COLUNISTA
Há dezenas de corredores de trânsito importantes de Petrópolis que convivem com retenções, engarrafamentos e riscos, por conta de um problema que a fiscalização de trânsito poderia reduzir consideravelmente ou até resolver. Basta dar uma volta pelo Centro, pelo Retiro, Mosela, Quitandinha e Alto da Serra, só para citar alguns casos, para perceber que o estacionamento irregular e as operações de carga e descarga são a causa principal dos problemas. Longe dos olhares da maioria, o estacionamento irregular, muitas vezes, impede a circulação dos ônibus, deixando pessoas a pé ou provocando atrasos consideráveis na vida de todos.
Mas, pode-se fazer o mesmo passeio, procurando com atenção, que não se vai encontrar uma só autoridade de trânsito, da Guarda Municipal, da PM ou de quem mais poderia ajudar a resolver o problema. E esses desrespeitos impunes às normas de trânsito, de educação, de boa convivência, causam grande indignação aos que são prejudicados por eles. E continuam se repetindo, enquanto as autoridades fingem que não existem.
Todos os dias, o trânsito fica caótico no Centro, por conta de transgressões na carga e descarga. Basta olhar para as Ruas General Osório, Marechal Deodoro, Paulo Barbosa, Irmãos D’Angelo, Nelson de Sá Earp, Mosela, Bingen, Paulo Hervê, Montecaseros, isso só no Centro e imediações, para ver o tamanho da desordem e os problemas que ela causa. Um carro parado irregularmente num ponto de ônibus, ou um caminhão em fila dupla, carregando ou descarregando mercadorias, pode representar muitos minutos que problemas de trânsito roubam das vidas de milhares de pessoas. Todos os dias.
Há um movimento ganhando força em várias das chamadas instituições civis da sociedade para criar um novo Fórum Popular, em Petrópolis, para acompanhar o trabalho, centralizado na Secretaria de Planejamento, de revisão do Plano Diretor de Petrópolis. O fórum, que deve ser reproduzido nas próximas semanas, foi o órgão que promoveu ampla discussão e escuta da sociedade, na elaboração da primeira Lei de Uso, Parcelamento e Ocupação do Solo (Lupos), em1998. Houve maciça participação, com a presença de figuras e entidades importantes nos debates comunitários, como a Apande, o Instituto Civis e pessoas, como Philippe Guédon, Fernanda Colagrossi e Augusto Ângelo Zanatta (que deu nome à nossa Casa dos Conselhos). Agora, a revisão que deveria ter sido feita em 2024 e foi deixada para lá, pelo governo anterior, é discutida por nove ou dez integrantes do Conselho Revisor do Plano Diretor (CRPD). Muitos demonstram preocupação e dizem que não há transparência na discussão do Plano Diretor. E se preocupam com a revisão de que isso pode resultar.
A última coluna lembrou o tamanho do desastre político que representa deixar de recolher o lixo regularmente. Foi o suficiente para que governo conseguisse mobilizar a empresa contratada a peso de ouro para realizar o serviço e recolhesse o lixo nas áreas onde o problema era mais grave ou mais evidente. Não se sabe se o governo pagou o que devia à empresa prestadora de serviços ou se ela própria resolveu fugir da repercussão negativa da sujeira espalhada nas ruas.
Até agora, não chegou a Petrópolis a estação meteorológica que o Bradesco foi condenado a entregar ao município para se livrar das consequências de condenação, em ação de improbidade, por ter se beneficiado do contrato irregular para centralizar os pagamentos aos servidores e aposentados e ficar com exclusividade com as contas da Prefeitura de Petrópolis.
Nem todas são más notícias para a Prefeitura. Por exemplo: a Assembleia Legislativa aprovou lei que permite às concessionárias de serviços públicos a cobrança nas faturas mensais de seus respectivos clientes, pelo fornecimento de serviços ou produtos diversos do objeto da concessão, desde que o cliente concorde com a cobrança. A lei estadual torna letra morte lei municipal aprovada pela Câmara de Petrópolis, que proibia a cobrança da Taxa de Iluminação nas contas de energia elétrica, emitidas pela Enel, em Petrópolis, que era um duro golpe nas finanças municipais. Mas, não está tudo resolvido, agora o governo municipal tem que mostrar serviço, para mostrar ao contribuinte que vale a pena pagar a taxa municipal. Sem não conseguir convencer, vai conviver com apenas pequenas partes dessa rica fonte financeira. É que a maioria só paga a taxa, porque ela vem embutida na conta de luz.
A Câmara de Vereadores de Petrópolis promoveu audiência pública para “discutir problemas no transporte coletivo da cidade”. Divulgou nota sobre o evento, afirmando que foram apresentados problemas que todos já estão cansados e irritados de conhecer. Nenhuma linha ou palavra sobre providências que serão tomadas, diante de tantas irregularidades.
O Instituto Caminho da Serra, exemplar instituição comunitária que atua em Secretário e Pedro do Rio, principalmente, está vivendo justo crescimento. Terá apoio do governo estadual para a realização do Festival AgroSerra da Roça ao Prato, que começa no dia 18.
Um grupo de cerca de 30 servidores municipais, de escolha do Secretário de Fazenda, começa a percorrer o município para identificar imóeis já concluídos ou já habitados e que não tenham ainda sido inscritos no IPTU. A intenção é antecipar a cobrança do tributo. É que, muitas vezes por problemas burocráticos, imóveis já prontos não pagam IPTU por meses e até anos.
O prefeito Hingo Hammes decretou luto oficial pela morte do ex-secretário de Fazenda Paulo Roberto Patuléa, ocorrida no início da semana. O gesto mostra que mesmo entre adversários pode haver respeito e reconhecimento. Ganhou pontos. Patuléa era um funcionário eficiente e um homem cordato e gentil. Merece todas as homenagens.
Chegou ao Inpas, oficialmente, o reforço de R$ 4 milhões que a Câmara Municipal repassou à Prefeitura, resultado de economias na execução do orçamento do Legislativo. Pelo menos por mais um mês, esse dinheiro pode resultar em pagamentos em dia.
Nenhuma empresa compareceu à licitação para instalação banheiros químicos para o desfile de 7 de Setembro. Os problemas decorrentes são óbvios. A Secretaria de Educação faz uma nova tentativa na segunda-feira.
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