Edição: domingo, 27 de julho de 2025

Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Prefeitura não paga, não fiscaliza e não pune problemas na coleta do lixo


Os dados são de quinta-feira: a coleta de lixo tinha falhas evidentes em vários pontos da cidade, porque não havia caminhões suficientes para cobrir as rotas pré-estabelecidas. Isso quer dizer que em muitas ruas, o lixo ficou nas calçadas, à espera dos caminhões. Funcionário da Comdep diz que três caminhões não estavam trabalhando, porque estavam quebrados. Na quinta-feira, duas extensas rotas não foram cumpridas. E isso não é um fato excepcional. Excepcional é que pessoas que conhecem a Comdep de dentro asseguram que essa irregularidade ocorre com frequência e que deixar duas rotas sem coleta é um dia bom para a Comdep. Costumam acontecer falhas maiores, com frequência lastimável. O funcionário também revelou que a Prefeitura ainda deve vários meses de remuneração à empresa que faz a coleta. Forma-se aí um círculo vicioso de ineficiência. Um não paga e outro não coleta direito. Estranho é que a Comdep tem uma diretoria operacional, cuja principal função é não permitir que essas irregularidades ocorram. Talvez esteja na hora de alguma autoridade perguntar à Comdep o que dizem os relatórios dessa diretoria, se a empresa coletora foi multada e se vai haver alguma consequência, como suspensão de contrato precário que gere o serviço. Engana-se quem acha que é uma preocupação exagerada. Foi assim mesmo que começou a debacle da administração Rubens Bomtempo: falhas não corrigidas por ineficiência ou incúria permitiram que se formassem montanhas de lixo nas ruas, com as consequências que todos conhecemos. O governo é outro, mas a empresa de lixo continua a mesma.


Ausência sentida

Não foi bem recebida, entre os funcionários, a ausência de representantes das áreas de Saúde e Educação na comissão instituída pelo prefeito Hingo Hammes, para propor e acompanhar medidas de recuperação financeira do município. São áreas com o maior número de servidores e com os maiores orçamentos. Qualquer erro na tomada de decisões sobre estas duas áreas, bastante sensíveis, pode representar problemas sérios.


Fake da desfaçatez

Deve ser falsificada a postagem em que o ex-prefeito Rubens Bomtempo anuncia estar percorrendo as ruas da cidade, colocando-se à disposição do eleitorado, para salvar Petrópolis dos graves problemas que está enfrentando no governo de seu sucessor. Nem como piada serve.


Sem inadimplência

A Secretaria de Fazenda está providenciando o credenciamento de empresas que operam meios eletrônicos de pagamento cartões para desencadear a campanha de cobrança de impostos municipais em atraso os contribuintes devem centenas de milhões de reais e, entre eles, há grandes devedores. A intenção é permitir que os contribuintes usem seus cartões de crédito ou de débito para liquidar as contas com a Fazenda municipal, até mesmos que estão inscritos na dívida ativa, sujeitos, portanto, a execução judicial. Com isso, o governo pretende eliminar o grande índice de inadimplência, no caso de parcelamento do débito. O credenciamento das empresas, que não deve gerar custos ao município, está aberto e o prazo vai até o dia 15 de agosto. A Prefeitura demorou um pouco para agir, mas o caminho é bom.


Agravante

Sem um lugar para estacionar, ônibus e vans de turismo acabam agravando os problemas de trânsito no Centro. Ficam circulando, enquanto esperam seus passageiros, nas visitas à Catedral ou ao Museu Imperial, especialmente. Talvez seja o caso de a Prefeitura buscar soluções para o problema.


Calote

Uma explicação para a crise dos ônibus: sobrou para Hingo Hammes pagar três meses do vale-educação que Rubens Bomtempo não pagou às empresas de ônibus é a retribuição às empresas, que transportam os estudantes sem cobrar diretamente deles. Com este dado, fica difícil dizer o que Rubens Bomtempo pagou com os cerca de R$ 400 milhões de recursos do ICMS que recebeu de 2022 até dezembro do ano passado.


Moção merecidíssima

Está tramitando na Assembleia Legislativa proposta do deputado Yuri Moura para que seja entregue ao Clube 29 de Junho moção de aplausos e congratulações, “pela sua relevante contribuição para a preservação da cultura germânica em Petrópolis”. O clube foi responsável pela criação da Bauernfest, que se transformou na mais importante festa do município, comemorando a chegada dos primeiros colonos alemães a Petrópolis, em 1845. O clube divide a realização da festa com a Prefeitura e é uma garantia que não se transforme em mais um evento animado por sertanejos de série C.


Sem prazo

Alguma coisa aconteceu em relação uma obra importantíssima para Petrópolis, que é a de controle de inundações no Centro Histórico, que está entregue ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O órgão estadual suspendeu os prazos do contrato com a empresa Cohidro, à qual foram encomendados projetos básicos e executivos para evitar as enchentes na Ponte Fones, Coronel Veiga, Washington Luís e Centro Histórico. Normalmente, isso acontece quando o órgão público precisa interromper o pagamento do serviço por falta de dinheiro, talvez. Este problema deveria mobilizar nossas autoridades, porque, se realizada, esta obra será a maior do século, em nossa cidade.


Ainda sobre os rios

A Prefeitura já está providenciando a contratação de sondagem de solo para a implantação de parque fluvial linear na Avenida Barão do Rio Branco. Projeto que vem sendo desenvolvido quase em segredo.


Sem casarão/palacete

A nova Secretaria Municipal de Habitação vai funcionar num espaço no Centro Administrativo da Prefeitura, no Hipershopping ABC, no Alto da Serra.


Turismo radical

Não é verdade que Petrópolis está desenvolvendo mais uma atividade destinada a atrair o turismo de aventura. Embora criativa, a ideia de oferecer aos turistas uma viagem completa de Itaipava ao Centro, num ônibus da linha 700, nunca foi proposta por nossas autoridades, por ser muito radical.

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