COLUNISTA
Os ataques, de lado a lado, que inundam as redes sociais, são o pior caminho para a campanha eleitoral, que vai decidir quem governará a cidade, a partir de 1º de janeiro. Enquanto gastam tempo e espaço para tentar desqualificar o adversário, os candidatos deixam de discutir as questões fundamentais da campanha. O que deveria estar em discussão são as graves carências da cidade, em várias áreas, e o desastre financeiro que o futuro prefeito de Petrópolis vai herdar.
O que os candidatos deveriam debater, para mostrar suas ideias e aprender no contato com a população são os problemas concretos: a quebradeira financeira, a precariedade do sistema de transporte público e da coleta e destinação final do lixo, o déficit habitacional obsceno, criminoso, as filas em busca de exames e cirurgias na saúde pública, o desmonte da máquina administrativa, loteada entre cabos eleitorais e amiguinhos, a irresponsável cegueira em relação aos problemas de mobilidade urbana que já atingem fortemente a parte maior da população e dos eleitores, por consequência. Isto para ficar nos mais urgentes. Há outros a discutir.
Como mudar, como sair do atual pesadelo deveriam ser os temas prioritários da campanha. O eleitor já escolheu mudar, uma vez que o atual prefeito, que não pode fugir da responsabilidade pela maior parte desses problemas, pois completa 14 anos à frente da Prefeitura, foi deixado para trás. Os dois candidatos que disputam o segundo turno falam em mudanças, mas debatem questões que não dizem respeito à gerência do município. Melhor fariam os candidatos se estivessem dando prioridade aos problemas reais da cidade e esclarecendo como pretendem enfrentá-los, sem trazer de fora acusações e denúncias. Não que elas não possam ser feitas, mas não devem comandar as campanhas.
E nem se pode dizer que o eleitor não está interessado nas eleições. Se não estivesse, o adesivaço promovido por Hingo Hammes, no Quitandinha, não teria reunido centenas de pessoas, que foram levar seus carros para receber a propaganda do candidato, e os encontros feitos por Yuri Moura em comunidades não teriam participação cada vez maior dos moradores.
Um dos novos vereadores eleitos, que pediu para não ser identificado, por enquanto, diz que o vereador Júnior Coruja já tem vários corpos de vantagem na eleição para a presidência da Câmara Municipal. Tem o apoio do deputado Hugo Leal, a preferência do prefeito Rubens Bomtempo e pode até mesmo receber algum voto à esquerda. Segundo ele, Fred Procópio terá de trabalhar muito para derrotar Coruja. Esse seria o quadro atual. Pode mudar um pouco, depois do segundo turno para prefeito.
Moradores da Estrada Mineira, trecho entre Corrêas e Nogueira, alertam as Secretarias de Defesa Civil e de Meio Ambiente, o Ibama e o Inea para a movimentação de terra feita num terreno às margens do Rio Piabanha, provocando um estreitamento no leito do rio, que pode provocar um desastre, caso caia uma chuva mais pesada. Além do estreitamento, eles temem que o terreno seja ocupado por prédios, pois é uma das últimas áreas de espraiamento das águas do Piabanha ainda intactas. Com o estreitamento do leito ocupação das margens, a água vai ganhar mais volume e velocidade para chegar a Nogueira, onde provoca inundações cada vez mais graves.
O governo federal liberou mais de R$ 98 milhões para custear um programa de redução de filas de espera por cirurgias eletivas no estado. Petrópolis vai receber R$ 2.944.436,08. É bom quem tem o dever de fiscalizar ficar de olho na utilização desse dinheiro, que será repassado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Um edital da Secretaria de Defesa Civil, sem data, comunicou a interdição de cerca de 150 imóveis atingidos pelo temporal de 2022. Entre eles a UPA Centro. Espera-se que o Centro de Especialidades, que funcionava ao lado também esteja livre do perigo. A maioria dos imóveis liberados para seus proprietários fica no Centro e imediações.
Tiago Guel, do PSD, é o mais jovem entre os vereadores eleitos no último dia 6, ganhando o título por poucos meses em relação a Wesley Barreto. Apesar de jovens, ambos já têm experiência no mundo político e já ocuparam cargos importantes no Executivo.
Veja também: