COLUNISTA
O esforço do governo municipal para reduzir o número de pessoas as ruas, na sexta-feira e no sábado, dias de chuva mais forte, decretando ponto facultativo nas repartições, suspendendo as aulas nas escolas municipais e estimulando providência idêntica nas escolas estaduais e particulares e, também, no ensino superior mostrou-se acertadíssimo. Houve inundações em vários pontos, mas não houve mortes ou pessoas feridas gravemente. Ninguém foi arrastado em seu carro para o leito dos rios. Até mesmo o número de carros boiando nos rios ou atingidos por correnteza de lama caiu em relação a outros temporais. O ponto negativo é que as inundações aconteceram a despeito das obras de dragagem dos rios, demonstrando que é preciso repensar a forma de enfrentar o excesso de água. Há projetos desde o tempo da antiga Serla e do Inea para evitar os temporais. E o momento de bom relacionamento com o governo do estado pode ajudar a levantar e por execução esses projetos. Sem contar com o compromisso do governo federal de fornecer recursos para obras na área do Rio Quitandinha. O problema é de conteúdo e continente: muita água e pouco espaço para ela. É, então, preciso evitar que ela venha para os pontos de inundação, com consequências drásticas para a Coronel Veiga, Washington Luís e Rua do Imperador, sobretudo. E os problemas na Estrada União e Indústria, agravados pela rápida ocupação por empreendimentos imobiliários, a caminho de Corrêas, precisam ser estudados em busca de solução. Solução difícil e cara, porque é preciso diminuir a quantidade de água que desce de Quitandinha, do Caxambu e de outras áreas mais elevadas. É uma questão de continente e conteúdo: não cabe tanta água nos cursos existentes e não há mais áreas de espraiamento, ocupadas por edifícios e lojas.
O uso de caminhões do Corpo de Bombeiros para resgatar pessoas em áreas inundadas foi outra excelente providência. As pessoas que buscaram abrigo numa academia de ginástica, na reta do Prado, em Corrêas e foram resgatadas pelos bombeiros estão gratíssimas.
Funcionou muito bem, também, o trabalho de limpeza das ruas enlameadas, no Centro e nos bairros. A mobilização de trabalhadores e equipamentos foi enorme.
Projeto aprovado pela Câmara Municipal fecha caminho para a ampliação de terceirização de mão de obra na Comdep. Proposto pela vereadora Júlia Casamasso, o projeto prorroga por mais dois anos o resultado de concurso realizado em 2023. Há muitos aprovados que não foram aproveitados.
Os descontentes com os rumos da política em Petrópolis, especialmente com relação ao governo do estado, estão se organizando para trazer o prefeito do Rio, Eduardo Paes, candidatíssimo à sucessão estadual, em 2026, para uma agenda com alarido. Não será tarefa fácil organizar o convescote, por isso mesmo, nenhum dos envolvidos se pronuncia a respeito. Temor de que o movimento irrite o prefeito Hingo Hammes. Mas, o resultado de pesquisa divulgado pelo Instituto Paraná, no fim de semana, pode estimular a turma. Paes tem 48,9% das intenções de voto, se disputar com Tarcísio Motta (8,7%), com Rodolfo Landim (8,5%), e com o deputado estadual Rodrigo Bacellar (8,2%). O vice-governador Thiago Pampolha (36%) e Ítalo Marsili (1%) também são citados. Na disputa com o presidente do MDB e secretário estadual de Obras, Washington Reis, Eduardo Paes Reis com 9,5%. Nesta simulação, o ex-presidente do Flamengo, Rodolfo Landim e o deputado Tarcísio Motta empatariam em 8,9%. Ainda é citado Italo Marsili (1,6%).
O prefeito Hingo Hammes publicou decretos que consolidam a transferência do importante Departamento de Licenciamento e Obras Particulares, da Secretaria de Obras para a de Planejamento. Foram criados dois grupos de trabalho e uma comissão julgadora que tratará dos projetos e da fiscalização das obras. A mudança aumenta o tamanho do secretário Fred Procópio no governo.
Algumas das tão discutidas emendas parlamentares chegaram a Petrópolis. A reforma, ampliação e adaptação do antigo prédio escolar que vai abrigar a UBS do Alto da Serra serão inteiramente patrocinados por uma emenda, de R$ 3 milhões e 120 mil, liberada pelo Ministério da Saúde em 2024. Já está contratada uma empresa para fazer o trabalho, com prazo de nove meses.
O Conselho Municipal de Política Agrícola e Fundiária já está debatendo a proposta para que produtores rurais de Petrópolis participem da planejada volta da Exposição Agropecuária, no Parque Municipal de Itaipava. O evento, quando foi criado, ainda nos anos 1990, era dedicado aos produtores. Ao longo do tempo virou uma área de shows, nem sempre de boa qualidade,
A Secretaria de Educação já investiu, desde fevereiro, mais de R$ 7,5 milhões na compra de produtos para a merenda escolar. Quem conhece do assunto diz que o fornecimento às escolas, que estava complicada no início do ano, já foi normalizada. Produtores locais, no entanto, ainda se queixam de que boa parte das compras são feitas em outros municípios.
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