COLUNISTA
Leandro Sampaio, ex-deputado estadual e federal, ex-prefeito de Petrópolis, que governou de 1997 a 2001, voltou à corrida eleitoral, depois de uma rápida paralisação. Pretende disputar pelo Podemos. Quem acompanha os passos do pré-candidato diz que ele está nas ruas, todos os dias. No momento, faz reuniões com grupos de funcionários da área de Educação. Busca uma leitura mais clara do quadro existente no setor.
Em ano eleitoral, é coisa de dar dor de cabeça. Os secretários de Governo, Marcus Santiago; de Planejamento, Jeferson Gomes de Andrade; Luana Soliane Castro, do Gabinete do Prefeito; e Catharina Coutinho DellOrto, da Procuradoria Municipal foram designados pelo prefeito Rubens Bomtempo para formar a comissão que vai decidir sobre a regularidade das emedas impositivas dos vereadores. Não se faz isso com os amigos.
O MDB não é o único partido que pretende incluir a indicação do vice-prefeito nas negociações com o PP, como condição para dar apoio à candidatura de Hingo Hammes. Há líderes esperando a hora apropriada, perto das convenções municipais, para tratar do tema. Propenso a apoiar Hingo, União Brasil de Fernando Fortes já se prepara para essa conversa.
Nem tudo são trevas. O governador Cláudio Castro sancionou lei aprovada pela Assembleia Legislativa que proíbe as operadoras de planos de saúde, bem como os profissionais de saúde, de exigir o consentimento de cônjuge ou companheiro para autorizar ou realizar procedimentos de inserção de dispositivo intrauterino (DIU), de implante contraceptivo ou de qualquer outro método contraceptivo. O projeto, publicado em edição extra do Diário Oficial, é dos deputados Franciane Motta, Renata Souza, Carlos Minc e Flávio Serafini.
É de grande desconforto, para dizer o mínimo, o sentimento de empresários petropolitanos diante da predileção demonstrada pela Prefeitura nas compras e contratação de serviços. Atribuem a isso uma parte das dificuldades enfrentadas pela economia de Petrópolis. Por meio de atas de registro de preços, o governo municipal importa mercadorias, obras e serviços em proporções desequilibrantes na relação com as empresas locais.
Depois de conviver 24 anos pacificamente com a Concer, como cidadão, deputado e prefeito de Petrópolis por 14 anos, o Rubens Bomtempo não conseguiu grande repercussão na sua mudança de rumo, pedindo que a empresa seja substituída como concessionária do trecho Rio de Janeiro-Juiz de Fora da BR-040. Quem trabalha ou estuda no Rio e é obrigado a transitar pela rodovia todos os dias e empresários que têm seus negócios prejudicados pelo estado lamentável da estrada não reconhecem o prefeito como bom parceiro nesse assunto. Ele terá de apresentar antes bons argumentos para justificar sua história passada com a empresa. De qualquer forma ele está tentando não deixar exclusivamente nas mãos dos adversários Yuri Moura e Hingo Hammes a luta por mudanças.
Um bom projeto para candidatos a vereador: fazer a Câmara Municipal respeitar o artigo da Lei Orgânica do Município que cria a figura do Auditor do Povo, cargo que permite fiscalizar mais de perto as atividades do Legislativo e do Executivo e dá acesso à tribuna da Câmara. Está no artigo 6o da LOM: O Ouvidor do Povo é eleito pela maioria absoluta de votos dos membros da Câmara Municipal, mandato de 2 (dois) anos, com direito à reeleição, dentre cidadãos e cidadãs de reputação ilibada, com mais de 21 (vinte e um) anos de idade, residente no Município há pelo menos 10 (dez) anos. E a função deve ser exercida gratuitamente. Há mais de uma década, faz-se de conta que o dispositivo não existe.
O Auditor do Povo é eleito pela maioria dos vereadores, entre os integrantes de lista tríplice apresentada pelas associações da comunidade. O ouvidor eleito tem acesso à tribuna da Câmara, pode inclusive falar durante as sessões.
Outro assunto que a Câmara Municipal terá de enfrentar é a questão do número de vereadores. Há um dispositivo constitucional que determina o número exato de cadeiras de vereadores, com base na população. Com mais de 300 mil habitantes, Petrópolis teria direito a 23 vereadores, há vários anos. Mesmo que se considere a possibilidade de ter havido redução da população, o número correto não é de 15 vereadores, mas de 21. Os vereadores teriam de votar resolução alterando a Lei Orgânica do Município e fixando o novo número de vagas. Aparentemente, não o fazem por acreditar que teria efeito negativo junto ao eleitorado. Mas, cumprir a Constituição está acima disso. Bem acima.
Hingo Hammes apresentou emenda impositiva ao orçamento municipal destinada à construção de quadra de esportes na Escola Jamil Sabrá, na Coronel Veiga. É um presente para os 300 alunos da instituição, que hoje não dispõem sequer de espaço para suas atividades físicas, e uma oportunidade para lembrar de Jamil Sabrá, que foi um dos mais honrados prefeitos da história de Petrópolis.
O secretário de Estado do Ambiente, Bernardo Rossi, está promovendo mudanças em praticamente todas as chefias regionais do poderoso Inea. Os exonerados são remanescentes da cota do sucessor, Thiago Pampolha, também vice-governador do estado. Mas, não adianta a turma de Petrópolis que espera vagas ficar de olho, porque as indicações são feitas por políticos das regiões onde vão atuar os servidores nomeados.
A propalada mudança na direção do MDB de Petrópolis não foi anunciada ontem, no grande e animado encontro promovido no Petropolitano para receber o presidente regional do partido, Washington Reis. Quem acompanhou de perto diz que era evidente a contrariedade no grupo que acompanhava o ainda presidente Marcus Von Seehausen, em que estava também o ex-vice-prefeito Baninho. O grupo se retirou logo após o discurso de Washington Reis. O centro das atenções foi o empresário Claudio Mohammad, chamado a falar antes do convidado principal. Entre os emedebistas, a maioria aposta que ele, além de ser indicado pelo partido para ser o vice de Hingo Hammes, deve ser o novo presidente municipal. Hingo Hammes compareceu, fez um bom discurso, e foi muito festejado pelos emedebistas.
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