COLUNISTA
A normalização dos serviços de coleta de lixo e limpeza das ruas da cidade, o pagamento de atrasados devidos ao funcionalismo e a preparação do bem-sucedido esquema municipal para enfrentar o temporal do último fim de semana garantem bom crédito para a administração do prefeito Hingo Hammes, na marca dos 100 dias de governo. Há avanços também na área de saúde, com o esforço para tirar centenas de petropolitanos das filas de espera por exames e cirurgias. É também um destaque o início da devolução de recursos do fundo previdenciário de servidores, alvo de saques feitos pelo governo anterior. Resumindo: a situação que recebeu de Rubens Bomtempo tornou o governo de Hingo Hammes refém das trapalhadas da coleta de lixo e do endividamento gigantesco.
Como há perto de R$ 1 bilhão de dívidas a pagar do buraco financeiro recebido, Hingo anuncia medidas para gastar menos com o custeio da máquina administrativa e folha de pagamento. Salta aos olhos que é um tiro certo. É preciso economizar para que sobre dinheiro para investir na cidade. Gastar menos com aluguel de imóveis e com a folha salarial, anuncia o prefeito. A esperança é que o ainda novo governo possa anunciar também medidas concretas de economia, inclusive o tamanho da frota de automóveis e caminhonetes comprados ou alugados, e respectivos gastos com combustível. E, também, se haverá responsabilização dos que deixaram Petrópolis chegar a essa situação de precariedade. De frear a administração para tapar buracos financeiros do passado. Pagar as dívidas de Bomtempo impede avanços que a cidade exige com urgência.
Membros de entidades que atuam na defesa da preservação de Petrópolis, como a Apande, o Instituto Civis e a Associação de Moradores do Centro estão perplexos com o tamanho do desmonte dos instrumentos de preservação da cidade, representado pelo destombamento dos rios de Petrópolis, no 1º Distrito Sem a proteção aos rios, os terrenos às suas margens podem ser ocupados praticamente sem restrições, por prédios altos. É um atentado não apenas ao arcabouço da preservação do nosso patrimônio, mas também portas abertas para o adensamento populacional, numa região que já pena com gravíssimos problemas de mobilidade urbana. E o Iphan e que mais tenha participado da elaboração desse projeto de destombamento deveriam explicar este e vários outros pontos que podem ser danosos para Petrópolis.
A criação formal de bairros na cidade, hoje dividida, oficialmente, em quarteirões criados ainda no projeto Koeler, no século XIX, é um dos temas em discussão na próxima reunião do Conselho Municipal de Revisão do Plano Diretor e suas Leis Complementares, marcada para o dia 16, no Centro Administrativo da Prefeitura, no shopping da Rua Teresa, no Alto da Serra. A tendência é que o abairramento tenha apoio da maioria do conselho, que é presidido pelo secretário de Planejamento, Fred Procópio. A delimitação de bairros não eliminaria a presença dos nossos cinco distritos. Estes também seriam divididos em bairros. São muitas as vantagens apontadas na divisão oficial de Petrópolis por bairros, mas será um processo divertido de acompanhar. Por exemplo: quem vai indicar os nomes dos bairros a serem criados? O prefeito? A Câmara? Haverá consulta popular? Entre outras coisas pode haver quem hoje se identifica como morador de Nogueira, passar a morar num bairro com o nome de Águas Lindas ou Vila Epitácio. E, mais divertido ainda, será decidir se cada bairro terá um administrador e, em caso positivo, quem indicará o nome do ocupante do cargo.
Xerém vai ganhar um novo terminal rodoviário. A obra já foi contratada e vai custar R$ 24 milhões e 463 mil, com previsão de conclusão antes das eleições de 2026. O estado paga a conta. Com um dinheiro desses, Petrópolis poderia dotar os terminais do Centro, Bingen, Corrêas e Itaipava de condições decentes de funcionamento. E ainda sobraria dinheiro.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) dispõe de R$ 25 bilhões para comprar computadores para as escolas públicas de todo o país. É de quem chegar na frente, tiver projetos adequados e mínima influência política.
Bernardo Rossi está confirmado na comitiva do governador Cláudio Castro, que participará de conferência sobre questões climático-ambientais, nos Emirados Árabes e em Shangai, na China.
Yuri Moura reassumiu o posto de líder da bancada do PSOL, na Assembleia Legislativa. O partido continua na oposição ao Executivo. O deputado petropolitano festejou o importante cargo político com a realização de audiência pública em busca do fortalecimento do turismo rural e ecológico, temas de grande interesse de Petrópolis e região.
Tem sentido a proposta apresentada pelo governador Cláudio Castro em evento da Fundação Getúlio Vargas, sobre a destinação dos recursos arrecadados com os royalties do petróleo. Os recursos recebidos pela União, propõe o governador, deveriam ser utilizados em obras de infraestrutura no próprio estado. O Rio, que produz 89% do petróleo e 76% do gás natural no país, talvez conseguisse recursos capazes de resolver problemas como o fato de quase 15 mil famílias de Petrópolis morarem em áreas de risco. O déficit nacional é de sete milhões de moradias. Parece um número subestimado pelos cálculos do governo federal.
A torcida organizada do Vasco está promovendo uma vaquinha solidária para ajudar nas despesas do tratamento de saúde do seu vice-presidente Alexandre Aragão. Ele precisa de urgente e séria cirurgia renal. Tem pix para facilitar os interessados em ajudar: 5431648@vakinha.com.br .
As providências tomadas por Petrópolis na prevenção dos efeitos dos temporais previstos para o último fim de semana foram aprovadas pelos técnicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). É fundamental manter a seriedade no planejamento de ações, em futuras ocorrências, e aproveitar o clima favorável para dizer ao governo federal que os recursos que ele envia para situações de emergência são insuficientes. No caso de Petrópolis, seriam insuficientes para pagar a limpeza da Coronel Veiga/Washington Luís da Ponte Fones até o Centro.
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