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sábado, 05 de julho de 2025


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Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Governo do Estado homologa estado de emergência e abre as portas para socorrer Petrópolis

Decreto do governador Cláudio Castro, publicado em edição especial do Diário Oficial do Estado, homologou o estado de emergência em Petrópolis, declarado pelo prefeito Hingo Hames, em consequência da chuvarada que caiu na cidade no início de abril. Este ato é importante, porque abre caminho para que a Prefeitura de Petrópolis receba socorro emergencial dos cofres estaduais, na forma de verbas para enfrentar problemas imediatos e para obras de recuperação que sejam necessárias. Para aumentar as possibilidades de receber recursos estaduais, só há, hoje, uma pendência: o estado de emergência precisa ser aprovado também pelo Governo Federal. Este processo pode representar o oxigênio que o governo Hingo Hammes precisa para enfrentar as dificuldades que já são graves agora e que podem se transformar em trágicas, daqui a alguns meses.

O primeiro respiro vem da Câmara Municipal, que já separou R$ 4 milhões de seu orçamento para ajudar a Prefeitura a pagar a sua folha de salários. O governo espera também a confirmação, pela Assembleia Legislativa, de um repasse emergencial de R$ 30 milhões coincidentemente ou não o mesmo valor recebido pelo ex-prefeito Rubens Bomtempo, para enfrentar as consequências do temporal de 2022. Infelizmente para Hingo Hammes, o repasse da Alerj não poderá ser utilizado diretamente no pagamento das folhas de servidores e aposentados. O dinheiro viria carimbado para saldar débitos com a empresa contratada para a coleta de lixo. Talvez possa ser usado para pagar eventuais débitos vencidos com as empresas, ligadas ao mesmo grupo do lixo, que fornecem servidores terceirizados para a Educação e Assistência Social e, também, para outros setores, além de deter contratos de fornecimento de combustíveis com alguns órgãos da Prefeitura. Mesmo assim, é importante que os recursos venham. O que mais virá não se sabe, mas a porta está aberta. E, quem sabe, venha alguma coisa do governo federal.

Isso tudo não elimina os problemas. Se o governo municipal não fechar os muitos buracos por onde escorre o dinheiro da Prefeitura e não cuidar seriamente de sua receita por consequência da economia do município -, nenhum dinheiro será suficiente. Nem o retorno do “ICMS a mais”. Mas, é mais uma chance que o prefeito tem de mostrar que é diferente de seu antecessor.


Ninguém surpreso

Está difícil encontrar algum político que conviva com os bastidores da política estadual e acredite que o governador Cláudio Castro, que está em viagem para o exterior, não sabia que o presidente da Assembleia Legislativa e governador interino do Estado do Rio, Rodrigo Bacellar, demitiria o secretário estadual de Transportes e Mobilidade Urbana, Washington Reis. O que se diz é que foi uma operação pensada, para obrigar o ex-prefeito de Caxias e presidente estadual do MDB a conversar sobre seus compromissos com o grupo do governador Cláudio Castro. A discórdia está exatamente no fato de Reis não ter aderido ao esforço de Cláudio Castro para eleger Bacellar seu sucessor. Ao mesmo tempo, a demissão do secretário pode funcionar como alerta a outros ocupantes de cargos importantes, que ainda não beijaram as mãos do presidente da Alerj.


Complicação

O grupo do prefeito Hingo Hammes também enfrenta problemas. Há pressão poderosa para que o prefeito devolva à Câmara o secretário de Governo e Planejamento, Fred Procópio, e transforme-o em líder do Governo, para que assuma o embate contra a oposição (leia-se Leonardo França, do PSB). Pessoas ligadas ao governo dizem que este projeto desagrada a Fred Procópio. Ele quer continuar tocando projetos importantes que desencadeou e estão sob sua responsabilidade no Executivo. Como alternativa, pensa-se até mesmo no retorno do vereador Aloísio Filho para a Secretaria de Saúde, levando para a Câmara o primeiro suplente Domingos Galante, para desempenhar o papel de defensor de Hingo Hammes. A pressão a que esta nota faz referência tem a ver com as eleições do próximo ano.


É pouco

A criação do Comitê Intersetorial de Desenvolvimento Tecnológico, pelo prefeito Hingo Hammes, é um bom movimento de aproximação a este setor da economia, o tecnológico, de que tanto a cidade espera. Um único senão: não dá para levar muito a sério organismo tão importante, com reuniões apenas a cada dois meses.


E o ICMS

A Secretaria de Fazenda fez novas mudanças no Índice de Participação dos Municípios, que determina quanto cada município vai receber no bolo do ICMS recolhido pelo estado. Continuamos em vexatório 15° lugar no ranking do ICMS, mas perdemos algum dinheiro. O índice de Petrópolis caiu de 1,163 para 1,158. Na “penúria” continuada em que vivemos, vai fazer falta.


A saga dos clubes

O deputado estadual Yuri Moura foi o único político a se manifestar, até agora, sobre a perda de um espaço importante da comunidade. O campo do Petropolitano Futebol Clube, no Valparaíso, pode dar lugar a um condomínio residencial. Se este risco se confirmar, estará mais uma vez comprovado que o município está exigindo muito pouco, do ponto de vista social e ambiental, na aprovação de projetos de condomínios em Petrópolis. De outro lado, é preciso dar atenção aos clubes sociais, antes que desapareçam, deixando uma lacuna imensa. Hoje, as mensalidades dos clubes são excluídas do orçamento das famílias, antes mesmo das escolas particulares. Sem os sócios contribuintes, como manter os clubes, sem se desfazer do patrimônio? E, no caso, o Petropolitano é o mais importante clube social e esportivo de Petrópolis.


Eleição direta no PT

O PT realiza amanhã (6 de julho) eleições para de seus dirigentes nacionais, estaduais e municipais. Todos os filiados ao partido têm direito a voto. As urnas estarão no Sindicato dos Metalúrgicos, na Rua Floriano Peixoto, de 9h às 17h. Há duas chapas em Petrópolis, disputando o comando do Diretório Municipal, lideradas pelo ex-secretário de Esportes, Thiago França, e por Thiago Dias de Matos Costa, o Thiagão.

Crédito: Alcir Aglio
Crédito: Alcir Aglio

Um grupo de amigos em torno de Paulo Antonio Carneiro Dias, que aniversariou na quinta-feira.

Os 80 anos de Paulo Antonio

O almoço de quinta-feira do Restaurante Lukas, no Petropolitano, marcou as homenagens de um grupo de amigos pelos 80 anos de vida de Paulo Antonio Carneiro Dias, que é parte destacada da história da imprensa de Petrópolis e da imprensa do interior do país. Paulo Antonio dirige o Diário de Petrópolis há 53 anos e foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornais do Interior, além de criador e primeiro presidente da Associação de Jornais do Interior do Estado do Rio de Janeiro. Teve destacada participação na vida política e empresarial, na cidade e fora dela, mas nada que se compare à perseverança, tenacidade e obstinação, do que enfrentar as dificuldades propostas por um jornal do interior, por mais de cinco décadas. Participaram do almoço os ex-secretários municipais Charles Rossi, Fernando Fortes, Douglas Prado e Antonio Lopes Neves, o presidente da CDL, Cláudio Mohammad, os advogados Jordani Fernandes e Luiz Fernando Ferreira, o contabilista Deni, o ex-presidente da Câmara de Vereador, Wanderley Braga Taboada, o ex-diretor do Fundo Municipal de Saúde, José Victor Caldeira, e o fotografo Alcyr Aglio.

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