COLUNISTA
Já houve um tempo em que se fazia de automóvel, confortavelmente, em 45 minutos, o trajeto Petrópolis-Rio, mesmo nos horários mais concorridos da manhã. Esse percurso pode exigir hoje de duas a três horas de paciência e sorte de quem se aventura a fazer a viagem entre 5h e 9h da manhã. Não é preciso dizer do risco que enfrentam os aventureiros, parados em locais sem qualquer segurança. O problema está nas saídas da BR-040, tanto pela Linha Vermelha, quanto pela Avenida Brasil. Nem mesmo o grande movimento nessas duas vias explica o engarrafamento diário Não é uma questão que diz respeito a Caxias, Petrópolis ou outro município qualquer da região. Os prejuízos são gerais, pois o engarrafamento atinge a principal ligação rodoviária do Rio com a sua Região Serrana, com a saída para a Rio-Bahia, com Belo Horizonte e com Brasília. Se alguém tiver dúvidas, pergunte a um petropolitano que trabalhe ou estude no Rio e tenha compromisso, por exemplo, às 7h. Ele lhe dirá que sai de casa às 4h ou chegará atrasado. Somos duplamente prejudicados: pelo engarrafamento na BR-040 e pelos crônicos problemas do transporte público em Petrópolis. É receita clássica de desrespeito. Não há melhoria na sinalização ou operação tapa-buracos na rodovia que possa melhorar a situação. Nem mesmo a construção da nova pista de subida da serra.
Algumas ações da Prefeitura descumprem decretos assinados pelo prefeito e desmoralizam a versão de que vivemos uma crise financeira no município, que resultou até mesmo na decretação de estado de calamidade financeira em Petrópolis. Agora, por exemplo: a Prefeitura pretende alugar 48 veículos. O edital já está nas ruas. Seriam para a Secretaria de Saúde. Há um mês, o prefeito fez publicar um decreto determinando a redução do número de veículos da frota municipal em circulação e seu recolhimento em depósitos. Se essa ordem foi cumprida com o rigor que o momento exige, e se a necessidade de veículos para a saúde for mesmo emergencial, por que a Prefeitura não transfere para lá os veículos que mandou recolher? Talvez a Secretaria de Saúde precisasse alugar menos carros e os decretos do prefeito seriam respeitados. Pelo menos nesse momento de crise financeira, que parece ser verdadeira.
Não se sabe ainda como será e quanto dinheiro está envolvido, mas integrantes do governo municipal deixam escapar, aqui e ali, que pode surgir solução, já nos próximos dias, para amenizar a crise financeira de Petrópolis. A informação que circula é que o governador Cláudio Castro encontrou uma fórmula de melhorar a receita de ICMS do município. É coisa pela qual Petrópolis deve torcer. Mas, se for para valer, espera-se que não seja uma repetição do que foi feito no governo Rubens Bomtempo, que recebeu cerca de R$ 400 milhões do chamado ICMS a mais, retirando o dinheiro da cota dos demais municípios fluminenses. Além de o dinheiro ter sido desperdiçado na gastança de Bomtempo, Petrópolis já está sofrendo, por decisão do Supremo Tribunal Federal, descontos no ICMS, no total de R$ 100 milhões, e pode ser obrigado a devolver os outros R$ 300 milhões aos outros municípios fluminenses. São muitos problemas, mas não custa sonhar. Mas, sonhos não pagam as contas.
Emenda do deputado Yuri Moura destinou R$ 869.853,00 para a realização de mutirões de exames de diversas especialidades médicas. Considerando que ele e o prefeito Hingo Hammes são de grupos políticos inteiramente diferentes, é um bom exemplo. Mas, há muitos outros, que, como ele, tiveram expressiva votação em Petrópolis, mas não destinaram um só tostão para o município. Está na hora de seus apoiadores e eleitores cobrarem reciprocidade.
As conversas sobre apoios nas próximas eleições, com a formação de chapas de candidatos a deputado estadual e a deputado federal. Uma das dobradinhas, que parece estar firmemente combinada, reúne o secretário de Governo, vereador Fred Procópio, e o presidente nacional do PRD e ex-deputado Marcus Vinícius Neskau. Outra dobradinha deve reunir o ex-prefeito Rubens Bomtempo e o ex-presidente da Comdep e vereador Léo França.
A empresa de ônibus Única enviou e-mail à coluna solicitando correção com relação a nota publicada na última quarta-feira, sobre o terminal de Bingen. A Única afirma, com toda razão, que não é responsável pelo controle, mas “apenas recolhe e repassa os valores da taxa de embarque diretamente para a administração a rodoviária”. Como a nota fazia referência à inexistência de funcionário da CPTrans fiscalizando a entrada de passageiros na área de embarque, o único controle existente obre as tarifas cobradas dos passageiros pelo uso do terminal fica com as empresas de ônibus. Não oficialmente é claro, mas, ao declararem o que recebem em seus guichês, as empresas dão à CPTrans a informação sobre a receita de tarifas, que ela não colhe mais no acesso à área de embarque. E a coluna não disse que a Única ou qualquer outra empresa tem responsabilidade de substituir o ente público nessa tarefa.
Vamos à nota da Única: “Tomamos conhecimento de uma publicação realizada no Instagram do jornal Diário de Petrópolis, mencionando a empresa Transportes Única, conforme print colecionado a seguir (o print acompanha o texto enviado pela empresa). A publicação em questão faz referência à administração do terminal rodoviário Leonel Brizola, localizado no Bingen. Segundo o referido post o “controle da receita datarifa (de embarque) fica por conta da Única”. Contudo, essa informação não é precisa, na medida que o controle da tarifa não é feito pela Única. A Única apenas recolhe e repassa os valores da taxa de embarque diretamente para a administração da rodoviária. Portanto, pedimos que seja realizada uma errata corrigindo a matéria, deixando claro que o controle da receita não é de competência da Transportes Única”. A nota é assinada por Nhayara Bandeira, do setor Jurídico.
Segundo informa o Sindicato dos Rodoviários, por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa Turp colocou em dia o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de seus funcionários. O presidente do sindicato, Glauco Costa, comemorou o fato, resultado de grande mobilização promovida pela entidade.
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