desde sexta-feira, a segunda pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Gerp em Petrópolis traz dados que devem ter provocado preocupação na campanha do prefeito Rubens Bomtempo. Não apenas o fato de ele continuar aparecendo em terceiro lugar, o que o mantém fora do segundo turno das eleições, mas também a altíssima rejeição registrada. Nas consultas a eleitores petropolitanos, 54% dizem que não votariam no atual prefeito. Fechando a conta de dificuldades, 61% dos consultados avaliam negativamente o governo Bomtempo.
Isso não quer dizer que não possa haver mudanças daqui até o dia da eleição, mas os mesmos indicadores que desfavorecem Rubens Bomtempo favorecem os adversários que estão à sua frente na pesquisa, ambos com resultados melhores: Hingo Hammes, por exemplo, tem confortáveis 19% de rejeição, e Yuri Moura, 31%. Bomtempo teria, segundo especialistas a dura tarefa de reduzir essa má vontade do eleitor em relação a sua candidatura e, ao mesmo tempo, lutar para conquistar votos que o tirem da terceira posição. Tarefa difícil, tendo em vista a realidade de dificuldades visível a olho nu. É quase como esperar um milagre.
Um outro dado mostra dificuldades da campanha de Bomtempo em busca da reeleição: dos consultados na pesquisa Gerp, apenas 7% dos consultados escolhem continuidade, quando a pergunta é sobre o que a Prefeitura precisa nas próximas eleições, enquanto 55% esperam por mudanças transformadoras. Bom para os adversários, ruim para o prefeito. No mundo real, Bomtempo é visto como responsável pelas filas de consultas, exames e cirurgias, que concentram milhares de pessoas; pela má administração do sistema de transporte público; e pela paralisia do governo diante de problemas cada vez mais graves de mobilidade urbana; pela crise na coleta do lixo e inacreditável negociação que triplicou o preço do serviço, em um ano, que um dia será investigada. Isso para falar somente de uns poucos problemas.
Não adianta ir para as ruas tentar descolar o governo municipal da Petro Ita, com manifestações de nível adolescente. O problema foi gestado e encorpado nas administrações de Rubens Bomtempo. São décadas de impressões digitais sobre cada malfeito na área de transportes coletivos. Pode haver outras causas, que precisam ser investigadas, mas não há dúvida que chegamos a essa situação por total ausência de fiscalização.
É responsabilidade dos governos ter políticas para proteger empregos, como agora, no caso dos rodoviários da Petro Ita, ameaçados de ficar desempregados a qualquer momento.
Os petropolitanos já tiveram inveja de Três Rios, que vem mudando sua economia, atraindo empresas e diversificando as atividades econômicas; e Areal, que une desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Agora, os olhos se voltam para Miguel Pereira, que cresce numa área em que Petrópolis sonha continuar liderando na região: o turismo. O município vizinho acaba de atrair um investimento de R$ 160 milhões da rede de hotéis Colline de France, para construção de hotel e dois prédios residenciais. A razão do interesse da empresa investidora é que a ocupação hoteleira em Miguel Pereira beira os 100%.
Há sinais de que a Igreja Universal do Reino de Deus está se afastando cada vez mais da política eleitoral. Seria decisão de seu principal dirigente, o bispo Edir Macedo. Ainda não se sabe o que acontecerá com o Republicanos, partido que representa a igreja no cenário político.
O defensor público e membro da Academia Petropolitana de Letras, o professor Cleber Francisco Alves fala no próximo dia 11, às 19h, na Casa Cláudio e Souza, na Praça da Liberdade, 247, sobre A Defensoria Pública como expressão e instrumento do regime democrático. O evento faz parte do ciclo de debates promovido pelo Centro Alceu Amoroso Lima, sobre Os valores da democracia hoje.
A representação feminina na Câmara Municipal pode ganhar mais uma vereadora nas próximas eleições. Gente que conhece o assunto garante que há várias mulheres se destacando entre os candidatos, com chances de se eleger. Hoje, há duas mulheres na Câmara: Gilda Beatriz, a única a se eleger em 2020, e Júlia Casamasso, que assumiu o mandato quando Yuri Moura foi eleito para a Assembleia Legislativa. Subir esse número para três não faz jus ao universo de mais de 50% de eleitoras em Petrópolis, mas já é um avanço a ser aplaudido.
Cercado pela família, o ex-secretário de Habitação Antonio Lopes Neves comemora aniversário hoje (dia 7) no seu sítio de São José do Vale do Rio Preto.
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