COLUNISTA
São tantas as histórias que se conta sobre o dinheirão que a Comdep deve a empresas que prestaram serviços na área do lixo, da pavimentação, terceirização e outras, que, com certeza, seria o caso de a enrascada empresa municipal relacionar e publicar seus débitos e esclarecer sobre critérios de pagamento com o dinheiro que entrar, daqui até o fim do ano. O contribuinte tem direito de saber por que um recebe e outro não. E isso precisa ser explicado. O pobre contribuinte se sente desrespeitado, traído e insultados diante das dúvidas sobre o que está acontecendo com o dinheiro dos seus impostos.
Há parentes de ocupante de cargo de primeiro escalão do governo Rubens Bomtempo que não têm o menor constrangimento de reclamar, publicamente, da crise do lixo. Acusam as falhas e falam sobre “montanhas” de detritos. Não está fácil para ninguém. Imaginem para o prefeito, que produziu esse estado de coisas.
As ações da Comdep não fazem o menor sentido. A empresa informou ontem que tem duas equipes, com o total de 20 homens para cuidar dos bueiros da cidade. Dá para entender porque não consegue e o resultado é visível quando chove, como ocorreu na noite de segunda-feira e ruas do centro e dos bairros ficaram alagadas por conta do lixo que acaba nos bueiros e nos rios. O que não dá para entender, por exemplo, é por que a Comdep contratou 25 supervisores administrativos e um assessor de relações institucionais deve ser para se comunicar com a CPTrans e não contratou mais trabalhadores para limpar os bueiros.
E o governo municipal poderia ter um mínimo de pudor. Falar em ruas inundadas sem dizer uma só palavra sobre o lixo que não consegue recolher das ruas é de uma desfaçatez sem fim.
Passageiros do ônibus da linha 700 (Centro-Itaipava), já embarcados, esperavam a partida. O motorista tentou fazer funcionar e não conseguiu. Depois de muitos minutos e várias tentativas de mexer no motor, fiscal e motorista disseram aos passageiros que eles poderiam continuar embarcados, até chegar o ônibus seguinte. Do lado de fora do ônibus, formava-se enorme fila de pessoas que não puderam embarcar. Antes do ônibus seguinte chegar, caiu um temporal, deixando dezenas de pessoas encharcadas. O ônibus chegou e fez-se a correria. Quem estava na fila, no meio da chuva saiu na frente e ocupou o ônibus. Os que esperaram quase uma hora penaram, também ficaram encharcados e entraram num ônibus com aspecto de novo, mas que tinha vazamento nos respiradouros do teto. Mas, não termina aí. Todos tiveram de esperar um horário, sabe-se lá de que, até que o ônibus partisse e tentasse achar espaço para outras dezenas que estavam nas filas de pontos intermediários, também sonhando em chegar em casa. Onde não há regras ou fiscalização, tudo acontece.
Se pensar dois minutos sobre o que está acontecendo com ele e com a cidade, o prefeito Rubens Bomtempo deve estar maldizendo o desprezo com que tratou a festa do Natal Imperial. Na sexta-feira, a presença do caminhão da Coca-Cola atraiu muita gente e as ruas do Centro tiveram, enfim, um dia de movimento e de algum entusiasmo. O caminhão da multinacional salvou a festa de Bomtempo. Se refletir um pouco, o prefeito vai perceber que errou ao não trabalhar e não investir na festa. Se as árvores estivessem iluminadas, se houvesse alguma decoração montada, se houvesse eventos distribuídos pelas áreas centrais, mais próximas do comércio, o movimento de compras cresceria, gerando empregos, renda e receita pública. Mas, não. Fracassou e deixou os louros da festa para o Sesc e para a Coca-Cola.
Tem gente no comando de fato da Comdep que trabalha para se vingar da empresa PDCA, aquela que construiu e operou a estação de transbordo de lixo, tentando responsabilizá-la pelo agravamento da crise da coleta do lixo. Mas, nada como verificar os documentos que contam a história. A verdade é que a Prefeitura deixava de pagar pelos serviços de transbordo de lixo, às vezes por meses, dificultando a sobrevivência e os investimentos necessários na manutenção do local, em uma área de preservação permanente. E, durante quase três anos de governo, escolher outra turma para ter como amiguinha. Qualquer dia, o governo vai transferir a culpa da falta de merenda para os alunos e professores das escolas municipais.
Os acadêmicos titulares da Academia Petropolitana de Letras escolheram as pessoas e entidades que serão agraciadas com o Prêmio APL, referente ao ano de 2024. A sessão solene de outorga dos diplomas e medalhas ocorrerá em 2025, abrindo a programação acadêmica. Os ganhadores são: Prêmio João Roberto d´Escragnole pelo conjunto da obra: acadêmico Gerson Valle; Prêmio Joaquim Gomes dos Santos para atividade elevadora da cultura: Janine Meirelles dos Santos Ramos por sua atuação como presidente da Escola de Música Santa Cecília; Prêmio Reynaldo Chaves para artes cênicas: Musical RADIO QUITANDA (espetáculo musical com direção de Édio Nunes e texto de Márcia Santos); Prêmio Nair de Teffé para artes plásticas: Marcelo Lago; e Prêmio Alcindo Gomes para jornalismo: Vinicius Fernandes.
Mais ganhadores do Prêmio APL: Prêmio Walter Bretz para pesquisa histórica: Natália da Paz Lage; Prêmio Carauta de Souza para obra literária (poesia): livro “Reminescência de Amor - Divagações”, obra póstuma do poeta Silva Maia; Prêmio Carauta de Souza para obra literária (prosa) livro “A Saga de Mildred”, do escritor Denilson Cardoso de Araújo; Prêmio Paulo Carneiro para artes musicais: Dino Fernandes, baterista e percussionista; Prêmio Germana Gouveia para educadores: Professora Sandra Luzia Ferreira Reis Rocha presidente da Academia Petropolitana de Educação; Prêmio Said Ali para professor de língua portuguesa/literatura: Professor Marcelo José Fonseca Fernandes 35 anos de magistério; Prêmio Associação de Ciências e Letras para entidade cultural: FLI Petrópolis: Festival Literário Internacional de Petrópolis (organizado pela Associação Cultura Sempre um Papo; e Prêmio Acadêmico do ano: acadêmica Carolina de Souza Freitas
A Academia presta homenagens especiais ao Projeto “2024 Os Valores da Democracia Hoje” iniciativa do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade; Quéren Hapuque escritora-mirim, coautora de artigo no livro “Mulheres como luzeiros no mundo”; Angélica Paes escritora revelação, premiada internacionalmente, e funcionária do serviço de limpeza urbana da COMDEP; Instituto Cultural “Caminhos da Roça” pelos diversos projetos sociais e culturais, em Secretário; Colégio Vicentino Santa Isabel 160 anos de fundação (1864/2024).
Os novos Acadêmicos Honorários da APL são Dom Joel Portella Amado, Professor Bruno Tamancoldi, Professor João Carlos Bini, Vanisa Maria da Gama Moret dos Santos, Joana Maria Teixeira e Léa Maria Zilves Maio Ventura. Os acadêmicos correspondentes são: Arno Wehling, historiador membro da Academia Brasileira de Letras; Cláudia Machado, escritora e jornalista; Anderson Braga Horta, poeta membro da Academia Brasiliense de Letras; e Aluízio Alves Filho, sociólogo e escritor.
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