COLUNISTA
Depois de deixar o imóvel abandonado, durante mais de dois anos, o prefeito Rubens Bomtempo está providenciado obras para que oprédio do antigo Clube Centenário, no Bingen, receba uma unidade de saúde da Prefeitura. É uma obra absolutamente necessária, mas ninguém tem dúvidas de que a decisão foi tomada agora de olho no calendário eleitoral. De toda forma, é uma obra importante para o cidadão e os vizinhos acompanham com atenção o movimento no local. Deveria haver eleição para prefeito de seis em seis meses. Nenhum poderia deixar para depois coisas importantes para o cidadão-eleitor-contribuinte.
Os partidos políticos viraram mesmo cartórios eleitorais locais onde se registram as candidaturas. No mais, praticamente sem exceções, não representam ideias, apresentam programas genéricos e não se sentem constrangidos de receber hoje e muitas vezes entregar poder de fato a que foi adversário até ontem. A movimentação dos vereadores de Petrópolis entre os partidos mostra essa fluidez sem resquício ideológico.
Vejam o movimento dos nossos vereadores, eleitos em 2020. Gilda Beatriz saiu do PSD
para o PP tem boa justificativa, porque fazia oposição a Bomtempo, a quem o partido passou a apoiar; Eduardo do Blog (Republicanos), Júlia Casamasso (PSOL), Ronaldo Ramos (PSB), Júnior Coruja (PSD), e Marcelo Chitão (PL), mantiveram-se nos partidos de origem. Hingo Hammes, deixou o DEM pelo PP; Domingos Protetor, saiu do PSC para o PP; Dudu deixou o MDB pelo União Brasil; Fred Procópio saiu do PL para o MDB; Marcelo Lessa foi do Solidariedade para o PL; Mauro Peralta do PRTB para o PMN; e Júnior Paixão, da Democracia Cristã para o PSDB; enquanto Octavio Sampaio mudou-se do PSL para o PL.
Fernando Fortes, Omar Jacob e Luiz Eduardo Dudu estão sendo cumprimentados pelo trabalho de montagem da chapa de candidatos a vereador do União Brasil. Em 25 dias, apresentaram uma lista com nomes de peso eleitoral. Nem a equivocada destituição da Executiva Municipal, por um dia, depois corrigida, tirou o ânimo do grupo.
É fato dado como certo que a demissão do ex-secretário municipal Charles Rossi, de cargo que ocupava na Secretaria de Estado de Governo, teve ares de represália política. O ato de exoneração foi publicado três dias depois de Charles ter assinado a ficha de filiação ao MDB.
Aliados do pré-candidato a vereador Roberto Naval comemoraram as boas condições abertas para sua campanha eleitoral em Cascatinha, Itamarati e bairros próximos. Aliado de Rubens Bomtempo, Naval acabou sendo o candidato do grupo com mais força na região e conta com clara simpatia do grupo de Paulo Mustrangi, o vice de Bomtempo. Naval é filiado ao Partido Verde, que disputará as eleições para a Câmara em federação com o PT e o PCdo B.
Alexandre Gurgel, que disputou o cargo de prefeito em 2020, filiou-se ao PL, de olho na candidatura a vice na chapa do pré-candidato Hingo Hammes. Ocorre que Albano Filho, o preferido do governador Cláudio Castro também está filiado ao PL.
Vários secretários e diretores importantes da Prefeitura respiraram aliviados quando terminou o prazo de desincompatibilização e filiação partidária para os que pretendem disputar as próximas eleições e não foram chamados por Rubens Bomtempo para disputarem vagas na Câmara Municipal. Pelo menos dois ocupantes de cargos municipais já tinham ficado felizes, quando Paulo Mustrangi aceitou a candidatura a vice.
O Solidariedade terá dificuldades de escolher uma chapa de candidatos a vereador, na convenção de julho, porque não tem entre seus filiados número suficiente de políticos bons de votos e de interessados em disputar, sem fundo eleitoral, uma campanha que será das mais difíceis. A lista de nomes que estava sendo montada desfez-se em meio a uma trapalhada, que só não merece o título de maior do ano, porque políticos e partidos são sempre imprevisíveis e podem se superar em bobagens. Juvenil Santos, que liderava a montagem da chapa, com razão, recusou-se a ser parceiro da trapalhada que veio de cima, com a ordem de deixar de lado tudo o que já tinha sido feito e de acolher como seus os pré-candidatos que estavam na lista do União Brasil. Também não topou entregar ao PMN os candidatos que tinha atraído para o Solidariedade. Resultado: o União Brasil corrigiu os problemas internos, manteve seus candidatos e o Solidariedade virou vítima: foi esvaziado. Nomes importantes foram para outros partidos, como o ex-secretário Rodriguinho, que se filiou ao União Brasil.
Há versões de todos os tipos, inclusive de que tudo está bem, mas há um clima de confusão na sucessão de Thiago Damaceno, que deixou a presidência da CPTrans para disputar uma cadeira de vereador. O diretor técnico-operacional Elias Montes, cotado para a sucessão, não teria aceitado as condições apresentadas por Damaceno. O prefeito Rubens Bomtempo tem tempo para corrigir o rumo, pois a assembleia que elegerá o novo presidente ainda vai demorar alguns dias.
Guilherme Kronemberg Hartmann faz palestra, ao lado dos juízes Carla Bonfadini e Adriano França.
Advogado, professor e autor de livros jurídicos, o petropolitano Guilherme Kronemberg Hartmann, fez palestra que marcou a primeira etapa do curso Cooperação Judiciária Nacional, que terá prosseguimento na próxima sexta-feira, como atividade integrante do Fórum Permanente do Poder Judiciário no Estado do Rio de Janeiro. Estavam na mesa, ao lado do palestrante, os juízes federais Carla Bonfadini e Adriano França. A abertura do evento foi conduzida pelo presidente do Tribunal Regional Federal 2, Guilherme Calmon Nogueira da Gama, com a participação do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho 1, Gustavo Alkmin, e do procurador da República e professor da Uerj, Antonio Passo Cabral.
Matheus Quintal, Bolão e Leandro Azevedo: força no Republicanos.
O Republicanos, de Matheus Quintal e do pré-candidato a prefeito, Leandro Azevedo, comemorou um reforço especial para a chapa de candidatos a vereador do partido. Ex-vereador e ex-secretário municipal Jorge Bolão filiou-se ao partido.
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