COLUNISTA
É inexplicável o silêncio do governo municipal sobre o golpe sofrido pelas finanças de Petrópolis, com o fim do ICMS a mais recebido ao longo de mais de um ano. E, como do dinheiro enviado a Petrópolis saiu das contas de outras prefeituras, elas certamente tentarão recuperar o que deixou de ser pago a elas, há o perigo de termos de enfrentar uma despesa de R$ 400 milhões. Mesmo assim, o prefeito não acha conveniente informar a sociedade sobre o tamanho do buraco financeiro criado pela manobra judicial fracassada e das novas despesas criadas para gastar o dinheiro, sem acrescentar um único projeto importante, como foi feito. O silêncio pressupõe que nenhuma medida está sendo tomada para enfrentar a tempestade que vem aí e que o buraco de dificuldades financeiras em que o governo nos meteu ficará ainda mais profundo.
O que parecia impossível está acontecendo. Ao vaiar Romário na manifestação do fim de semana, em Copacabana, começou a melhorar a imagem do ex-jogador campeão mundial de futebol, que estava ao rés do chão, por causa de suas escolhas políticas. Agora, é esperar o que Romário fará com este inesperado capital político.
O ex-prefeito Bernardo Rossi assumiu nas redes sociais os bônus pela sanção da lei estadual que concede mais 12 meses de prazo para que cerca de 3 mil empresários de Petrópolis paguem os empréstimos emergenciais concedidos pela Agência de Fomentos do Estado do Rio de Janeiro, logo após o desastre da chuva ocorrido em 2022, medida que beneficia também outros municípios atingidos. O projeto que resultou na lei é, na verdade, dos deputados Chico Machado e Yuri Moura. Ignorar que o projeto foi de outros não é tão ruim assim, se levarmos em conta que Bernardo, como deputado propôs a primeira ampliação de prazo, em 2023. Já a situação do governador não é tão confortável. O problema é que Petrópolis não pode viver das bondades dos governantes. O que a cidade espera é que sejam feitas as obras de contenção de encostas necessárias e outras que ponham fim às inundações. Há projetos, há técnica, e há dinheiro suficiente no governo estadual. Talvez não façam porque as bondades dão melhores frutos político-eleitorais.
Saiu na sexta-feira, finalmente, o Diário Oficial com a exoneração de Almir Schmidt da Secretaria de Administração, onde será substituído por Marcus Curvello, que, por sua vez, deixa a Secretaria de Saúde nas mãos de Ricardo Patuléa, que presidia o Sehac. Professor respeitado, Almir Schmidt prestou relevantes serviços públicos em Petrópolis. Merece homenagens.
O vereador Fred Procópio pôs à prova suas qualidades como fotógrafo, durante a reunião do MDB, no Petropolitano. Fred fotografou todos os candidatos a vereador que quiseram posar ao lado do presidente regional do partido, Washington Reis. Na foto da coluna, está Betinho de Oliveira, um líder comunitário de Cascatinha, ao lado de Reis e Cláudio Mohammad.
Fred Procópio fotografa Washington Reis, o candidato a vereador Betinho Oliveira e, meio encoberto, Cláudio Muhammad / Foto: Raphaela Cordeiro
Hingo Hammes foi o único pré-candidato a prefeito a participar do evento "Existem soluções para as inundações em Petrópolis?", organizado pelo Comitê Piabanha em parceria com o Ministério Público, no auditório da Unifase. O encontro reuniu técnicos que debateram possíveis soluções para as enchentes na cidade. Hingo apresentou algumas ações da Câmara Municipal com foco na prevenção, entre elas uma proposta de sua autoria, a emenda feita na Lei Orgânica do município que obriga o prefeito a investir 2% do orçamento do município na prevenção de desastres. Certamente convidados, os demais candidatos perderam a oportunidade de ouvir os especialistas e debater o problema.
Hingo Hammes fala no encontro sobre soluções para as enchentes em Petrópolis / Divulgação
A Academia Petropolitana de Letras vai realizar na próxima terça-feira, às 19h, no Teatro Imperial, a festa de entrega do Prêmio APL 2023. Promovido desde 1985, o Prêmio APL é a mais importante premiação cultural de Petrópolis. Os premiados são os seguintes: Prêmio Joaquim Gomes dos Santos atividade elevadora da cultura: Maristela Esch 1ª Dançarina da Bauernfest; Prêmio Reynaldo Chaves artes cênicas: Grupo Teatral Denegrindo; Prêmio Nair de Teffé artes plásticas: Rodrigo Santana CB; Prêmio Alcindo Gomes jornalismo: Rogério Tosta; Prêmio Walter Bretz pesquisa histórica: acadêmico Enrico Mattievich; Prêmio Carauta de Souza obra literária (poesia): acadêmico Marcelo Fernandes, pelo livro Anacolutos; Prêmio Carauta de Souza obra literária (prosa) acadêmico Lúcio Gil, pelo livro À sombra das Cerejeiras.
E mais: Prêmio Paulo Carneiro música: Maestro Rodrigo DÁvila; Prêmio Germana Gouveia educação: Professor Francisco Marcos Rohling, pelos 60 anos de magistério superior jurídico; Prêmio Said Ali para professor de língua portuguesa/literatura: Professor Bibiano Gomes de Almeida Filho; Prêmio Associação de Ciências e Letras entidade cultural: Teatro Imperial; Prêmio Acadêmico do ano: acadêmico Leandro Garcia.
A Academia prestou ainda homenagens especiais à Escola de Música Santa Cecília 130 anos de fundação; Instituto Histórico de Petrópolis 85 anos de fundação; Associação Espaço Educativo São Charbel; Academia Brasileira de Poesia 40 anos de fundação; Casa de Petrópolis Instituto de Cultura. E indicou a lista dos Membros Honorários da APL: Dom Pedro Carlos de Orleans e Bragança, Professora Carla Suzi de Mendonça Piccoli, Dra. Ângela França, Poeta Dr. Álvaro Assis, Pastor Dr. Edelto dos Santos Antunes. Como Membros Correspondentes, foram designados: Luiz Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho, escritor/ desembargador aposentado; Wagner Cinelli de Paula Freitas, escritor/compositor/desembargador do TJ-RJ; Wellington Córdex, escritor; Eneida Ávila, escritora; Camilo Mota, escritor; Eunice Mendes, escritora. E foram aprovadas duas Moções de Agradecimento, ao jornalista Vinícius Fernandes e à empresa Copioza Cópias.
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