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quarta-feira, 04 de dezembro de 2024


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Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Quem leva o dinheiro

São tantas as histórias que se conta sobre o dinheirão que a Comdep deve a empresas que prestaram serviços na área do lixo, da pavimentação, terceirização e outras, que, com certeza, seria o caso de a enrascada empresa municipal relacionar e publicar seus débitos e esclarecer sobre critérios de pagamento com o dinheiro que entrar, daqui até o fim do ano. O contribuinte tem direito de saber por que um recebe e outro não. E isso precisa ser explicado. O pobre contribuinte se sente desrespeitado, traído e insultados diante das dúvidas sobre o que está acontecendo com o dinheiro dos seus impostos.


Está difícil

Há parentes de ocupante de cargo de primeiro escalão do governo Rubens Bomtempo que não têm o menor constrangimento de reclamar, publicamente, da crise do lixo. Acusam as falhas e falam sobre “montanhas” de detritos. Não está fácil para ninguém. Imaginem para o prefeito, que produziu esse estado de coisas.


Sem sentido

As ações da Comdep não fazem o menor sentido. A empresa informou ontem que tem duas equipes, com o total de 20 homens para cuidar dos bueiros da cidade. Dá para entender porque não consegue e o resultado é visível quando chove, como ocorreu na noite de segunda-feira e ruas do centro e dos bairros ficaram alagadas por conta do lixo que acaba nos bueiros e nos rios. O que não dá para entender, por exemplo, é por que a Comdep contratou 25 supervisores administrativos e um assessor de relações institucionais deve ser para se comunicar com a CPTrans e não contratou mais trabalhadores para limpar os bueiros.

E o lixo?

E o governo municipal poderia ter um mínimo de pudor. Falar em ruas inundadas sem dizer uma só palavra sobre o lixo que não consegue recolher das ruas é de uma desfaçatez sem fim.


Cena petropolitana 1

Passageiros do ônibus da linha 700 (Centro-Itaipava), já embarcados, esperavam a partida. O motorista tentou fazer funcionar e não conseguiu. Depois de muitos minutos e várias tentativas de mexer no motor, fiscal e motorista disseram aos passageiros que eles poderiam continuar embarcados, até chegar o ônibus seguinte. Do lado de fora do ônibus, formava-se enorme fila de pessoas que não puderam embarcar. Antes do ônibus seguinte chegar, caiu um temporal, deixando dezenas de pessoas encharcadas. O ônibus chegou e fez-se a correria. Quem estava na fila, no meio da chuva saiu na frente e ocupou o ônibus. Os que esperaram quase uma hora penaram, também ficaram encharcados e entraram num ônibus com aspecto de novo, mas que tinha vazamento nos respiradouros do teto. Mas, não termina aí. Todos tiveram de esperar um horário, sabe-se lá de que, até que o ônibus partisse e tentasse achar espaço para outras dezenas que estavam nas filas de pontos intermediários, também sonhando em chegar em casa. Onde não há regras ou fiscalização, tudo acontece.


Cena petropolitana 2

Se pensar dois minutos sobre o que está acontecendo com ele e com a cidade, o prefeito Rubens Bomtempo deve estar maldizendo o desprezo com que tratou a festa do Natal Imperial. Na sexta-feira, a presença do caminhão da Coca-Cola atraiu muita gente e as ruas do Centro tiveram, enfim, um dia de movimento e de algum entusiasmo. O caminhão da multinacional salvou a festa de Bomtempo. Se refletir um pouco, o prefeito vai perceber que errou ao não trabalhar e não investir na festa. Se as árvores estivessem iluminadas, se houvesse alguma decoração montada, se houvesse eventos distribuídos pelas áreas centrais, mais próximas do comércio, o movimento de compras cresceria, gerando empregos, renda e receita pública. Mas, não. Fracassou e deixou os louros da festa para o Sesc e para a Coca-Cola.


Transferindo culpas

Tem gente no comando de fato da Comdep que trabalha para se vingar da empresa PDCA, aquela que construiu e operou a estação de transbordo de lixo, tentando responsabilizá-la pelo agravamento da crise da coleta do lixo. Mas, nada como verificar os documentos que contam a história. A verdade é que a Prefeitura deixava de pagar pelos serviços de transbordo de lixo, às vezes por meses, dificultando a sobrevivência e os investimentos necessários na manutenção do local, em uma área de preservação permanente. E, durante quase três anos de governo, escolher outra turma para ter como amiguinha. Qualquer dia, o governo vai transferir a culpa da falta de merenda para os alunos e professores das escolas municipais.

Foto 1
Os petropolitanos Gualter Salles e Albano Batista Filho participaram da cerimônia de entrega do Título de Cidadão e de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro ao secretário de Estado da Casa Civil, o paraense de Belém Nicola Moreira Miccione. O título foi proposto pelo deputado Fred Pacheco.

Prêmio APL 1

Os acadêmicos titulares da Academia Petropolitana de Letras escolheram as pessoas e entidades que serão agraciadas com o Prêmio APL, referente ao ano de 2024. A sessão solene de outorga dos diplomas e medalhas ocorrerá em 2025, abrindo a programação acadêmica. Os ganhadores são: Prêmio João Roberto d´Escragnole pelo conjunto da obra: acadêmico Gerson Valle; Prêmio Joaquim Gomes dos Santos para atividade elevadora da cultura: Janine Meirelles dos Santos Ramos por sua atuação como presidente da Escola de Música Santa Cecília; Prêmio Reynaldo Chaves para artes cênicas: Musical RADIO QUITANDA (espetáculo musical com direção de Édio Nunes e texto de Márcia Santos); Prêmio Nair de Teffé para artes plásticas: Marcelo Lago; e Prêmio Alcindo Gomes para jornalismo: Vinicius Fernandes.


Prêmio APL 2

Mais ganhadores do Prêmio APL: Prêmio Walter Bretz para pesquisa histórica: Natália da Paz Lage; Prêmio Carauta de Souza para obra literária (poesia): livro “Reminescência de Amor - Divagações”, obra póstuma do poeta Silva Maia; Prêmio Carauta de Souza para obra literária (prosa) livro “A Saga de Mildred”, do escritor Denilson Cardoso de Araújo; Prêmio Paulo Carneiro para artes musicais: Dino Fernandes, baterista e percussionista; Prêmio Germana Gouveia para educadores: Professora Sandra Luzia Ferreira Reis Rocha presidente da Academia Petropolitana de Educação; Prêmio Said Ali para professor de língua portuguesa/literatura: Professor Marcelo José Fonseca Fernandes 35 anos de magistério; Prêmio Associação de Ciências e Letras para entidade cultural: FLI Petrópolis: Festival Literário Internacional de Petrópolis (organizado pela Associação Cultura Sempre um Papo; e Prêmio Acadêmico do ano: acadêmica Carolina de Souza Freitas


Prêmio APL 3

A Academia presta homenagens especiais ao Projeto “2024 Os Valores da Democracia Hoje” iniciativa do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade; Quéren Hapuque escritora-mirim, coautora de artigo no livro “Mulheres como luzeiros no mundo”; Angélica Paes escritora revelação, premiada internacionalmente, e funcionária do serviço de limpeza urbana da COMDEP; Instituto Cultural “Caminhos da Roça” pelos diversos projetos sociais e culturais, em Secretário; Colégio Vicentino Santa Isabel 160 anos de fundação (1864/2024).

Prêmio APL 4

Os novos Acadêmicos Honorários da APL são Dom Joel Portella Amado, Professor Bruno Tamancoldi, Professor João Carlos Bini, Vanisa Maria da Gama Moret dos Santos, Joana Maria Teixeira e Léa Maria Zilves Maio Ventura. Os acadêmicos correspondentes são: Arno Wehling, historiador membro da Academia Brasileira de Letras; Cláudia Machado,  escritora e jornalista; Anderson Braga Horta, poeta membro da Academia Brasiliense de Letras;  e Aluízio Alves Filho, sociólogo e escritor.

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