COLUNISTA
O momento parece ser propício para tratar de um tema difícil, uma vez que os leitores terão alguns dias de folga para refletir sobre o problema. Trata-se da eficiência dos gastos feitos com dragagem dos rios. Alguém já fez as contas para ver quantos milhões, ou até bilhões do dinheiro público foram queimados na tentativa de evitar que ruas e praças sejam tomadas pela água? Que efeitos essa gastança desenfreada teve para diminuir o problema das inundações? Não é preciso ser especialista, nem fazer grande estudos para demonstrar que as inundações desafiam a dragagem dos rios e córregos. Estamos sitiados pelas águas do verão e, agora, também do outono. E o que fazemos gastando inutilmente para dragar os rios não tem efeitos depois de meia hora de chuva forte. Basta olhar as pontes de Corrêas, de Itaipava e os rios na Coronel Veiga e na Washington Luís. Em minutos de chuva, a lama, o mato, as pedras, a areia e o lixo urbano voltam a ocupar o leito do rio. Voltamos a dragar e nada se resolve. Qualquer petropolitano que tenha prestado atenção nos rios já viu as toneladas de detritos que tomam seus leitos, na primeira chuva. Isso se repete mais e mais vezes, a preços absurdamente caros. A dragagem deve, enfim, ser um bom negócio para alguém.
Na verdade e isso salta aos olhos temos excesso de água e pouco espaço no leito dos rios. Além disso não tomamos conta das escadarias, servidões e outras vias que descem das encostas. Como ninguém se preocupa de tirar o lixo de lá, a sujeira toma conta de tudo. E mais dinheiro é jogado fora. Máquinas, caminhões e trabalhadores de empreiteiras trabalharam nos nossos rios durante meses, desde o ano passado. E as inundações voltaram na primeira chuva. Se há água em excesso, é inútil imaginar que ela se comporte e não provoque inundações. É preciso tirar dali o que não cabe no rio. O exemplo melhor que temos é o túnel extravasor, ao evitar que a água do Rio Palatinato chegue à Rua do Imperador. Há projetos de muitos tipos para resolver isso. Talvez seja mais barato fazer as obras do que insistir no desperdício de dinheiro público em dragagens.O primeiro passo talvez fosse levantar e estudar projetos para tirar o excesso de água dos rios, ruas e encostas. Há mais de 50 anos, órgãos como a Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla), sucedida pelo Inea trabalharam em Petrópolis. Ainda estão nos quadros do estado e podem ajudar.
Precisamos voltar a pensar em desviar a água em excesso. Em 1989, um projeto que previa a construção de um túnel extravasor, da Ponte Fones até um rio da Baixada Fluminense. A obra que preparou o rio o rio Saracuruna, na Baixada, foi concluída pela Serla. Não foi adiante por conys fr um desajuste entre o governo do estado e o prefeito de Petrópolis, à época. Estamos falando de vidas, do patrimônio das pessoas, da economia da idade.
Prospecção Mauro Correia, do Instituto Civis está juntando documentos que mostram com ocorreu nos últimos anos o debate sobre o tombamento de rios de Petrópolis. Em um momento, em 2019, a Prefeitura participava ativamente da discussão.
Há versões mais inteligíveis do documento divulgado pelo Iphan sobre mudanças na legislação sobre tombamentos em Petrópolis. Alguns empresários já teriam saído na frente e possuem o programa que permite leitura mais clara do projeto. O eleitor vai ficar tonto com as possibilidades da próxima campanha eleitoral. Cláudio Castro, que era apontado como companheiro de chapa de Flávio Bolsonaro, que lidera as pesquisas para o Senado, pode recuar e disputar eleição para a Câmara dos Deputados. Com isso, seu amigo Bernardo Rossi terá de repetir a dose e disputar mais uma eleição para a Assembleia Legislativa. Não se sabe o que acontecerá com outros parceiros da dupla, como o vereador Luiz Eduardo Dudu, que já está pedindo votos para deputado estadual.
Quatro artistas de uma mesma família, os Bortolotti são os autores da mostra “Coragem e fé a colonização germânica de Petrópolis, que está em cartaz na Casa da Princesa Isabel esquina da Treze de Maio com a Koeler e já foi visitada por 85 mil pessoas, um recorde considerável, sem dúvida. Os Bortolotti (Lorena, Valéria, Sérgio e Henriquetta) criaram mais de 40 peças entre miniaturas e figuras em tamanho real. É um notável conjunto de esculturas em papel machê, retratando episódios ligados à colonização alemã. Visitar a mostra é uma das raras oportunidades também de conhecer a Casa da Princesa, onde Isabel assinou o decreto imperial que pôs fim à escravidão no Brasil. A casa vai funcionar nos dias 19, 20, 21 e 22, das 10h às 18h.
O vice-prefeito Albano Filho deixou o secretariado de Hingo Hammes. Nada de errado entre ele e o prefelto. Baninho pediu um tempo para descansar e cuidar da saúde. Para o seu lugar na Secretaria de Meio Ambiente, já foi nomeado o técnico da Prefeitura Pedro Henrique Alcântara, filho de Edilaine Alcântara, que ocupou várias posições de destaque na Prefeltura.
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