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quarta-feira, 25 de junho de 2025


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Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Tempo perdido na recuperação das finanças municipais

É difícil dar ao prefeito Hingo Hammes o papel de vítima da situação caótica das finanças municipais. Pode ser que ele surpreenda, anunciando o tamanho do rombo e as causas do endividamento onde, afinal, a Prefeitura de Petrópolis gastou tanto dinheiro, se não há um único investimento destinado a melhorar nosso futuro? E, também, adotando as medidas necessárias para frear a gastança irresponsável que levou o município à situação atual, o que não fez até agora. Aliás, como anunciou que faria se fosse eleito, durante a campanha eleitoral.

Há muitas questões a discutir, como o número exagerado de secretarias municipais, entre as quais continuam aquelas criadas por Rubens Bomtempo no ano eleitoral, e por conta disso de gastos com servidores de livre contratação. Continuam intocadas no governo Hingo Hammes. Nesse quesito, não há como imaginar que a Prefeitura continue a alugar casarões e palacetes para abrigar suas secretarias e isto ocorre, como se fosse coisa aceitável. São imóveis caros e que demandam gastos elevados de manutenção, numa época em que até mesmo os grandes bancos fogem de contratos altos de locação.

E, por que não, falar da frota oficial que desfila nas ruas todos os dias, pagando motoristas e combustível. Quem tem automóveis sabe quanto custa manter um. São apenas alguns dos problemas. E há problemas mais graves ainda: os contratos que o governo Hingo Hammes, passados seis meses, mantém. Com explicar que tenha sido mantido o modelo do serviço de coleta do lixo, que envolve um contrato que afronta os interesses do município: é caro e ineficiente. E que criou o inacreditável  papel de terceirizador de mão-de-obra para a Comdep. Ela, a empresa municipal, é que contrata e paga o pessoal que trabalha na coleta. Isto talvez explique o fato de a Comdep ter recebido mais de R$ 50 milhões, desde o início do ano, e não ter recursos para fazer o mínimo, que é manter as ruas da cidade limpas.

E o serviço de iluminação pública, entregue a uma empresa privada, outro contrato caríssimo e ineficiente? E o custo multimilionário da terceirização de mão-de-obra, inclusive na Educação? Quando esses assuntos serão vistos? E mais: quando o governo vai investigar e tomar providências para que os editais de licitação da Prefeitura deixem de ser rejeitados pelo Tribunal de Contas do Estado, abrindo as portas largas para contratos emergenciais danosos aos interesses do município? Onde está o problema? Na Prefeitura ou no Tribunal. Se o governo começar por aí, por estas questões, terá certamente apoio para enfrentar as dificuldades.


Até 2027

O parque de diversões onde um jovem morreu, no último dia 2 de maio, no Parque de Itaipava, por causa de defeito em um dos brinquedos já tem lei municipal respaldando sua volta à Expô Petrópolis ou qualquer outro nome novo que seja dado à Exposição Agropecuária de Petrópolis. Publicada no Diário Oficial do Município no dia 30 de maio, a lei 9032/2025 estabelece logo no seu artigo 1°, parágrafo único, que “será vedada a concessão de alvará para as atrações ou segmentos que tenham sido responsáveis por acidentes fatais ou graves, conforme registrado em boletins de ocorrência ou processo judicial nos últimos 24 meses, a partir da solicitação de autorização para funcionamento”. A punição será, então, ficar fora da Expô 2026. A partir daí, de. Isso vale para o parque de diversões onde um jovem morreu, vítima de acidente com um brinquedo. Pode ter algum sentido, mas é difícil de encontrar.


Sem importância

Falar no parque da tragédia leva a falar do evento que o abrigou, a Expô Petrópolis, que já foi uma festa importante da cidade e acabou terceirizada, perdeu a importância. A Expô é hoje, apenas, mais um transtorno. Barulho excessivo, ouvido a quilômetro de distância, trânsito caótico, prejuízos ao funcionamento do nosso grande parque e de outras atividades, principalmente do comércio local, sem proporcionar ganhos econômicos, turísticos ou qualquer outro. Nem mesmo artístico-culturais, porque os shows medianos apresentados, longe de atrair, afastam os visitantes.


Comitê Gestor

Com relação ao Parque Municipal, há esperanças de que seja mais bem utilizado, no interesse da população e, também, da economia de Itaipava e áreas próximas. Já está formalizado o novo Comitê Gestor, integrado também por Marcelo Fiorini (Sindicato do Comércio), Rogério Santos Elmor (Petrópolis Convention & Visitors Bureau), Carlos Eduardo Pereira e Rosemary Martins Issa (representando os moradores de Itaipava) e Sandro de Jesus Lar e Zilda Damião de Freitas (União Distrital das Associações de Moradores Udam). É um grupo capaz de entender a importância do parque na vida da cidade.


Hospital Veterinário

Uma boa notícia do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais: a instituição iniciou a luta para dotar Petrópolis de um hospital veterinário público. O presidente do conselho, Carlos Eduardo Pereira, anunciou que já estão sendo feitos contatos com autoridades municipais e estaduais para tratar do assunto.


Obra

O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) autorizou o projeto de restauração da fachada do Campus Dom Veloso, da UCP, na Benjamin Constant. A obra será realizada pela Fundação Cultural Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra.


Segurança

O deputado estadual Yuri Moura pediu ao governo do estado que aumente o efetivo do 26° Batalhão da Polícia Militar. Se não for possível restabelecer o contingente do batalhão petropolitano integralmente, a intervenção do parlamentar pode conseguir que venham PMs para garantir o funcionamento dos DPOs do Alto da Serra e do Bingen, dois importantes pontos de acesso à cidade, que estão precariamente policiados.


Continuamos mal

A Secretaria de Estado da Fazenda fixou em 1,068 o Índice de Participação do Município (IPM) na receita do ICMS este é o percentual que cabe a Petrópolis do ICMS destinado aos municípios. Isto desloca Petrópolis para a 17ª posição entre os municípios fluminenses, com relação aos negócios comerciais. Já ocupamos a 6ª posição nesse quesito. E, além disso, continuamos a pagar todos os meses o ICMS “a mais” transferido no último ano da administração de Rubens Bomtempo. Sem esquecer que o atual governo deve batalhar, e muito, para melhorar a nossa participação na divisão do ICMS, mas também sem esquecer de perguntar: onde mesmo foram gastos pelo governo anterior os muitos milhões do ICMS “a mais”, incluindo aí explicações claras sobre os contratos advocatícios assinados pelo governo anterior.


Horticultura

As entidades que representam os agricultores de Petrópolis se preparam para a visita que farão de amanhã até o dia 27 à 30ª Hortitec, evento promovido pelo município paulista de Holambra. A turma vai de ônibus, que está sendo providenciado pela Secretaria de Desenvolvimento
Econômico de Petrópolis. Os temas são importantíssimos para o setor: Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido, Culturas  Intensivas, Exposição e Comercialização de Produtos de Horticultura. A Hortitec é o maior encontro de horticultura da América Latina.

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