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quinta-feira, 25 de abril de 2024


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Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

O dinheiro sumiu 1

A nota dada por Estela Siqueira, em primeira mão, sobre a decisão do Tribunal de Justiça que suspendeu os efeitos da sentença do juiz da 4ª Vara Cível, Jorge Luiz Martins, que determinava substancial aumento na cota de ICMS imposto estadual destinada a Petrópolis, é a pior notícia possível para a economia da cidade. Petrópolis deixa de receber cerca de R$ 23 milhões por mês e está ameaçada de ter de devolver tudo o que recebeu a mais, desde que a Prefeitura obteve liminar concedida pelo mesmo juízo, em 2022. O aumento da cota de Petrópolis resultou na redução da cota dos demais municípios fluminenses, que, certamente, vão mobilizar a Justiça para recuperar o dinheiro perdido. A liminar inicial foi derrubada pelo Tribunal de Justiça e analisada, em duas ocasiões pelo Supremo Tribunal Federal. Na primeira decisão, o STF decidiu manter a liminar e garantir os recursos para Petrópolis. Numa revisão da decisão, voltou atrás e confirmou o que o TJRJ já havia decretado. Dias depois, o juiz petropolitano deu sentença no processo, em favor de Petrópolis. Outros municípios recorreram ao TJ, que suspendeu os efeitos, tanto da primeira liminar quanto da segunda.

O dinheiro sumiu 2

Em meio às idas e vindas judiciais, Petrópolis recebeu cerca de R$ 400 milhões a mais de ICMS. Como não utilizou o dinheiro para acertar as contas do município saldando compromissos resultantes de empréstimos contraídos, débitos trabalhistas, contas a pagar em atrasos, salários de funcionários contratados como RPAs e outros e, ao contrário, tomou empréstimos, aumentou o número de secretarias e de funcionários, entre outras despesas grandes, a situação é pior do que estava, antes de começar a receber o dinheiro extra, que não lhe pertence, pelo que decidiu duas vezes do TJRJ.

O dinheiro sumiu 3

A Prefeitura vai, certamente, recorrer novamente ao STF, mas não pode se basear nisso para manter a gastança. Se não usar o freio e continuar no mesmo ritmo até o fim do ano, as consequências para a próxima administração não nos esqueçamos, há uma eleição em outubro serão desastrosas. Se a Prefeitura for obrigada a devolver o dinheiro já recebido e gasto, o buraco será ainda mais fundo.

À direita

Bernardo Rossi suplantou as demais alas do bolsonarismo em Petrópolis. Não só esteve na manifestação de domingo, em Copacabana, como participou de reunião fechada da família, antes do evento. O início de semana foi marcado por especulações sobre o que aconteceu no Rio e a força que a turma do ex-prefeito deu no impulsionamento de fotos do encontro, nas redes sociais. Houve quem atribuísse a guinada de mais um político de centro para o bolsonarismo a uma estratégia eleitoral. Até o grupo Bomtempo, também tisnado pelo bolsonarismo, viu no movimento uma divisão importante da direita petropolitana. Bernardo, aliás, continua filiado ao Solidariedade, partido que não lançou candidato a prefeito. No seu espaço preservado, Yuri Moura (PSOL) espera bons frutos.

O aniversariante Rodriguinho abraça a mãe na concorrida comemoração / Reprodução
O aniversariante Rodriguinho abraça a mãe na concorrida comemoração / Reprodução

Termômetro eleitoral

Rodrigo Bueno, o Rodriguinho, ex-chefe de Gabinete da Prefeitura e pré-candidato a vereador, reuniu cerca de 300 amigos, de toda a cidade, na festa de seu aniversário, no Clube Internacional, no Alto da Serra. Na visão de quem conhece os movimentos eleitorais, a festa coloca Rodriguinho entre os aspirantes favoritos a uma cadeira na Câmara Municipal. Um dos destaques na comemoração foi o ex-vice-prefeito Albano Batista Filho, o Baninho.

Retorno ao MDB 1

Alinhado ao presidente regional do partido e secretário de Estado de Obras, Washington Reis, o ex-vereador, ex-secretário e ex-presidente da Comdep, Wagner Silva, está na linha de frente dos que acompanham os projetos de construção da ligação entre os bairros Bingen e Quitandinha, sem passar pelo Centro, e da reativação da linha férrea, do Rio para Petrópolis. A primeira obra deve ser iniciada nos próximos meses. O projeto segunda obra está em fase final e também tem início programado para este ano. Wagner diz que as duas obras terão grande impacto no desenvolvimento econômico da cidade e nas condições de mobilidade urbana.

Wagner Silva posa no evento do MDB, no Petropolitano / Divulgação
Wagner Silva posa no evento do MDB, no Petropolitano / Divulgação

Retorno ao MDB 2

Emedebista dos melhores tempos do partido, Wagner Silva cedeu aos apelos de amigos e admiradores políticos e está de volta às disputas eleitorais, como candidato a vereador. O nome de Wagner foi anunciado e festejado, no último sábado, no encontro de emedebistas, realizado no Petropolitano. O pré-candidato tem grande prestígio entre os evangélicos de Petrópolis e tem em seu currículo o projeto, transformado em lei, que cria normas para nomeação de ocupantes de cargos na Prefeitura, vetando os que têm ficha suja.

VLT da serra

Já está escolhido o modelo de trem para Petrópolis. Será um veículo leve sobre trilhos (VLT), similiar aos que circulam no Centro do Rio.

A cidade perde 1

A possibilidade de a casa de música Soberano, do Shopping Estação de Itaipava, encerrar atividades, porque não consegue apoio financeiro, é uma perda para Petrópolis. O Soberano, local de encontro dos que gostam de música e outros espetáculos, que trouxe a Petrópolis grandes nomes da música brasileira, é, por isso, um centro cultural importante. Trouxe à cidade apresentações de Edu Lobo, Ivan Lins, João Bosco, Lenine, Marcos Valle, Dori Caymmi, Danilo Caymmi, Egberto Gismonti Wanda Sá, Jane Duboc, Joyce Moreno, Roberto Menescal, Adriana Calcanhoto e Francis Hime, todos do primeiro time da música. Além de monólogos de Clarice Niskier e Maitê Proença. Além de outros tantos espetáculos de bom gosto e qualidade.

A cidade perde 2

Um dos que se manifestaram sobre o possível fechamento da casa, Ivan Lins publicou protesto nas redes sociais, que não poderia ser mais claro: Fica, então, aqui, a miha perplexidade em face desse fato absurdo de perdermos o que temos de melhor em vitrine para exposição do que se faz de melhor, em música e arte, no amado Brasil. Crédula e um pouco ingênua, a coluna acredita que possa haver alguma reação da área cultural do município, no sentido de manter o Soberano aberto. E de estimular outros empreendimentos iguais.

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