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Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Acordo leva Petrópolis a aceitar radar de R$ 7 milhões por R$ 60 milhões

Melhor um radar meteorológico de R$ 7.5602.000,00 do que nada. Esta foi a compensação recebida por Petrópolis, pelo prejuízo de cerca de R$ 15 milhões sofrido em 2004 isso representaria, com a correção de lei, alguma coisa como R$ 60 milhões hoje -, quando na sua primeira administração Rubens Bomtempo entregou as contas de salários dos servidores municipais ao Bradesco, sem licitação. Petrópolis recebeu apenas R$ 5 milhões, que ninguém consegue esclarecer onde foram gastos, por um contrato avaliado na época em mais de R$ 20 milhões. O acordo feito agora pelo banco e aceito pelo mesmo prefeito que deu origem ao prejuízo encerra a questão com a compra do radar meteorológico. O acordo já foi formalizado pela Prefeitura.

Delírio impudico

De um expoente da direita petropolitana, em voz alta, entre um gole e outro de chope, no Bar Marowil: “Se o Daniel Silveira não estivesse preso teríamos vencido esta eleição para prefeito de Petrópolis já no primeiro turno. E eu poderia ser o vice”.

Fim de feira

Até o cafezinho fica frio ou nem aparece. A derrota nas urnas trouxe efeitos negativos imediatos para o prefeito Rubens Bomtempo. Onze vereadores aprovaram com 11 votos a convocação da Secretaria de Educação, Cecília Pinheiro, para explicar os contantes atrasos nos pagamentos dos salários de estagiários e de trabalhadores contratados por meio de Recibo de Pagamento a Autônomo ( RPA), principalmente da Educação. Vai doer ao governo, que recebeu cerca de R$ 400 milhões de ICMS extra, ir à Câmara e confessar que não consegue pagar sequer as contas rotineiras, porque não tem mais dinheiro. E ainda pode ter de explicar o que fez com o dinheiro a mais. A convocação foi proposta pela vereadora Júlia Casamasso. Há três ou quatro meses, ninguém acreditaria que um pedido desses fosse aprovado pelos vereadores.

Quem sabe?

Se a perda do controle da maioria da Câmara continuar assim, é capaz até de os vereadores votarem as contas anuais de administrações anteriores, que estão guardadas em gavetas bem fechadas. Entre estas, as de 2026, do próprio Rubens Bomtempo, que foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

De ônibus

Funcionou muito bem o esquema de transporte público no primeiro turno das eleições, em Petrópolis. Não custa nada repetir no segundo turno.

Foto: Alcir Aglio
Possível solução para o trânsito na área mais importante de Itaipava, a Rua Joaquim Agante Moço está em estado lastimável. (Foto: Alcir Aglio)

E a Rua Joaquim Agante Moço?

Em troca da cessão de uma área do Parque Municipal de Itaipava, para instalação de um equipamento de tratamento de esgotos, a Prefeitura recebeu cerca de R$ 8 milhões, que seriam destinados a obras na Rua Joaquim Agante Moço, que teria dupla função: garantir melhor acesso aos moradores de um grande empreendimento imobiliário, ali em desenvolvimento, e criar uma alternativa para o trânsito engarrafado do centro comercial de Itaipava. Houve algum movimento de obra, mas a estrada está lá, estreita e com a pavimentação em péssimo estado. E nem se fala na construção da ponte, no terreno hoje ocupado pela Comdep, que ligaria a rua à Estrada União e Indústria, antes do trevo de Bonsucesso. E também não se fala da possível nova ligação da BR-040 à União e Indústria, saindo ao lado do Supermercado Armazém do Grão, em frente à ponte de Bonsucesso. A via está praticamente intransitável.

Terceirização 1

Depois do fiasco do contrato de um escritório de advocacia para aumentar a cota do ICMS recebida pelo município, cujo resultado pode ser um destruidor castigo financeiro, que seria a devolução de cerca de R$ 400 milhões recebidos desde 2022, porque a ação foi derrotada no Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, o prefeito Rubens Bomtempo inicia uma nova aventura. Contratou um dos maiores e mais competentes escritórios de advocacia do país, o Siqueira Castro Advogados, para atuar na busca de créditos tributários. São quatro contratos, buscando possíveis diferenças no Imposto de Renda Pessoa Física, na Compensação Previdenciária (Compeve), no fundo RAT (Risco Ambiental do Trabalho), e de verbas indenizatórias do INSS. Com honorários fixados em 12% sobre tudo o que for levantado. É a terceirização de serviços afetos à Procuradoria e às Secretarias de Planejamento e de Fazenda.

Terceirização 2

A Prefeitura assumiu nos contratos todas as despesas, até mesmo de cópias reprográficas, cópias autenticadas, impressões, digitalização, telefonemas, transporte, hospedagem, taxas cobradas por órgãos públicos, honorários de peritos e assistentes técnicos. Está tudo previsto nos contratos, que são um insulto à capacidade dos técnicos do Planejamento, da Fazenda e à Procuradoria Municipal. Todos os assuntos estão dentro do relacionamento entre municípios, estados e União, estão minuciosamente previstos em lei, decretos e outras normas. A tarefa poderia ser feita sem a necessidade de contratar serviços externos.

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