COLUNISTA
É tensa a relação do comitê que administra o fundo de previdência dos servidores municipais com o gabinete do prefeito. Não se sabe, ainda, se haverá maioria de votos no comitê para impedir que o governo faça novos saques irregulares no dinheiro da previdência, ou melhor, no que restou do dinheiro destinado a, no futuro, pagar as aposentadorias e pensões. Mas, a tendência é negar autorização para novos saques. O governo sacou, contra leis federal e municipal, mais de R$ 20 milhões. O medo é que no clima de fim de feira, em lugar de repor o que tirou, faça novos saques e zere a conta, que hoje é de R$ 30 milhões.
Servidores tentaram, sem sucesso, mobilizar o sindicato da categoria, para que tome medidas judiciais ou mesmo lidere um movimento em defesa do fundo previdenciário, diante do avanço ilegal do governo municipal em seus recursos. O Sisep nem sequer emitiu uma nota sobre o assunto. Temem que o sindicato tenha se transformado em mais uma secretaria municipal.
A eleição de São Paulo chegou à Alerj. O deputado estadual Thiago Rangel (PMB) retirou projeto de sua autoria que concedia a Medalha Tiradentes, a mais alta comenda do Estado do Rio de Janeiro a Pablo Henrique Costa Marçal, o influenciador que disputou a Prefeitura paulistana.
Além de Fred Procópio (PMDB), há dois outros candidatos a presidência da Câmara de Vereadores, na eleição de 1º de janeiro: Luiz Eduardo Dudu (União) e Júnior Coruja (PSD). Coruja, atual presidente, conta com o apoio do deputado federal Hugo Leal. Fred é o candidato natural do grupo de Hingo Hammes. Dudu busca uma estrada própria para chegar ao comando do Legislativo. Com a derrota de Rubens Bomtempo, Léo França (PSB) ficou meio fora do páreo. Mas, como é difícil prever o que vai acontecer até o fim do ano, melhor contá-lo como candidato.
Nunca se ouviu falar tanto nos gabinetes municipais quanto agora sobre o CAUC (Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais) e Cadin (Cadastro de Créditos não Quitados do Setor Público). Para ajudar a entender o problema: estes dois órgãos são uma espécie de Serasa e SPC na área governamental. E são capazes de detonar o crédito de prefeituras, governos estaduais e até órgãos da União. Entrar para o CAUC, por exemplo, faz secar a fonte de receitas federais que alimentam a maioria dos programas municipais, até mesmo de emendas parlamentares.
O Índice de Participação do Município (IPM) de Petrópolis, que chegou a ser de 3,597 em julho, caiu para 2,460 em agosto, 2,184 em setembro e para 1,909 em outubro. E vai continuar caindo até se estabilizar em 1,079 a partir de janeiro de 2025, o que iguala a nossa economia, com base no ICMS, a Araruama. Este índice é o percentual de participação de Petrópolis no bolo do ICMS, imposto estadual, que cabe aos municípios. São muitos milhões a menos, mês a mês. E o dinheiro representado pelo índice nanico do ano que vem ainda será reduzido, porque cerca de R$ 100 milhões de ICMS que o governo Bomtempo está recebendo até o fim do ano, terão de ser devolvidos aos cofres estaduais, em prestações mensais a partir de janeiro.
Durou cerca de 24 horas uma paralisação de funcionários da Comdep, na semana da eleição municipal. Faltou dinheiro para pagar a turma. Mas, a coleta de lixo é tão irregular em Petrópolis que ninguém sequer notou a paralisação total do serviço. O governo correu para encontrar solução e limpar os caminhos dos eleitores para as urnas. Não deu muito certo, mas evitou resultado ainda pior.
A Secretaria Municipal de Defesa Civil está anunciando a compra de cinco estações meteorológicas. Há ainda uma pequena esperança de que o negócio seja concluído e os equipamentos funcionem antes da estação dos temporais.
Não precisa somar os votos de outras dezenas de candidatos. Os sete vereadores que se elegeram em partidos coligados com o PSB de Rubens Bomtempo tiveram 22.788 votos. O candidato a prefeito teve apenas 27.152. Para que haja empate, basta somar os votos dos dois primeiros suplentes desse grupo. Bom tema para ser discutido internamente pela turma.
Veja também: