Edição: quinta-feira, 06 de março de 2025

Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

DNIT aponta riscos com carretas atravessando a Ponte do Arranha Céu


Há dez dias, numa audiência na 2ª Vara Federal, em Petrópolis, para tratar do interminável processo de municipalização da Estrada União e Indústria um calo no pé do desenvolvimento de Petrópolis - um representante do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) relatou, com toda clareza, que a ponte do Arranha Céu, em Itaipava, está com graves problemas estruturais, por causa da passagem de caminhões e carretas pesados. Risco foi a palavra usada para descrever as consequências do problema. No entanto, até ontem, nenhuma providência foi tomada para impedir a passagem dos veículos mais pesados e, como recomendou o técnico do DNIT, para evitar que, nos constantes engarrafamentos no local, muitos carros fiquem parados sobre a ponte. Os caminhões passam por ali para evitar a cobrança de pedágio, na BR-040, já em Areal. Nesse processo sofre também a Estrada União e Indústria, no trecho entre Itaipava e o retorno dos veículos de carga à rodovia federal, depois de passar também pelo centro de Areal. A ponte do Arranha Céu não é a única com problemas. Precária, a ponte do Castelo de Itaipava, por onde só podem passar veículos pequenos, também está em situação precária. As tábuas que formam seu piso não aguentam o movimento.


Municipalização mambembe

Além de agir imediatamente para evitar a passagem dos grandes caminhões pela ponte em Itaipava, as autoridades precisam rever todo o processo  de municipalização da Estrada União e Indústria. A via começa na Rua Treze de Maio, no Centro, liga a cidade aos distritos, atravessando Corrêas, Nogueira, Itaipava, Pedro do Rio e Posse. A transferência de sua responsabilidade para a Prefeitura foi tratada em processo judicial, onde se discutiu em que condições a estrada seria entregue ao município. O que se oferecia parecia um sonho. A União e Indústria ganharia sistema de drenagem, calçadas para pedestres, pontos de ônibus confortáveis e seguros, rotatórias que melhorariam a segurança e ajudariam a reduzir os engarrafamentos. As pontes, como as de Corrêas, Bonsucesso e Arranha Céu, seriam substituídas por outras, mais largas, mais seguras, mais bem projetadas e construídas. Iniciadas com mais de uma década de atraso, as obras na Barão do Rio Branco foram até elogiadas , com melhorias na pavimentação e drenagem e correções nas margens do Rio Piabanha. A partir do Retiro, no entanto, quando a estrada ganha o nome de Hermogênio Silva, até a altura do Piquenique, as calçadas foram desconsideradas, e nada foi feito para melhorar o encontro da via com as saídas do Carangola e Cascatinha, que provoca engarrafamentos que deixam indignados dezenas de milhares de petropolitanos que por ali passam todos os dias. No restante da União e Indústria, até Pedro do Rio, o DNIT pouco fez, além de pavimentar a estrada. Em alguns locais, o asfalto já apresenta problemas. Os pontos de engarrafamento continuam, as calçadas inexistem e os pontos de ônibus são espaços precários e perigosos, mesmo nas áreas mais nobres de Itaipava. O município não pode e não deve receber a rodovia nestas condições. É preciso rever tudo e exigir. Porque depois de oficializada a municipalização, o DNIT se retira e os problemas passam a ser da Prefeitura.


Décadas de abandono

A Ação Civil Pública 2008.51.06.000.873-5, movida pelo Ministério Público Federal, foi iniciada exatamente porque o DNIT deixou de dar até mesmo manutenção mínima à União e Indústria. Para o governo federal, a estrada já era municipal. Se a Prefeitura admitir que a estrada foi reformada, e recebê-la como de sua responsabilidade, de onde vai tirar dinheiro para fazer as intervenções necessárias? São muitas décadas de abandono da estrada. Mesmo antes da inauguração da BR-040 o governo federal deixou de cuidar, principalmente do trecho petropolitano. Não houve obras para acompanhar o desenvolvimento dos distritos e o crescimento do movimento de veículos na rodovia, porque o DNER e seu sucessor DNIT abandonaram a estrada durante décadas. E nem é preciso dizer que a Prefeitura não dispõe de recursos para fazer o que é necessário. Não é possível aceitar como concluída a reforma da União e Indústria sem resolver o problema das graves inundações que ocorrem na estrada e suas margens, principalmente entre o Posto Dois e Nogueira. São obras muito caras para a Prefeitura. Então, o melhor é levar a sério essa negociação com o DNIT.


Luz no fim do túnel

Uma bela fresta, que está sendo aberta pela ONU, pode iluminar um pouco o futuro de Petrópolis. A ONU aceitou proposta do governo estadual fluminense e vai instalar um escritório em Petrópolis para comandar um grande projeto ambiental de âmbito estadual. O governador já determinou à Secretaria do Ambiente, comandada pelo petropolitano Bernardo Rossi, apoio à instalação da ONU na cidade. Também importante: a gerência do escritório deverá ser entregue ao coronel do Corpo de Bombeiros Gil Correia Kempers Vieira, que foi secretário de Defesa Civil na administração interina de Hingo Hammes e conhece muito bem os problemas ambientais no estado, especialmente os graves desastres que enfrentamos. Espera-se que o projeto conte com apoio do Fundo Ambiental Brasil-ONU. Se isso acontecer, vamos ter recursos para investir na recuperação das áreas degradadas e perigosas em que se transformaram nossas encostas. A primeira providência já foi tomada: o escritório será montado na casa que pertenceu à família Dias, na Avenida Koeler, que já foi alugada pelo Inea.

Bom sinal

No domingo de carnaval, um morador de Nogueira recorreu ao governo municipal para solucionar os problemas provocados pela queda de uma árvore, que interditou uma rua. Não só recebeu total atenção, como teve o problema resolvido de forma eficiente. O morador elogia a presidente da Comdep, Fernanda Ferreira, que estava a postos, e mobilizou tudo o que era necessário para liberar a via pública. Entre outras providências, acionou a Defesa Civil, que também estava a postos. O morador registra também a atuação da chefe de Gabinete do Prefeito, Rosangela Stumpf, que o atendeu e fez os encaminhamentos.


Luta importante 1

Chamado a Teresópolis, o deputado federal Hugo Leal dispôs-se a ajudar o município a conseguir o seu primeiro hospital público. É projeto que precisa de apoio geral, por seu sentido humanitário. E nos força a perceber como estamos num patamar mais alto que muitos vizinhos, em matéria de saúde pública e como é importante lutar para manter em bom funcionamento os nossos hospitais Alcides Carneiro e Nelson de Sá Earp.


Luta importante 2

Não há como falar sobre Saúde em Petrópolis sem falar sobre a Unimed. A cooperativa médica que é o principal plano de saúde dos petropolitanos está comemorando 53 anos e o hospital que ela assumiu e desenvolveu festeja 35 anos. É resultado do esforço e competência de dezenas de médicos petropolitanos. Pois também merece todo apoio possível.


Expectativa

Terminados os prazos de suspensão para revisão dos contratos mantidos pelo município e para que os secretários municipais entregassem relatórios sobre a situação que encontraram em seus respectivos setores, os cidadãos/eleitores/contribuintes/consumidores estão muito curiosos. E esperam para qualquer dia destes depois do carnaval, para conhecer em que pé estavam os negócios municipais no dia 1º de janeiro, quando Hingo Hammes assumiu a Prefeitura.

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