COLUNISTA
Bem que o presidente da Comdep, Anderson Fragoso tentou levar boas notícias à Câmara Municipal, durante audiência com os vereadores Júlia Casamasso, Mauro Peralta e Domingos Protetor, mas a missão era impossível. Não dá para negar o que todos os moradores estão vendo: lixo espalhado nas ruas, calçadas, encostas e leitos de rios. É inútil tentar esconder com mentiras a crise sanitária e ambiental provocada pela falência do serviço de coleta do lixo, situação a que chegamos pelo caminho da irresponsabilidade do governo municipal realidade em quase todas as áreas do governo. Anderson Fragoso acabou confirmando a situação de gravíssima crise, reconheceu que o prefeito assumiu em vão o compromisso de regularizar a coleta em 10 dias, e que o serviço hoje prestado é três vezes mais caro, desde 2023, e de muito pior qualidade. Com relação ao compromisso assumido pelo prefeito com o Ministério Público, o presidente da Comdep foi gentilíssimo. Não disse em nenhum momento que o prefeito mentiu, sabendo que estava mentindo.
A audiência foi importante, também, para determinar que não foi Anderson Fragoso, que assumiu a presidência da Comdep há poucos meses, o responsável pelos contratos gora, resta saber o que será feito com as informações confirmadas na última sexta-feira. É claro que é preciso exigir que o lixo volte a ser conectado regularmente, que a estação de transbordo seja reativada e que o destino final volte a ser feito de forma segura, em carretas apropriadas. E é preciso reativar a coleta seletiva. Mas, é preciso mais. É absolutamente imperativo que se investigue como o dinheiro público foi gasto nesta trapalhada imensa. Além do preço triplicado, sem qualquer justificativa plausível, fato já admitido até pelo presidente da Comdep, ao responder a uma pergunta de Domingos Protetor, há evidentes sinais de que a Comdep paga também por lixo não coletado, por lixo que fica nas ruas, que vai parar os leitos dos rios e nas encostas.
E o passo seguinte é promover licitação pública para contratar o serviço corretamente e investigar o que aconteceu. Os responsáveis precisam ser identificados.
Ainda sobre o problema do lixo: o deputado Yuri Moura, que já protocolou denúncia duríssima no Ministério Público Estadual, sobre a lambança do governo municipal nessa área, quer também acionar o Ministério Público Federal. Prepara denúncia em que aponta os malefícios sanitários e ambientais, chegando aos coitados dos quatis, da fauna silvestre. Como as questões ambientais, em meio a áreas protegidas por leis federais constituem assunto federal, talvez seja possível mobilizar o Ministério Público Federal e o Ibama.
No círculo mais íntimo do prefeito eleito Hingo Hammes, ninguém tem dúvida de que Fernanda Ferreira será presidente da Comdep, no futuro governo. Se ainda não foi convidada, será. Mas, o lixo voltará a ser administrado pela Secretaria de Serviços, como já foi.
Outra da futura equipe de governo: depois de relutar, argumentando ter interesse em ganhar experiência no Legislativo, Aloísio Barbosa Filho deve aceitar a missão de dirigir a área de Saúde.
É certo, também, que o vice-prefeito eleito Albano Batista Filho será convocado a assumir um cargo de primeiro escalão. E será em área de operação.
O juiz José Cláudio Macedo teve uma semana de Botafogo. Primeiro, recebeu o Colar do Mérito Judiciário, comenda importantíssima, entregue no plenário do Tribunal de Justiça. Na segunda-feira teve o nome referendado pelo Órgão Especial do TJ e nomeado desembargador. Petrópolis confirma, assim, a tradição de ter sempre grandes e importantes nomes do Judiciário. De Petrópolis, quem também recebeu o Colar do Mérito foi o empresário Cláudio Magnavita, do Correio Petropolitano.
Também foi festejada em Petrópolis, onde ele trabalhou e lecionou Direito na UCP, durante muitos anos, a nomeação de Carlos Alberto Machado para desembargador.
O bicentenário da colonização alemã não passará em branco em Petrópolis. No próximo dia 17, o professor Johannes Kretschmer, da UFF, vai mostrar e debater o filme “A outra pátria. Crônica de um desejo” filme de 2013, considerado obra-prima de Edgar Reitz. O filme é uma instigante reflexão sobre migração e pertencimento, sonhos de uma vida melhor e o imaginário europeu sobre o Brasil.
Paulo Antonio Carneiro, do Diário, foi um dos muitos que foi ao quartel do Batalhão Pedro II, se despedir do tenente-coronel Carlos Otávio Macedo de Souza, que deixa o comando da unidade em Petrópolis para cumprir novas missões no Rio. E também dar boas-vindas ao novo comandante, tenente-coronel Rodrigo Oliveira Genial. O novo comandante é um niteroiense de 48 anos, que já andou um bocado pelo Brasil. Um destaque foi sua passagem pelo 50º Batalhão de Infantaria de Selva, em Imperatriz, Maranhão, onde recebeu todas as homenagens e reconhecimento pelo extraordinário realizado durante a pandemia de covid. Também ficou conhecido por seu trabalho ambiental, inclusive buscando recuperação de áreas degradadas.
Paulo Antonio e o tenente-coronel Carlos Otávio Macedo de Souza, ex-comandante do Batalhão Pedro II.
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