Edição: quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025

Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Novo governo melhora coleta de lixo, mas não repete  o feito com motos e entulho


O novo governo municipal assumiu claramente o combate a três problemas que afligiam muito a sociedade petropolitana: a situação caótica da coleta de lixo, o infernal barulho e a perigosa insubordinação civil de um número elevado de condutores de motocicletas e a coleta de entulho e lixo verde. Quanto à coleta de lixo domiciliar, houve avanços claros e ficou provado que era possível resolver o problema que o governo anterior deixou de herança. Há máquinas, caminhões e trabalhadores nas ruas realizando o serviço. Mas, as outras duas questões levantadas pelo próprio governo municipal ainda estão pendentes: calçadas e vias de trânsito de automóveis, praças e terrenos baldios continuam acumulando entulho e lixo verde. Esse problema tira um pouco o brilho do bom trabalho realizado pelo governo na coleta do lixo, porque onde há sacos de entulho, de lixo verde e móveis e outros objetos usados, alguns moradores entendem que é local de depositar também o lixo domiciliar. E o problema se agrava, com as consequências a que todos estiveram expostos em boa parte do governo Rubens Bomtempo. A conclusão mais evidente é que o governo precisa pôr a fiscalização nas ruas e, talvez, até pensar em punições mais pesadas para quem comete essa grave irregularidade de jogar restos de obras e móveis velhos nas ruas.  A primeira pergunta que precisa ser feita, com relação ao entulho: quantas multas a Prefeitura aplicou nos sujões, responsáveis pelo descarte de entulho em centenas de pontos da cidade? Se não aplicou, ou aplicou poucas multas desde o dia 1º do ano, há um desajuste entre o tamanho do problema e a ação da fiscalização municipal, que precisa ser corrigido. Se houve aplicação de multa e o problema não ficou menor, como parece estar acontecendo, talvez a multa seja insuficiente. No caso das motos, é preciso mais que uma ou duas equipes de fiscais, com apoio policial. É preciso campanhas, é preciso mostrar o mal que o barulho provoca, o risco que representa para todos os malabarismos e o excesso de velocidade de motos nas ruas da cidade. E, evidentemente, reprimir com vigor. Se conseguir vencer estes dois problemas, como venceu no caso da coleta do lixo domiciliar, o governo ganhará pontos com a sociedade.


Sem fura-filas

É inegavelmente boa a lei que obriga a divulgação da lista de pacientes que esperam por cirurgias ou exames pelo SUS, em Petrópolis, originada de projeto do vereador Luiz Eduardo. Vai devolver um mínimo de segurança aos segurados da saúde pública de que não estão sendo passados para trás nessa fila infame. Mas, há um outro avanço positivo: aqui e ali já começam a aparecer depoimentos de pessoas que já foram contatadas pela Secretaria Municipal de Saúde, marcando exames clínicos, de risco cirúrgico e com os médicos. Em muitos dos casos, as pessoas esperam há anos por este momento. Não é preciso explicar o drama humano representado pelo atraso no atendimento de pacientes com câncer, por exemplo. O cumprimento da lei, que o prefeito anterior não queria, porque vetou o projeto, veto agora derrubado pela Câmara, organiza um pouco o esforço para reduzir o problema.


Pauta

O vereador Henrique Laranja, suplente que assumiu o mandato na Câmara, tem uma possibilidade de pauta: evitar o fim da atividade dos trocadores no sistema municipal de transporte público. Não é apenas uma questão de preservação de empregos, mas mostrar como é inconveniente e perigoso o motorista cuidar de receber dinheiro e dar troco aos passageiros em linhas que passam pela BR-040 ou pela União e Indústria. Ou em qualquer uma das vias sinuosas de nossos morros.


Dengue e Samu

A Secretaria de Saúde do Estado está enviando para Petrópolis 1725 kits para diagnosticar dengue. É pouco, mas é uma mudança e tanto em relação ao passado recente. A dengue é uma doença perigosa, que vinha sendo descuidada desde a pandemia de Covid. O estado também fixou sua parcela de participação no custeio do Samu, em Petrópolis: vai mandar mais de R$ 2,5 milhões para cá, em 2025. O Samu é um serviço indispensável.


União do turismo

Não é preciso dizer que a volta do projeto Som e Luz, do Museu Imperial, deve ser motivo de festa. Com o apoio do governo estadual, o projeto poderá adquirir novos equipamentos, readequados e modernizados e voltar a funcionar, depois de cinco anos de paralisação está suspenso desde o início da tragédia da Covid, em 2020. Mas, é preciso destacar a mudança de interesse do setor turístico em questões importantes para a economia de Petrópolis. Encabeçados pelo secretário municipal de Turismo, Pablo Kling, compareceram ao encontro com o governador, domingo, no Museu Imperial, representantes de todas as instituições da área de turismo. A força da participação não passou despercebida entre representantes do governo do estado presentes, inclusive o governador.


A turma de Castro

O governador Cláudio Castro, aliás, está mesmo interessado em organizar a valorizar sua turma em Petrópolis. Depois de intervir e indicar quase coercitivamente a candidatura de Albano Baninho Filho a vice-prefeito, na chapa de Hingo Hammes, ação que se revelou um sucesso, e de abrir espaço no governo do estado para o vereador Luiz Eduardo Dudu, o governador deu crédito elevado a outro petropolitano, seu secretário de Ambiente, Bernardo Rossi. No domingo, em dois discursos, sempre se dirigindo a Hingo Hammes, disse que não tem como deixar de trazer benefícios para Petrópolis, “porque tem um cabo eleitoral seu falando o tempo todo nos meus ouvidos e pedindo, todos os dias”. O cabo eleitoral é Rossi, também presente nos encontros no Museu Imperial e no Palácio de Cristal.


Ponto alto

Mas, o ponto alto do fim de semana político em Petrópolis, foi o jantar oferecido pelo governador Cláudio Castro, em sua casa. Além de Hingo Hammes e Bernardo Rossi, o melhor é não revelar a lista dos convidados, porque o ciúme já é grande o suficiente.


Justino

O ex-vereador Justino do Raio X vai ter mais tempo para se dedicar à política, que é sua paixão. Acaba de ser publicada o Diário Oficial portaria do Inpas que lhe concede aposentadoria, por tempo de contribuição ao dublê técnico em radiologia e líder comunitário na Estrada da Saudade e Cascatinha.


Apoio a Petrópolis

Petrópolis tem mais uma dívida com os desembargadores José Cláudio Macedo Fernandes e Alexandre Teixeira, filhos da terra, e com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo. Ninguém duvida que os três foram fundamentais para oficializar a doação, pelo TJ, de 500 computadores para o projeto Meninas Stem Petrópolis Tec Hub, destinado a ampliar a participação feminina nos campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O programa e coordenado pela pesquisadora titular do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) Regina Celia Cerqueira de Almeida. Não é o primeiro apoio do TJ a programas petropolitanos nas áreas educacional, tecnológica, profissionalizantes, de saúde e de lazer, sempre com a atuação de José Cláudio Fernandes e Alexandre Teixeira. O ato de doação dos computadores foi realizado em Petrópolis, com a presença do prefeito Hingo Hammes e do secretário de Planejamento, Fred Procópio. Para comemorar a cidadania petropolitana, o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo convidou os presentes para um almoço na churrascaria do Lago do Quitandinha.

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